ops

Freitag, 26. November 2010

Sonntag, 21. November 2010

Sonntag, 14. November 2010

Cat Stevens - Lady D'Arbanville (live)

Wortes uber Städte

Ônibus para o Leste


A sociedade tem boas intenções
A burocracia parece uma amiga
5 anos atrás – outras fúrias
outras perdas –
A América está tentando
controlar o
incontrolável
Incêndios em florestas,
Vícios
O sorriso essencial
No sono essencial
Das crianças
Da mente essencial
Eu estou cansado de fazer o papel
do americano
Agora eu vou levar
uma vida boa e tranquila.
Jack Kerouac


Freitag, 12. November 2010

Wortes uber Städte

O homem atlântico



«Vais avançar. Vais andar como costumas quando estás sós e pensas que alguém está olhar para ti, Deus ou eu, ou este cão ao longo do mar, ou esta gaivota trágica face ao vento, tão só frente ao objecto atlântico.
És a extensão do mar, a extensão destas coisas seladas entre si pelo teu olhar.
O mar está à tua esquerda neste momento. Ouves o barulho dele misturado com o do vento.
Em lances intermináveis, avança em direcção a ti, em direcção às colinas da costa.
Tu e o mar, para mim são um todo, um só objecto, o do meu papel nesta aventura. Também eu olho para o mar. Tens de olhar como eu, como eu olho, o mais que posso, em vez de ti.
Saíste do campo da câmara.
Estás ausente.
(...)
Só a tua ausência fica, agora já sem nenhuma espessura, nenhuma possibilidade de nela abrir um caminho, de nela sucumbir de desejo.
(...)
Ontem à noite, depois da tua partida definitiva, fui para aquela sala do rés-do-chão que dá para o parque, fui para ali onde fico sempre no mês trágico de Junho, esse mês que inaugura o inverno.
Tinha varrido a casa, tinha limpo tudo como se fosse antes do meu funeral. Estava tudo limpo de vida, isento, vazio de sinais, e depois disse para comigo: vou começar a escrever para me curar da mentira de um amor que acaba.
(...)
E depois comecei a escrever.
(...)
Disse para mim que te teria amado. Pensava que já só me restava de ti uma recordação hesitante, mas não; enganava-me, havia ainda estas praias em volta dos olhos, onde beijar e deitar na areia ainda quente, e esse olhar centrado na morte.(...)
E depois o sol levantou-se. Um ave atravessou o terraço ao longo da parede da casa. Pensava que a casa estava vazia e chegou tão perto que esbarrou numa rosa, uma daquelas a que eu chamo de Versalhes. Foi brutalmente um movimento, o único do parque abaixo do nível da luz do céu. Ouvi a rosa amarfanhada pela ave no veludo do seu voo. E olhei para a rosa. Primeiro moveu-se, como se estivesse animada de vida, e depois a pouco e pouco voltou a ser uma rosa comum.
Ficaste no estado de teres partido. E fiz um filme da tua ausência.
(...)
Ao mesmo tempo que já não te amo não amo mais nada, só a ti, ainda.
Esta noite chove. Chove em volta da casa e sobre o mar também. O filme vai ficar assim, como está. Não tenho mais imagens para lhe ar. Já não sei onde estamos, em que fim de que amor, em que recomeço de que outro amor, em que história nos perdemos. Sei apenas quanto ao filme. Apenas quanto ao filme, sei, sei que nenhuma imagem mais poderia prolongá-lo.
O dia de hoje não amanheceu e não há o menos sopro no alto das florestas ou nos campos, nos vales. Não se sabe se é o verão ainda ou o fim do verão ou uma estação mentirosa, indecisa, horrível, sem nome.
Já não te amo como no primeiro dia. Já não te amo.
No entanto continuam a existir em volta dos teus olhos, sempre, estas imensidades que rodeiam o olhar e esta existência que te anima no sono.
Continua também esta exaltação que me vem por não saber o que fazer disto, deste conhecimento que tenho dos teus olhos, das imensidades que os teus olhos exploram, por não saber o que escrever sobre isso, o que dizer, e o que mostrar da sua insignificância original.
(...)
É assim que permaneces face a mim, na doçura, numa provocação constante, inocente, impenetrável.
E tu não sabes.»
Marguerite Duras

air - people in the city

Dienstag, 2. November 2010

TESIS - GIL DE BIEDMA

seitens der Städte.. BARCELONA: Jaime Gil de Biedma y Alba

Jaime Gil de Biedma
Jaime Gil de Biedma y Alba (Barcelona, 13 de noviembre de 1929 - 8 de enero de 1990) fue un poeta español, uno de los autores más importantes de la Generación del 50.
Nacido en 1929 en el seno de una familia de la alta burguesía castellana, su padre se trasladó a Barcelona para trabajar en la Compañía de Tabacos de Filipinas. El que fuera su despacho puede ser visitado hoy en día en el Hotel 1898 en La Rambla de Barcelona.

Gil de Biedma estudió Derecho en Barcelona y en Salamanca, donde obtuvo la licenciatura en dicha materia. Su poesía evoluciona desde los primeros poemas intimistas de Las afueras al compromiso social de Compañeros de viaje. Al mismo tiempo es una poesía que evita constantemente el surrealismo y busca la contemporaneidad y la racionalidad a toda costa a través de un lenguaje coloquial, si bien desnudo de toda referencia innecesaria. Verdadero exponente de lo que se suele denominar una doble vida, Biedma desarrolla actividades empresariales (su padre le introdujo en el negocio tabaquero familiar) y al mismo tiempo coquetea intelectualmente con el marxismo y su vida interior queda por completo marcada por su condición de homosexual, circunstancia que, en el seno de su profundo pesimismo, le va a llevar a vivir al límite toda una serie de experiencias íntimas autodestructivas.
Si bien hasta entonces había sido un gran lector de poesía francesa, en particular de Charles Baudelaire, en 1953 se trasladó a vivir a Oxford, lo que le puso en contacto con la poesía anglosajona del momento, hecho que ejercería la influencia más determinante en su obra posterior. A partir de 1955 trabaja en la empresa de tabacos de su familia. En 1959 publica Compañeros de viaje, que juntamente con Moralidades (1966) integra la parte más social de su poesía, con piezas llenas de denuncia política en las que evoca la hipocresía burguesa, la miseria que presidía el sistema capitalista, la opresión del pueblo por la España franquista y la discriminación de la mujer.
En 1965 aparece A favor de Venus, una colección de poemas de amor impregnados de erotismo, y en 1968, por último, publica Poemas póstumos. A partir de entonces Biedma publicará diversos poemas en revistas literarias, así como unas memorias: Diario de un artista seriamente enfermo.

En 1974, Biedma padeció una crisis que le lleva a dejar la vida literaria y se recluye en un férreo nihilismo. El determinismo de una sociedad incapaz de cambiar su historia y el conformismo y desencanto que impregna el mundo intelectual de izquierdas después de la transición a la democracia le abocaron a la desesperación. Fracasaron sus esfuerzos por sobrevivir a la apatía del conformismo burgués del que no conseguía escapar. Esto le condujo a abandonar prácticamente su producción literaria hasta su muerte por sida en enero de 1990, al lado de su último compañero, el actor Josep Madern. Sus restos fueron incinerados y enterrados en el panteón familiar de Nava de la Asunción (Segovia) donde vivió largas temporadas (incluyendo toda la Guerra Civil) y donde escribió muchos de sus poemas.

Que adianta, gostaria de saber, mudar de casa,

deixar para trás uma cave mais negra
que a minha fama – e já é dizer muito -,
pôr cortinas brancas
e arranjar criada,
renunciar à vida de boémio,
se vens tu depois, calaceiro,
embaraçoso hóspede, pateta vestido com meus fatos,
com as tuas mãos lavadas,
sujar-me a casa e comer no meu prato?
Acompanham-te os balcões dos bares
derradeiros da noite, os chulos, as floristas,
as ruas mortas da alvorada
e os ascensores de luz amarelenta
quando, bêbedo, chegas
e páras a olhar no espelho
a cara destruída,
com aqueles olhos ainda violentos
que não queres fechar. E se te censuro,
ris-te, recordas-me o passado
e dizes que envelheço.
Poderia lembrar-te que já não tens graça.
Que o teu estilo casual, o teu desenfado
chegam a ser truculentos
quando se tem mais de trinta anos,
e o teu encantador
sorriso de jovem sonolento
- certo de agradar – é um resto pungente,
um propósito patético.
Enquanto me fitas com os teus olhos
de verdadeiro órfão, e choras
e me prometes que não o fazes mais.
Se não fosses tão puta!
E se eu não soubesse, há algum tempo,
que és forte quando sou débil
E que és débil quando me enfureço…
De teus regressos guardo uma impressão confusa
de pânico, pena e descontentamento,
e o desespero
e a impaciência e o ressentimento
de voltar a sofrer, outra vez mais,
a humilhação imperdoável
da excessiva intimidade.
Com muito custo, levar-te-ei para a cama,
como quem vai para o inferno
para dormir contigo.
Morrendo a cada passo de impotência,
tropeçando nos móveis,
às cegas, atravessamos o andar
torpemente abraçados, vacilando
de álcool e de soluços reprimidos.
Oh ignóbil servidão de amar seres humanos,
e a mais ignóbil
que é amar-se a si próprio!
«Contra Jaime Gil de Biedma»
Jaime Gil de Biedma (trad. José Bento)

Miembro destacado de la llamada Escuela de Barcelona, se relacionó con sus componentes Gabriel Ferrater, Carlos Barral, seguramente el más sólido de ellos, y Juan Marsé, que no es estrictamente de esta generación, y se carteó con uno de sus modelos, el poeta de la Generación del 27 Luis Cernuda. En su obra poética recurrió al coloquialismo y a la ironía para destacar asuntos sociales y existenciales y, aún cuando no es muy extensa (siempre prefirió la calidad a la cantidad), se ha considerado como una de las más interesantes de su generación, la de los llamados poetas sociales de la España de los años 50. También escribió algunos ensayos literarios.
Dos de sus sobrinas han alcanzado relevancia en el mundo del arte y la política, por un lado Ouka Lele (Bárbara Allende y Gil de Biedma), una de las fotógrafas más internacionales de España y artista muy representativa de la Movida madrileña, y por otro Esperanza Aguirre y Gil de Biedma, presidenta de la Comunidad de Madrid y anteriormente, presidenta del Senado y ministra de Educación.
Obras
Versos a Carlos Barral (1952)
Según sentencia del tiempo (1953).
Compañeros de viaje (Barcelona: Joaquín Horta, 1959).
En favor de Venus (1965)
Moralidades (1966)
Poemas póstumos (1968)
Colección particular(Seix Barral,1969)
Diario del artista seriamente enfermo (1974), memorias.
El pie de la letra: Ensayos 1955-1979 (1980), Crítica, Barcelona
Antologia poética (1981) Alianza
Las personas del verbo (1982), Seix Barral, Barcelona
La biografía del poeta escrita por Miguel Dalmau fue adaptada al cine por el director Sigfrid Monleón en 2009 en la película española El cónsul de Sodoma. En ella Jordi Mollà interpreta a Gil de Biedma
im:wikipedia

JAIME GIL DE BIEDMA, "No volveré a ser joven" (Recitado por el poeta)

Contra Jaime Gil de Biedma (en su propia voz)