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Sonntag, 6. März 2011

seitens der Städte..BERLIN: Kurt Koffka


Kurt Koffka
(Berlim, 18 de março de 1886 - Northampton, Massachusetts, 22 de novembro de 1941)
Foi um psicólogo da Gestalt.
Em Frankfurt conheceu Köhler e Wertheimer com quem vai fundar uma corrente designada por Gestaltismo. Depois da Segunda Guerra Mundial vai para os Estados Unidos da América onde desenvolve intensa atividade em instituições do ensino superior. Com Köhler promove as conceções gestaltistas junto dos psicólogos americanos expondo-as na sua obra mais importante: Principles of Gestalt Psychology.


Em 1909 recebeu doutorado pela Universidade de Berlim. Junto com Wolfgang Köhler, tornou-se assistente na Universidade de Frankfurt, onde trabalhou com Max Wertheimer.
De 1911 a 1927 lecionou na Universidade de Giessen. Lá escreveu O Desenvolvimento da Mente (1921).
No ano seguinte ele introduziu o programa Gestalt com um artigo na Psychological Bulletin nos Estados Unidos. A partir de 1927, Kurt lecionou nos Estados Unidos no Smith College, publicando a obra Princípios da Psicologia da Gestalt (1935).

"Força da Gestalt
Köhler (1920/1938a) definiu dentro dos sistemas físicos a força da Gestalt como o grau de interdependência de suas partes. Uma Gestalt é fraca quando a energia de seu processo é pequena. Uma Gestalt é forte quando a energia do processo aumenta. Dentro dos vários sistemas físicos, há os constituídos por processos nervosos centrais de animais superiores. Através do isomorfismo psiconeural, os mesmos processos se aplicam aos processos neurais e aos fenomenológicos. Koffka (1935/1975) retomou essa diferenciação, devida a Köhler, e aplicou-a à realidade de grupos sociais.

Em 1924, Koffka apresenta num outro artigo o que se chamava de introspecção na época. É basicamente o método analítico. Contra esse método é necessário mudar a atitude do experimentador. A atitude nova é, de início, simplesmente perceber, idêntico à maneira de qualquer pessoa que não conheça a então psicologia. É o método fenomenológico. Entretanto, qualquer acontecimento que ocorra na consciência deve ser estudado. Há psicólogos que analisam o conteúdo em elementos sensitivos, isto é, nos sons, nas cores, nos olfatos, etc. Essa método analístico não leva a problemas reais, diz Koffka. Chamei-a de observar os perceptos em fragmentos (Engelmann, no prelo; Koffka, 1924.)
Podemos citar como exemplo, um ser humano sentado ante sua escrevaninha, em cima da qual há uma borracha e um livro. Podemos dizer que a borracha constitui uma Gestalt forte e o mesmo pode-se dizer com relação ao livro. A superfície da mesa com os dois objetos, borracha e livro, constitui também uma Gestalt. Entretanto, será uma Gestalt bem mais fraca do que as duas Gestalten anteriores, a borracha e o livro. Através do isomorfismo, na medida em que o ser humano olha para a mesa, os perceptos "borracha", "livro" e "alto da mesa contendo a borracha e o livro" são também Gestalten, com a seguinte diferença entre elas: "borracha" e "livro" apresentam mais força do que "alto da mesa contendo a borracha e o livro". Outro exemplo, seria o de duas pessoas carregando um sofá. As duas pessoas seriam cada um uma Gestalt, o sofá também. Além disso, as duas pessoas carregando o sofá seria uma terceira Gestalt, ainda que mais fraca do que as três Gestalten anteriores.
Para mim, ao se falar nos diversos graus de força da Gestalt, seria bem melhor utilizar um contínuo. Nesse contínuo seria possível colocar uma Gestalt muito forte, uma Gestalt medianamente forte, uma Gestalt mais ou menos fraca, uma Gestalt bem fraca, e assim por diante.
No contínuo de forças da Gestalt, o que denominaríamos de força de quase nula? Por exemplo, a Gestalt formada pelos perceptos de uma borracha na mesa e mais a lua, no momento em que é visível através da janela. Ainda que possua alguma força, praticamente o valor seria tão pequeno que seria melhor nulificá-la para efeitos práticos. Como disse Köhler numa nota na página 31 da redução do livro Gestalten físicas por Ellis, o grau dos limites da Gestalt nunca é abrupto (Köhler, 1920/1938a.)

Não apenas experiência, mas também ação
Num artigo de crítica a Benussi, Koffka alarga o que se pode entender por Gestalt. Koffka pensa em Gestalten não apenas na experiência, mas também nas ações dos indivíduos. Cantar, escrever, desenhar, andar são Gestalten tanto quanto a consciência de ouvir ou de olhar. "O ato motor é um processo-de-todo organizado; os muitos movimentos individuais podem ser compreendidos somente como partes do processo que os abraça ..."10 (Ash, 1995; Koffka, 1915/1938.)
Os correlatos fisiológicos da percepção e da ação, não são excitações individuais mas eventos unificados. São, como Wertheimer o acentuou, Gestalten.

Não apenas seres humanos, mas também outros animais
Em dezembro de 1913, Köhler consegue o posto de Diretor da estação de pesquisa da Fundação da Academia Prussiana, em Tenerife nas ilhas Canárias. A colônia alemã dos Camarões11 tinha um clima demasiado quente para os cientistas. De outro lado, os chimpanzés que iriam ser estudados não se aclimatavam na Alemanha. A Fundação então foi localizada numa ilha espanhola perto do Marrocos. Köhler aceitou o posto, principalmente para estudar a inteligência de chimpanzés. Os estudos estavam, de um certo modo, completos em junho de 1914. Pouco depois começou a guerra. Köhler foi chamado como reservista em julho do mesmo ano. Entretanto, por estar em idade militar, possuía dificuldade de atravessar uma área cheia de navios aliados. Permaneceu em Tenerife até 1920, na Espanha neutra. Apesar de doenças, nele e em sua família, aproveitou sua estada para pesquisar e escrever muito com relação aos animais e muito com relação às Gestalten físicas.
Thorndike havia publicado nos Estados Unidos, em 1898, um trabalho realizado principalmente com gatos e cães, no qual demonstrava a longa aprendizagem para abrir uma porta, atrás da qual se encontravam alimentos. A tradução teórica dessa aprendizagem era a união associativa entre impressões sensoriais e impulsos motores. A investigação de Thorndike representava o contrário do que estava sendo esperado por gestaltistas e por evolucionistas como Hobhouse e Yerkes.
O espírito do experimento de Thorndike foi repetido por Köhler. O objetivo da investigação era sempre a aquisição de um alimento. O alimento, durante pouco tempo, estava perto do sujeito experimental. A seguir, era colocado num ponto visível, mas que o sujeito não podia alcançar continuando o caminho antigo e reto. Um caminho novo, que começava com o sujeito afastando-se do alimento, era a solução. Como sujeitos, além de chimpanzés, utilizou galinhas, um cão e sua própria filha com três meses de idade. Duas formas de comportamento foram demonstradas (veja a Figura 6.) De um lado, a realização genuína, que foi o caminho eficaz utilizado pelo cão, pelos chimpanzés e pela criança. De outro, a imitação por acaso, que foi o caminho em ziguezague usado inicialmente pelas galinhas. Em poucos casos e após um tempo em ziguezague, algumas galinhas mudavam de forma de comportamento e corriam de acordo com a realização genuína.O

Isomorfismo Psiconeural
Como os acima citados sistemas físicos se ajustam ao sistema nervoso? Pelo que se sabe, o sistema nervoso é formado por uma série enorme de neurônios que se comunicam uns com os outros segregando substâncias químicas nas sinapses, que irão, por sua vez e nas próprias sinapses, excitar outros neurônios. De acordo com Köhler, essas substâncias químicas se juntarão formando um grande conjunto fora dos neurônios. Esse conjunto é o lugar de sistemas físicos elétricos tridimensionais. As excitações provocadas causariam processos estacionários ou quase-estacionários (Köhler, 1920/1938a, 1938b; Köhler & Wallach, 1944.)

Num verso do seu poema "Epyrrhema", Goethe havia dito: "O que está dentro, aquilo está fora."13 Köhler o coloca na abertura do capítulo sobre isomorfismo psiconeural. Köhler acredita no isomorfismo, isto quer dizer, que as Gestalten fenomenológicas da consciência teriam a mesma forma ou seguiriam a mesma matemática topológica que as estruturas físicas. Topológicas são relações do tipo "dentro" ou "fora", "entre", "em contato com", "à distância de". É importante que o isomorfismo psiconeural se estabelece apenas para levar em conta a parte do sistema nervoso que é capaz de apresentar uma face fenomenológica. Evidentemente, há uma grande parte para a qual não haveria dupla representação.
A hipótese é monista: as duas faces seriam maneiras de se olhar a mesma coisa. As duas faces não seriam apenas análogas, mas seriam paralelas, nas palavras do próprio Köhler, ainda que paralelo não seja de maneira nenhuma idêntico. Além disso, a hipótese do isomorfismo psiconeural é realista. O Universo é uma realidade só (Engelmann, 1978c; Koffka, 1935/1975; Köhler, 1920/1938a, 1938b, 1929/1947; Köhler & Wallach, 1944; Lewin, 1936.)"

im:Wikipedia/infopedia/Gestalt psychology and empirical contemporaneous science, Arno Engelmann

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