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Mittwoch, 25. Februar 2009

seitens der Städte.. DRESDEN: Kokoschka


DRESDEN 2008
Kino:G.Ludovice

Kokoschka, esteve em Dresden entre 1916/1923.

Auto-retrato

Oscar Kokoschka, pintor expressionista, amigo de Karl Kraus, pintou retratos no Café Central de Viena.

Karl Kraus

Amante de Alma Mahler. Quando Alma o deixou, Kokoschka mandou fazer uma boneca parecida com ela, em tamanho natural, que levava para o café e sentava ao seu lado.
Kokoschka - Auto-retrato com Alma Mahler, 1913

Oskar Kokoschka

(1 de Março de 1886 - 22 fevereiro 1980) foi um artista austríaco, poeta e dramaturgo, mais conhecida por sua intensa expressionista retratos e paisagens. Kokoschka, nascido no Império Áustro-Húngaro, filho de um ourives, teve como professor Franz Cizek. Em Praga, conheceu Olda Palkovská, com quem contraiu matrimónio.
Nude with back turned, 1907

Em 1910 muda-se de
Viena para Berlim. Com o início da Primeira Guerra Mundial alista-se num regimento de Dragões. Na frente de batalha, foi ferido e em 1916 internado num hospital em Dresden, onde ficou até 1923.
Em
1938 devido à ocupação nazi da Checoslováquia, abandonou o seu estúdio em Moldávia e foge com sua mulher para Londres
.


Kokoschka, o início de carreira foi marcado por retratos de Vienenses, celebridades pintadas num estilo nervosamente animado. He served in the Austrian army in World War I and was wounded. Ele serviu no exército austríaco na Primeira Guerra Mundial e foi ferido. At the hospital, the doctors decided that he was mentally unstable. No hospital, os médicos decidiram que ele era mentalmente instável. Nevertheless, he continued to develop his career as an artist, traveling across Europe and painting the landscape. No entanto, ele continuou a desenvolver a sua carreira como um artista, viajando por toda a Europa e pintura da paisagem.

The house in which Oskar Kokoschka was born in Pöchlarn (August 2006) A casa na qual Oskar Kokoschka nasceu em Pöchlarn (agosto 2006)
Kokoschka had a passionate, often stormy affair with
Alma Mahler , shortly after the death of her infant daughter and her affair with Walter Gropius . Kokoschka havia um apaixonado, frequentemente stormy affair com Alma Mahler, pouco após a morte de seu bebê e seu affair com filha Walter Gropius. After several years together, Alma rejected him, explaining that she was afraid of being too overcome with passion. Depois de vários anos juntos, Alma rejeitou ele, explicando que ela estava com medo de serem superadas com muito paixão. He continued to love her his entire life, and one of his greatest works The Tempest (Bride of the Wind) (at right below), is a tribute to her.

Cavaleiro andante

His poem Allos Markar (1913) was inspired by this relationship. Ele continuou a amá-la toda sua vida, e uma das suas maiores obras A Tempestade (Noiva do Vento) (à direita abaixo), é uma homenagem ao her.His poema Allos Markar (1913) foi inspirada por esse relacionamento. The poet Georg Trakl visited the studio while Kokoschka was painting this masterpiece. O poeta Georg Trakl visitou o estúdio enquanto Kokoschka era pintura esta obra-prima.
Deemed a
degenerate by the Nazis , Kokoschka fled Austria in 1934 for Prague . Considerado um degenerado pelos nazistas, Kokoschka fugiram na Áustria em 1934 para Praga. There he founded the Oskar-Kokoschka-Bund with other expatriate artists. Lá ele fundou a-Oskar Kokoschka-Bund expatriado com outros artistas. In 1938, when the Czechs began to mobilize for the expected invasion of the Wehrmacht , he fled to the United Kingdom and remained there during the war. Em 1938, quando os tchecos começaram a mobilizar para a esperada invasão da Wehrmacht, ele fugiu para o Reino Unido e permaneceu lá durante a guerra. With the help of the British Committee for Refugees from Czechoslovakia (later the Czech Refugee Trust Fund ), all members of the OKB were able to escape through Poland and Sweden . Com a ajuda da Comissão Britânica para Refugiados da Checoslováquia (mais tarde a República Checa Refugiados Trust Fund), todos os membros da OKB puderam escapar através da Polônia e Suécia.
Kokoschka became a British citizen in 1946 and only in 1978 would regain Austrian citizenship. Kokoschka se tornou um cidadão britânico em 1946 e só em 1978 seria reconquistar cidadania austríaca. He travelled briefly to the
United States in 1947 before settling in Switzerland , where he lived the rest of his life. Ele viajou brevemente para os Estados Unidos em 1947 antes de, na Suíça, onde viveu o resto de sua vida.

New York

Kokoschka had much in common with his contemporary Max Beckmann . Kokoschka tinham muito em comum com seus contemporâneos Max Beckmann. Both maintained their independence from German Expressionism , yet they are now regarded as its supreme masters, who delved deeply into the art of past masters to develop unique individual styles. Ambos mantiveram a sua independência a partir Expressionismo alemão, mas que são agora consideradas como seu supremo capitães, que delved profundamente no passado arte de mestres para desenvolver únicos estilos individuais. Their individualism left them both orphaned from the main movements of Twentieth Century modernism . O seu individualismo deixou órfãs de ambos os principais movimentos do século XX modernismo. Cemitério na Suiça, túmulo de Kokoschka.
im:Wikipedi

Dienstag, 17. Februar 2009

seitens der Städte..

seitens der Städte.. LISSABON: Johann Friedrich Ludwig

LISBOA
Palácio Ludovice 2008
Kino:G.Ludovice

Johann Friedrich Ludwig
Conhecido em Portugal como João Frederico Ludovice (1670 - 1752) foi um arquitecto e ourives alemão.

Natural da Suábia, emigrou para a Itália, onde se converteu ao Catolicismo. Veio depois para Portugal, projectando entre outras obras o Palácio Nacional de Mafra (1717-1730), ao serviço de D. João V. Naturalizou-se, mais tarde, cidadão português.

Palácio do Convento de Mafra
Kino:G.Ludovice

Filho mais novo de Peter Ludwig e de sua esposa Elisabetha Rosina Engelhardt, nasceu a 19 de Março de 1673, no Castelo de Honhardt.

A juventude despreocupada que Johann pode viver no Castelo, no convívio com os seus numerosos irmãos, não foi duradoura: logo no ano de 1681 se aposentava o pai, mudando-se com a família para Schwabisch-Hall, onde seu pai adquirira uma casa na Travessa Langen.
Como todos os seus irmãos, Johann frequentou o liceu de Hall, tendo-se matriculado a 6 de Junho de 1682. No ano de 1687, contando apenas 14 anos de idade, perdeu o pai; foi após tal desenlace que o seu tio e padrinho, Johann Wilhelm Engelhardt, entusiasta construtor e homem de apurado sentido estético, se ocupou da educação do jovem sobrinho, familiarizando-o com a arquitectura.
É possível que a centelha artística, que existia em Johann, fosse congénita da parte de sua mãe, do ramo dos Engelhardt.


Em 1689, Jhann iniciou os seus estudos de ourivesaria com o Mestre Ourives N. A. Kienle de Jugeren, em Ulm, por um período de 4 anos, entre 1689 e 1693.
Nesse ano assentou praça com 19 anos de idade, tomando parte na Guerra de
Pflaz, que rebentara em 1688, contra a França, tendo Johann feito campanha até ao fim da guerra, (1697), como oficial de Engenharia, após o que seguiu para Itália.
Como militar, orientou trabalhos de engenharia em
Regensburg, assim como outros que realizou durante a guerra, talvez até relacionados com a fundição de metais, ligados à arma de artilharia, adquirindo assim vastos conhecimentos e experiência neste campo.
Ao deixar o Exército em 1697, partiu para Itália, na companhia do Ourives Johann Adolf Gaap, (da família de mestres ourives), tendo-se domiciliado em Roma, onde veio a desenvolver os seus conhecimentos artísticos, designadamente escultura e arquitectura, alterando o seu apelido para Ludovici.


Em virtude da sua vasta erudição em diversas ciências, granjeou simpatia entre os

Jesuítas, que, descobrindo o seu invulgar talento, tentaram com que ele ingressasse na Ordem.
Lograram apenas a sua conversão ao Catolicismo, facto relacionado, sem dúvida, com o seu casamento em 1700, em Neapel, com a Católica Kiara Agnese Morelli, dona de rara formosura e dotes morais, filha do industrial de Calçado Francesco Morelli, e de sua mulher Anna.
Em Itália, Johann, é convidado pelos Jesuítas para trabalhar na
igreja de Gesú, na fundição e cinzelagem da imagem do Santo Ignácio de Loyola, da autoria de los Groos, bem como noutras alfaias.
Em Roma o seu trabalho foi enaltecido pelos jesuítas, destacando-se de tantos outros artífices e colaboradores Romanos e Franceses, pelo género e qualidade de trabalho da sua especialidade.
Depois de ter contraído núpcias com Kiara Agnese, Johann, faz uma visita à sua terra natal, Schwabisch-Hall, para ver seus familiares e apresentar sua esposa.
Nessa altura questões familiares insuficientemente esclarecidas, motivaram o rompimento de relações com sua mãe e irmãs, que compartilhavam os mesmo sentimentos. Atribuem una à independência assumida por Johann, em relação ao facto da sua família de S. Hall, ser Luterana e como tal, não aceitar o seu casamento Católico, enquanto outros conjecturam que tão desagradável incidente tenha sido ocasionado por questões de partilhas de herança paterna. Pois todas as propriedades e bens adivinham do primeiro casamento de seu pai. E a sua segunda mulher, mãe do Johann apoderara-se de todos os bens deixando os herdeiros do primeiro casamento praticamente na miséria. Pois tanto Johann como seus irmãos filhos do segundo casamento praticamente não tinham direito a nada e Johann teria ficado indignado com a atitude de sua mãe, tanto assim que mais tarde ignora a parte que lhe coube em testamento.
O que se sabe, porém, é que Johann diz à família que vai para a América e depois desta data nunca mais dá notícias suas, ou da sua família directa, aos seus familiares.


É ainda no final de 1700, que Johann chega com sua esposa a
Lisboa, fixando residência na Rua dos canos, junto ao colégio de Santo Antão.
Ele tem um contrato para trabalhar com os Jesuítas, durante 7 anos, no Sacrário de Santo Antão, bem como noutras alfaias de igrejas da mesma Ordem.
Neste contrato, Johann é obrigado a trabalhar em exclusividade para os Jesuítas.

A um de Janeiro de 1701, nasceu em Lisboa o seu primeiro filho, João Pedro Ludovice, filho de Kiara Agnese Morelli, tendo a mãe falecido deste parto. José António Frederico Ludovice, *1781, filho de seu neto José Frederico Ludovice

José Frederico Ludovice * 1861, neto de José António Frederico Ludovice

A 13 de Setembro desse mesmo ano, é pronunciada uma sentença contra Ludovice, pelo não cumprimento do contrato de exclusividade para com os Jesuítas.
É então, que o rei

D. Pedro II intercede a seu favor, pagando as custas da sentença, orçadas em 1.012 Reis, e convence os Jesuítas a permitir que Ludovici pudesse fazer uma ou outra obra do seu mister para algumas Igrejas do Padronado Real, ou até do Paço.
Este facto revela-nos que, em 1701, já Ludovice se encontrava a trabalhar para o Rei D.Pedro II.
Dos seus trabalhos em Ourivesaria a grande maioria não está identificado, pois na maior parte das vezes Ludovice apenas desenha as peças e estas são identificadas apenas pelos ourives executores, mas não autores das mesmas. Mesmo as peças de ourivesaria que são atribuídas a Ludovice, não foram executadas pelo próprio e nelas consta a marca do executor.
Das peças atribuídas a sua autoria, constam: O Sacrário de Prata da Igreja de Santo Antão, a Custódia para a Capela da Bemposta, o Frontal e a Banqueta de prata do Convento do Carmo, o conjunto das Peanhas da
Sé de Coimbra, Alfaias para a Capela Real do Paço da Ribeira e muito provavelmente alfaias para a Igreja de São Vicente de Fora, Basílica de Mafra, a Custódia da Sé de Lisboa, Alfaias para a Capela de São João Baptista na Igreja de São Roque etc. não nos podemos esquecer que desde 1701 a 1717 vão 16 anos de trabalho praticamente exclusivo à ourivesaria.
D. João V encarrega Ludovice de reestruturar o antigo Paço da Ribeira e a sua antiga Capela Manuelina, transformando-a na Igreja Patriarcal.
Em documentação da época, estes trabalhos são muito elogiados, e no que se refere à Capela do Paço da Ribeira, esta é descrita como uma das mais magníficas que se conhece na Europa, destacando os seus interiores e objectos de culto.

Palácio do Convento de Mafra
Kino:G.Ludovice 2008
D. Pedro II havia feito um voto de erigir um Convento no caso de ter descendência, mas este nunca foi cumprido; D. João V, com o mesmo problema de sucessão, resolve cumprir a promessa de seu pai, e ordena a construção de um Templo em Mafra, ( O Novo Templo de Salomão ). Por decreto de El.Rei D. João V, de 26 de Setembro de 1711, este faz a promessa de construir um Convento e ordena a execução de vários riscos para o mesmo.
A notícia de que entre os vários concorrentes ao projecto, se encontravam arquitectos Italianos: Filipo Juvara e António Canevári, é hoje posta em causa, não obstante, o monarca escolhe o projecto apresentado por Ludovice, não o faz por mero acaso, para além das possíveis influências que se tenham movido, prevaleceu o gosto do próprio Monarca, porquanto a proposta de Ludovice correspondia inteiramente aos objectivos que nortearam a execução do Convento. Quanto à variação de planta, que o Convento sofreu, todas elas foram desenhadas por Ludovice, tendo como prova a planta do Palacete da Quinta de Alfarrobeira concluído em 1727, de autoria de Ludovice ser a miniatura da planta definitiva do Convento de Mafra.


Palácio do Convento de Mafra 2008
Kino:G.Ludovice

As obras do Palácio Convento de Mafra, iniciaram-se solenemente no dia 17 de Novembro de 1717, com o lançamento da primeira pedra, em luxuosa cerimónia. A direcção da obra ficou a cargo do Ludovice, tendo posteriormente este sido substituído, em 1730, pelo seu filho João Pedro Ludovice, também arquitecto da escola de Mafra, tendo fixado residência na Igreja Nova, Quinta de Santo António da Arrifana, em
Mafra.
Aparte do plano para Mafra, Ludovice fundou uma Escola de Risco em Mafra, onde se formaram vários arquitectos, que se distinguiram no reinado de José I, contribuindo assim para o enaltecimento da grande obra de reconstrução da Baixa de Lisboa, da qual tanto beneficiou o
Marquês de Pombal.


Torre da Universidade de Coimbra, cujo sino é conhecido entre os estudantes por "Cabra", foi construída entre 1728 e 1733. De estilo Barroco Mafrense, da Escola do Arquitecto Ludovice, conta com 34 metros de altura.

Posteriormente à obra de Mafra, Ludovice faz vários riscos para outras obras, assim como, a reestruturação do Paço da Ribeira e a sua Capela Real, mais conhecida por Patriarcal, o Altar-Mór da Sé de Évora, o Altar-Mór de São Vicente de Fora, o Altar-Mór da Igreja de São Domingos em Lisboa e o seu Pórtico, que pertenceu à Sé Patriarcal, destruída pelo terramoto de 1755 e adaptado a esta pelo arquitecto Carlos Mardel.
Ludovice fez também a Torre de Coimbra e o Pórtico da Biblioteca da Universidade, O Pórtico da Igreja de Santa Cruz de Coimbra etc.

Para si construiu em Benfica a Quinta de Alfarrobeira, cujas as obras ficaram concluídas em 1727, e em cuja capela contraiu segundas núpcias, com D. Anna Maria Verney em 1720.

Em Lisboa, ao cimo da Calçada da Glória, construiu um palácio de cinco pisos e janelas avarandadas, considerado como um dos mais belos de Lisboa antiga, cuja construção foi concluída em 1747.

O imóvel, obra do arquitecto Frederico Ludovice, é uma das mais consideradas moradias setecentistas de Lisboa, onde imperam a contenção decorativa e a repetição ritmada das janelas. Tem cinco pisos de desigual altura, sendo o terceiro e o quarto rasgados por janelas de sacada com cantarias trabalhadas, especialmente as do quarto piso. Um elegante jogo de varandas imprimem-lhe elegância.
LocalizaçãoRua de São Pedro de Alcântara 39/49 - Lisboa1200-237 LISBOADistrito: LisboaConcelho: LisboaFreguesia: Encarnação

Ludovice participou também na resolução da construção do
Aqueduto das águas Livres, tendo solucionado o problema das canalizações, pois este já estava concluído e a água não chegava a Lisboa, pois os seus construtores tanto engenheiros como arquitectos não conseguiam dar solução ao problema, é então Ludovice chamado por ordem Real e resolve o problema da canalização de modo a que a água chegue a Lisboa. A sua última intervenção é na Capela de São João Baptista na Igreja de São Roque, segundo os riscos que enviou para Roma.
Em 1718, já Ludovice, fazia parte da Mesa da Confraria de São Lucas, e no ano seguinte era seu colaborador Cláudio Laprade na decoração da procissão do Corpo de Deus, em Lisboa.
D. João V, concedeu-lhe várias benesses, entre as quais, se destaca a nomeação como Arquitecto das Obras de São Vicente de Fora, em 1720 e a concessão do Hábito da Ordem de Cristo, em 1740.
A 28 de Julho de 1720, viúvo de Kiara Agnese, contrai segundas núpcias com D.Anna Maria Verney, irmã de Luís António Verney.


Deste casamento nascem sete filhos, sendo um deles, o futuro arquitecto José Joaquim Ludovice, autor do risco do Convento do Espírito Santo, o actual Chiado.
A consagração suprema ser-lhe-ia dada porém, em 1750, por D. José I, que o nomeou Arquitecto-Mór do Reino, com a patente de Brigadeiro. No decreto de nomeação referem-se os serviços prestados “ tanto no Reino como fora dele”, pelo que é de presumir que a sua acção se tenha estendido também ao Brasil.
João Frederico Ludovice, coberto de prestigio e rodeado de grande consideração, faleceu em Lisboa a 18 de Janeiro de 1752, na Rua Larga de São Roque, onde residia então, e foi sepultado na Igreja de São Roque como consta na sua certidão de óbito, (numa cripta que existe na sacristia)

O mesmo Johann Friedrich Ludwig, que se julgava, por parte da sua família Suábia, emigrado para a América, era considerado desaparecido na sua terra natal, em S.Hall, uma vez que, após o ano de 1700, não houvera notícias suas.
Depois do falecimento de sua mãe, Elisabetha Rosina, no ano de 1729, os consideráveis bens da mesma, e por virtude de um vasto testamento ainda hoje depositado no Arquivo de S.Hall, foi distribuído em partes iguais, entre os filhos, ficando porém o quinhão de João Frederico Ludovice, de parte sob administração.
Ao fim de 30 anos de ser dado como desaparecido, em 18 de Janeiro de 1734, por decisão do Conselho de Hall, é considerado como morto, e a sua parte distribuída pelos restantes irmãos.
REGIUS ARCHITECTUS O Arquitecto-Ourives, João Federico Ludovici, um estrangeiro que fez de Portugal a sua Pátria .
El-Rei D.João V, acumulou de honras e encheu de riquezas o Artista benemérito, que levantou Portugal na Arquitectura e Escultura, da prostação em que jazia, o Arquitecto Ourives João Federico Ludovici . Tratando-o já em 1718, com as obras da Sé de Évora, como REGIUS ARCHITECTUS -IONNES FEDERICUS LUDOVISIUS.

Também El-Rei D.José I, remunerou Ludovici, em Dezembro de 1751, passando a transcrever :
Tendo consideração à grande capacidade, inteligência, e préstimo, com que serviu de Arquitecto a El-Rei meu Senhor, e Pai pelo tempo de quarenta e três anos, João Federico Ludovici, debuxando plantas profis e ornatos e fazendo modelos para as principais obras que o mesmo Senhor mandou fazer, assim neste Reino como fora dele, não só com aprovação e louvor dos maiores Artífices da Europa, mas com tal acerto e esplendor, que executados mostram bem a magnificência e grandeza de quem mandou fabricar e instruíndo as que fizeram nestes Reinos com tal direcção e actividade aos operários que à sua doutrina se deve o grande adiantamento, com que neles se acham presentemente as Artes e a continuar o mesmo exercício no seu serviço, que confio dele cumprirá muito à minha Real Satisfação: Porque a muitos Arquitectos civis, em que não concorreram as mesmas circunstâncias, nem serviram tanto nem com tanto préstimo, como o dito João Frederico Ludovici, se tem dado patentes de postos Militares, sem que houvessem servido militarmente, e ser de minha ReaL intenção ao honrar, e adiantar os homens, que se distinguem relevantemente nos empregos do meu Real serviço : Hei por bem fazer-lhe mercê de o nomear Arquitecto Mor deste Reinos, com a Patente e soldo de Brigadeiro de Infantaria que haverá na primeira Plana da Corte, e que todos os mais Arquitectos Civis lhe sejam subordinados, obedeçam e aguardem suas ordens no que tocar ao seu serviço; com declaração que falecendo o dito João Federico Ludovici, se extinguirá o dito cargo de Arquitecto Mor, sem que haja de servir de exemplo a outra Alguma pessoa . O Conselho Ultramarino o tendo assim entendido, e pela parte que lhe toca o fica executado, Lisboa, catorze de Setembro de Mil Setecentos e Cinquenta.
Com a assinatura de Sua Majestade
Rei D.José I

El-Rei D.João V, que desejava do intimo do coração o adiantamento e esplendor das Artes, e que se esforçou para conseguir, sabia que em tais assuntos todo o esforço é inútil, se não vem o prémio moral e material estimular os artistas. Como Rei, a quem a posteridade concedeu com justiça os epithetos de Magnânimo e Protector das Artes, a acumulou de honras e encheu de riquezas o Artista benemérito, que levantará portugal na arquitectura e escultura da prostração vergonhosa em que jaziam, o Arquitecto Ourives, João Federico Ludovici .
Também El-Rei D.José I em Dezembro de 1750, apenas alguns meses depois de empunhar o ceptro, remunerou Ludovici, fazendo-o Arquitecto-Mór do Reino, com Patente, soldo e graduação de Brigadeiro de Infantaria na primeira Plana da Corte ; e declarando no decreto que lhe fazia esta mercê ”pela grande capacidade com que servira por tempo de 43 anos ao Senhor Rei D.João V, desenhando e fazendo modelos com tal acerto que, executados, deixam ver a magnificiência de quem os mandará pôr em execução; e instruindo os operários empregados em tais obras com tanto zelo que à sua doutrina se deve o grande adiantamento em que se achavam as Artes “ n’ estes Reinos “ .
“Esta nomeação feita ao artista octogenário já não era um prémio dos seus serviços . Tinha outra significação mais nobre e mais elevada . Era o galardão desinteressado concedido ao mérito . Era a coroação de louros com que o representante coroado de um povo agradecido cingia a fronte do artista insigne na sua despedida do mundo . Era em fim a luz da glória projectando esplendores sobre uma campa ainda vazia, e ao mesmo tempo, iluminando o caminho aos novos adeptos para o Templo das artes”.
( Vilhena de Barbosa - Estudos Históricos e Arqueológicos Tomo II )
“ Era homem de grande vontade e maior entendimento. Chegou a ser tão estimado de D.João V, que até lhe baptizou um filho e tratava-o por compadre .”
( Visconde de Sanches de Baêna, 1881 - O Notável Architecto
da Basilica Real )
Im:Wikipedia

Sonntag, 15. Februar 2009

seitens der Städte..LONDON: Gandhi

LONDON 2008
Kino:G.Ludovice


Mohandas Karamchand Gandhi



"Mahatma" (grande alma) Gandhi, liderou mais de 250 milhões de hindus.
Mohandas Karamchand Gandhi nasceu no dia 2 de
outubro de 1869 na Índia ocidental. Seu pai era um político local, e a mãe dele era uma vaisnava religiosa.



Gandhi aos 7 anos, em 1876.


Como era costume em sua cultura nesta época, com a idade de 13 anos, Mohandas foi casado, através de um acordo entre as respectivas famílias, com uma menina da mesma idade.

Depois de um pouco de educação indistinta foi decidido que ele deveria ir para a Inglaterra para estudar Direito. Ele ganhou a permissão da mãe, prometendo se abster de vinho, mulheres e carne, mas ele desafiou os regulamentos de sua casta, que proibiam a viagem para a Inglaterra. Cursou a faculdade de Direito em Londres. Procurando um restaurante vegetariano, havia descoberto na filosofia de Henry Salt um argumento para o vegetarianismo e convenceu-se dessa prática. Ele organizou um clube vegetariano onde se encontravam teósofos e pessoas com interesses altruísticos.
Sua primeira leitura do
Bhagavad-Gita foi através da tradução poética de Edwin Arnold: A Canção Celestial. Esta escritura hindu e o "Sermão da Montanha", do Evangelho, se tornaram, mais tarde, suas "bíblias" e guias de viagens espirituais. Ele memorizou o Gita em suas meditações diárias, logo após escovar os dentes, e freqüentemente recitou no original sânscrito, em suas orações.

Gandhi durante a juventude na Inglaterra, por volta de 1889.

andhi em seu escritório de advocacia na África do Sul.
Quando Gandhi voltou à Índia, em
1891, sua mãe houvera falecido, e ele, devido a timidez não obteve êxito a exercer sua profissão legal de advogado. Assim, aproveitou a oportunidade que surgiu de ir para África do Sul, durante um ano, representando uma firma hindu em KwaZulu-Natal, em um processo judicial.
Sua estadia na África do Sul, notório local de
discriminação racial, despertaram em Gandhi a consciência social. Como advogado, Gandhi fez o melhor para descobrir os fatos. Depois de resolver um caso difícil, ele passou a ter notoriedade por sua atuação. Ele mesmo relata: "eu tive um aprendizado que me levou a descobrir o lado melhor da natureza humana e entrar nos corações dos homens. Eu percebi que a verdadeira função de um advogado era unir rivais de festas a parte".[carece de fontes?]
Acreditava que o dever do advogado era ajudar o
tribunal a descobrir a verdade, não tentar incriminar o inocente.[carece de fontes?] Ao término do ano, durante uma festa de despedida, de retorno à Índia, Gandhi tomou conhecimento que uma lei estava sendo proposta para privar os hindus do voto. Os amigos dele insistiram: "fique e conduza a briga para os direitos de nossos compatriotas na África do Sul."[carece de fontes?] Gandhi fundou em KwaZulu-Natal o Congresso hindu em 1894, e seus esforços foram uma vigorosa advertência para a imprensa.
Gandhi e sua esposa Kasturba Gandhi em foto de 1902.


Quando Gandhi retornou à África, após buscar a esposa e filhos na Índia em janeiro de 1897, os sul-africanos tentaram interromper suas atividades de maneiras sórdidas. Uma delas foi a tentativa de subornar e ameaçar o agropecuário Dada Abdulla Sheth; mas Dada Abdulla era cliente de Gandhi, e finalmente depois de um período de quarentena, Gandhi recebeu permissão para aterrissar. A turba de espera reconheceu Gandhi, e alguns brancos começaram a espancá-lo até que a esposa do Superintendente Policial veio ao salvamento dele. A turba ameaçou linchá-lo, mas Gandhi escapou usando um disfarce.

Gandhi com o "Indian Ambulance Corps" durante a "Segunda Guerra dos Boers" 1899-1900.
Depois ele se recusou processar os que haviam lhe espancado, permanecendo firme ao principio de ego-restrição com respeito a uma pessoa infratora; além de que, tinha sido os líderes da comunidade e do governo de Natal que haviam causado o problema. Não obstante o acontecido Gandhi sentia o dever de apoiar o povo britânico durante a
Guerra dos Boers, organizando e conduzindo um Corpo médico hindu para alimentar os feridos no campo de batalha. Quando trezentos hindus e oitocentos criados foram contratados, os brancos foram surpreendidos.
Gandhi acabou permanecendo vinte anos na África do Sul defendendo a
minoria hindu, liderando a luta de seu povo pelos seus direitos. Ele experimentou o celibato durante trinta anos de sua vida, e em 1906 levou o juramento de Brahmacharya para o resto da vida dele.


Caricatura de Gandhi representando o potencial explosivo junto à opinião pública mundial de sua desobediência civil contra o registro imposto pelo governo sul-africano.


O primeiro uso de
desobediência civil em massa ocorreu em setembro de 1906. O Governo de Transvaal quis registrar a população hindu inteira. Os hindus formaram uma massa que se encontrou no Teatro Imperial de Joanesburgo; eles estavam furiosos com a ordem humilhante, e alguns ameaçaram exercer uma resposta violenta a ordem injusta.
Porém, eles decidiram em grupo a se recusarem a obedecer as providências de inscrição; havia unanimidade completa, apenas alguns se registraram. Ainda, Gandhi sugeriu aos indianos que levassem um penhor em nome de
Deus; embora eles fossem hindus e muçulmanos, todos acreditavam em um e no mesmo Deus. Gandhi decidiu chamar esta técnica de recusar submeter a injustiça de Satyagraha que quer dizer literalmente: "força da verdade" . Uma semana depois de desobediência, as mulheres Asiáticas foram dispensadas do registro. Quando o governo de Transvaal finalmente pôs em pratica o "Ato de Inscrição Asiático" em 1907, Gandhi e vários outros hindus foram presos.
A pena dele foi de dois meses sem trabalho duro, dedicando-se durante esse período à
leitura. Durante a vida, Gandhi passaria um total de mais de seis anos como prisioneiro. Enquanto lendo em prisão Gandhi descobriu a "Desobediência Civil" de Thoreau e os trabalhos de Tolstoy. Logo ele começou a perceber cada vez mais as possibilidades infinitas do "amor universal".
O movimento de
protesto para a conquista dos direitos indianos na África do Sul continuou crescendo; em um certo ponto foram presos 2.500 indianos dos 13.000 existentes na província, enquanto 6.000 tinham fugido de Transvaal.
Sendo civil aos oponentes durante a desobediência, Gandhi desenvolveu o uso de ahimsa que significa "sem dor" e normalmente é traduzido "não violência". Gandhi seguiu o Ódio de preceito "o pecado e não o
pecador. Desde que nós vivemos espiritualmente, ferir ou atacar outra pessoa são atacar a si mesmo. Embora nós possamos atacar um sistema injusto, nós sempre temos que amar as pessoas envolvidas. Assim ahimsa é a base da procura para verdade".

"Tolstoy Farm", em 1910.
Gandhi também foi atraído a vida agrícola simples. Ele começou duas comunidades rurais em Satyagrahis: "Phoenix Farm" e "Tolstoy Farm". Escreveu e editou o diário "Opinião indiana", para elucidar os princípios e a prática de Satyagraha. Três assuntos foram apontados: a indagação para direitos dos hindus na África do Sul; sobre a proibição de
imigrantes Asiáticos; e por fim, sobre o invalidamento de todos casamentos não Cristãos.

Gandhi sendo confrontado por um policial ao liderar os mineradores hindus em greve de Newcastle ao Transvaal em protesto contra o "Ato da Imigração" em 1913.

Gandhi vestido como satyagraphi, ativista da não-violência, em 1913.
Em novembro de
1913 Gandhi conduziu uma marcha com mais de duas mil pessoas. Gandhi foi preso e solto após pagar fiança. Logo após o prenderam novamente e o libertaram, e novamente foi preso depois de quatro dias de liberdade. Foi então condenado ao trabalho forçado durante três meses, mas as greves continuaram, envolvendo aproximadamente 50.000 operários e milhares de índianos foram escravizados na prisão.
Alguns
missionários Cristãos doaram todo seu dinheiro para o movimento. Foram libertados Gandhi e outros líderes, e foi anunciada outra marcha. Porém, Gandhi recusou tirar proveito através de uma greve em uma estrada de ferro dos "brancos" (já que certa vez Mohandas Gandhi havia sido expulso de um compartimento de primeira classe de um trem, ao se recusar a "ceder" o seu lugar a um branco e se mover para a terceira classe), sendo que Gandhi cancelou a marcha, apesar de estar "quebrando" o penhor de Sujeira (1908). "Perdão é o ornamento do valente", Gandhi explicou.
Finalmente através de negociação os assuntos estavam resolvidos. Todos os
matrimônios independente da religião eram válidos; os impostos em atraso foram cancelados e inclusive os operários contratados; e foi concedida mais liberdade aos indianos.
Gandhi constatou o poder do método de Satyagraha e profetizou como poderia transformar a
civilização moderna. "É uma força que, se ficasse universal, revolucionaria ideais sociais e anularia despotismos e o militarismo."
Enquanto isso a Índia ainda estava sofrendo debaixo de regra
colonial britânica. Gandhi sugere que a Índia pode ganhar sua independência por meios não violentos e por via da ego-confianca. Ele rejeita a força bruta e sua opressão e declara que a força da alma ou amor e que se mantém a unidade das pessoas em paz e harmonia.

[editar] Retorno à Índia

Gandhi em 1918, quando liderou os Kheda Satyagraha contra as taxações injustas.
De volta a Índia em
1915, Gandhi passou a exercer o papel de conscientizador da sociedade hindu e muçulmana na luta pacífica pela independência indiana, baseada no uso da não violência. O uso da não violência baseava-se no uso da desobediência civil.
Gandhi estava pronto para morar nas ruas sujas com os
intocáveis se necessário, mas um benfeitor anônimo doou bastante dinheiro que duraria um ano. Passa então a ajudar os necessitados e as crianças carentes.
Em
1917 Gandhi ajudou as pessoas que trabalhavam em tecelagens, diante exploração injusta dos proprietários sobre esses trabalhadores. Ele foi detido, mas logo perceberam que o Mahatma era o único que poderia controlar as multidões.
Reformas foram ganhas novamente por meio da desobediência civil. Os trabalhadores têxteis de
Ahmedabad também eram economicamente oprimidos. Gandhi sugeriu uma greve, e como os trabalhadores temiam as conseqüências dela, ele faz um jejum para encorajar que eles continuem a greve. Gandhi explicou que ele não jejuou para coagir o oponente, mas fortalecer ou reformar esses que o amaram. Ele não acreditou que jejuando resultaria em salários mais altos.

Gandhi jejuando, foto da década de 1920, a criança ao lado é Indira Gandhi, filha de Nehru e futura Primeira Ministra da India.
O primeiro desafio de Gandhi contra o governo britânico na Índia estava em resposta contra os poderes arbitrários do "Rowlatt Act" em
1919. A Índia tinha cooperado com a Inglaterra durante a guerra, no entanto estavam sendo reduzidas as liberdades civis.
Guiado por um sonho ou experiência interna Gandhi decidiu pedir um dia de
greve geral. Porém, a filosofia de Mahatma não foi bem entendida pelas massas, e violências estouraram em vários lugares. O Mahatma se arrependeu declarando que tinha feito "um erro de cálculo", e ele cancelou a campanha.
Gandhi fundou e publicou dois
semanários sem anúncios - a "Índia Jovem" em inglês e o "Navajivan" em Gujarati. Em 1920 Gandhi iniciou uma campanha de âmbito nacional de não cooperação com o governo britânico que para o camponês significou o não pagamento de impostos e nenhuma compra de bebida alcóolica, desde que o governo ganhou toda a renda de sua venda.
Gandhi realizou várias viagens ao longo de todo
território hindu, com a função de conseguir a conscientização em massa de todas as pessoas, mostrando a necessidade da prática da desobediência civil e do uso da não violência. Durante finais dos anos 20, Gandhi escreve uma auto-biografia retratando suas experiências vividas. Ele é bastante sincero nesse livro, chegando ao ponto de se humilhar pelos erros cometidos, mostrando o esforço de os superar.

Apelo de Gandhi ao povo de Bombaim, publicado em 1919 no semanário "Índia Jovem" ("Young India").
Em suas falas ele exibe através dos dedos da
mão seu programa de cinco pontos:
igualdade;
nenhum uso de
álcool ou droga;
unidade hindu-muçulmano;
amizade;
e igualdade para as
mulheres.
Esses cinco pontos, os cinco dedos representando o sistema, estavam conectados ao pulso, simbolizando a não-violência.

Gandhi com Nehru em 1929, época em que este assumiu a presidência do congresso.
Finalmente em
1928, ele anunciou uma campanha de Satyagraha em Bardoli contra o aumento de 22% em impostos britânicos. As pessoas se recusaram a pagar os impostos, sendo repreendidas pelo governo britânico. No entanto os indianos continuavam não violentos. Finalmente, após vários meses, os britânicos cancelaram os aumentos, libertaram os prisioneiros, e devolveram as terras e propriedades confiscadas; e os camponeses voltaram a pagar seus tributos.
Ainda nesse ano, o congresso indiano quis a
autonomia da Índia e considerou guerra aos ingleses para conseguir esse fim. Gandhi recusou a apoiar uma atitude como esta, porém declarou que se a Índia não se tornasse um Estado independente ao final de 1929, então ele exigiria sua independência.

[editar] A "Marcha do Sal"
Por conseguinte em
1930, Mahatma Gandhi informou ao vice-rei, de que a desobediência civil em massa iniciaria no dia 11 de março. "Minha ambição é nada menos que converter as pessoas britânicas à não violência, e assim lhe faz ver o mal que fizeram para a Índia. Eu não busco danificar as pessoas.". Gandhi decidiu desobedecer as "Leis do Sal" que proibiram os hindus de fazer seu próprio sal; este monopólio britânico golpeou especialmente aos pobres. Começando com setenta e oito participantes, Gandhi iniciou uma marcha de 200 milhas para o mar que duraria mais de vinte e quatro dias. Milhares tinham se juntado no começo, e vários milhares uniram-se durante a marcha. Primeiro Gandhi e, então outros juntaram um pouco de água salgada na beira-mar em panelas, deixando ao sol para secar. Em Bombaim o Congresso teve panelas no telhado; 60.000 pessoas juntaram-se ao movimento, e foram presas centenas delas. Em Karachi onde 50.000 assistiram o sal sendo feito, a multidão era tão espessa que impedia a polícia de efetuar alguma apreensão. As prisões estavam lotadas com pelo menos 60,000 ofensores. Incrivelmente lá "não havia praticamente nenhuma violência por parte da população; as pessoas não queriam que Gandhi cancelasse o movimento.

A "Marcha do Sal" em 1930.

Rabindranath Tagore e Gandhi em 1940.
Gandhi foi preso antes de que pudesse invadir os "Trabalhos Dharasana Sal", mas o amigo dele Sr. Sarojini Naidu conduziu 2.500 voluntários e os advertiu a não resistir às interferências da polícia. De acordo com uma testemunha ocular, o repórter Miller de Webb, eles continuaram marchando até serem detidos abaixo do aco-shod lathis, por quatrocentos policiais, mas eles não tentaram lutar.
Tagore declarou que a Europa tinha perdido a moral e o prestígio na Ásia. Logo, mais de 100.000 hindus estavam na prisão, incluindo quase todos líderes.
Gandhi foi chamado a uma reunião com o Vice-rei Irwin em
1931, e eles firmaram um acordo em março. A Desobediência civil foi cancelada; foram libertados os prisioneiros; a fabricação de sal foi permitida na costa; e os líderes do Congresso assistiriam à próxima Conferência de Mesa Redonda em Londres. Para participar desta conferência, Gandhi viajou novamente a Londres, onde conheceu Charlie Chaplin, George Bernard Shaw, e Maria Montessori, entre outros. Em transmissão de rádio para os Estados Unidos, ele falou que a força não violenta é um modo mais consistente, humano e digno. Discutindo relações com os britânicos, ele disse que ele não quis somente a independência, mas também a interdependência voluntária baseada no amor.

Chaplin e Gandhi.

Retrato de Gandhi em 1931.
Enquanto, preso em
1932, Gandhi entrou em um jejum em nome dos Harijans porque a eles tinha sido determinado um eleitorado separado. Poderia ser um jejum até morte, a menos que ele pudesse despertar a consciência hindu. O assunto estava resolvido, e até mesmo templos hindus intocáveis eram abertos pela primeira vez. No próximo ano, Gandhi fez um jejum de vinte e um dias para purificação, e os funcionários britânicos, amedrontados de que ele pudesse morrer, colocaram-no na prisão. Gandhi anunciou que não se ocuparia da desobediência civil até que sua oração fosse completada.
Mesmo com a
Segunda Guerra Mundial se aproximando, Gandhi havia confirmado seus princípios pacifistas. Ele mostrou como a Abissínia (Etiópia) poderia ter usado a não violência contra Mussolini, e ele recomendou isto para os Tchecos e para os chineses. "Se é valente, como é, para morrer a um homem que luta contra preconceitos, é ainda bravo para recusar briga e ainda recusar se render ao usurpador"

Gandhi oferecendo 15 minutos de massagem diária a um leproso no "Sevagram Ashram" em 1940.
Já em
1938 ele exortou os judeus para defender os direitos deles e se necessário morrer como mártires. "Um manhunt degradante pode ser transformado em um posto tranqüilo e determinado, oferecendo aos homens e mulheres desarmados, a força dada a eles por Jehovah." Mahatma recomenda o uso de Métodos não violentos aos britânicos para combater Hitler; já que não podia dar seu apoio a qualquer tipo de guerra ou matança.
O Congresso prometeu a Gandhi que ele ficaria fora da prisão, mas outros 23.223 indianos foram presos, inclusive
Vinoba Bhave, Jawaharlal Nehru, e Patel. Em 1942, Gandhi sugeriu modos para resistir não violentamente aos japoneses. Ele propôs uma atração às pessoas japonesas, a causa da "federação mundial da fraternidade sem a qual não poderia haver nenhuma esperança para a humanidade".

Gandhi ora em um encontro em 1946.
Porém, Gandhi continuou exercendo uma
revolução não violenta para a Índia, e em 1942 ele e outros líderes foram presos. Ele decidiu jejuar novamente, sendo que apenas ele sobreviveu. Quando a guerra terminou, ele afirmou da necessidade de "uma paz real baseada na liberdade e igualdade de todas as raças e nações". Nos últimos anos de sua vida, se tornou mais do que um socialista. Ele havia dito, "Violência é criada por desigualdade, a não violência pela igualdade".
Ele foi a uma
peregrinação para Noakhali para ajudar aos pobres. Independência para a Índia era agora iminente, mas Jinnah o Líder muçulmano estava exigindo a criação de um estado separado: o Paquistão. Gandhi prega para unidade e tolerância, até mesmo lendo às reuniões um Alcorão de orações.
Os hindus o atacaram porque pensaram que ele era a favor dos muçulmanos, e os muçulmanos exigindo dele a criação do
Paquistão. Gandhi foi para Calcutá para acalmar a discussão e a violência entre hindus e muçulmanos.
Mais uma vez ele jejuou até que os líderes da comunidade assinaram um acordo para manter a paz. Antes de que eles assinassem, ele os advertiu de que se rebelassem ele jejuaria até a morte. Gandhi também, em janeiro de
1948 fez muito para acalmar os conflitos entre hindus e muçulmanos, permitindo a divisão da Índia em dois países.

[editar] O movimento pela independência indiana

Caricatura de Gandhi sendo preso por Lord Willingdon, do início da década de 1930. O desenho representa a compreensão de que colocá-lo tantas vezes na prisão terminou por ser uma forma de multiplicar seus ensinamentos.
Após a guerra, Gandhi se envolveu com o
Congresso Nacional Indiano e com o movimento pela independência. Ganhou notoriedade internacional pela sua política de desobediência civil e pelo uso do jejum como forma de protesto.
Por esses motivos sua prisão foi decretada diversas vezes pelas autoridades inglesas, prisões às quais sempre se seguiram protestos pela sua libertação (por exemplo, em
18 de março de 1922, quando foi sentenciado a seis anos de prisão por desobediência civil, mas cumpriu apenas dois anos).
Outra
estratégia eficiente de Gandhi pela independência foi a política do swadeshi - o boicote a todos os produtos importados, especialmente os produzidos na Inglaterra. Aliada a esta estratégia estava sua proposta de que todos os indianos deveriam vestir o khadi - vestimentas caseiras - ao invés de comprar os produtos têxteis britânicos.

Gandhi fiando, foto de 1946.
Gandhi declarava que toda mulher indiana, rica ou pobre, deveria gastar parte do seu dia fabricando o khadi em apoio ao movimento de independência. Esta era uma estratégia para
incluir as mulheres no movimento, em um período em que pensava-se que tais atividades não eram apropriadas às mulheres.
Sua posição pró-independência endureceu após o
Massacre de Amritsar em 1920, quando soldados britânicos abriram fogo matando centenas de indianos que protestavam pacificamente contra medidas autoritárias do governo britânico e contra a prisão de líderes nacionalistas indianos.
Uma de suas mais eficientes ações foi a
marcha do sal, conhecida como Marcha Dândi, que começou em 12 de março de 1930 e terminou em 5 de abril, quando Gandhi levou milhares de pessoas ao mar a fim de coletarem seu próprio sal ao invés de pagar a taxa prevista sobre o sal comprado.
Em
8 de Maio de 1933, Gandhi começou um jejum que duraria 21 dias em protesto à opressão Britânica contra a Índia. Em Bombaim, no dia 3 de março de 1939, Gandhi jejuou novamente em protesto às regras autoritárias e autocráticas para a Índia.


Mahadev Desai lendo para Gandhi uma carta do vice-rei, em Birla House, Mumbai, em 1939.
Gandhi passou cada vez mais a pregar a independência durante a
II Guerra Mundial, através de uma campanha clamando pela saída dos britânicos da Índia (Quit Índia, literalmente Saiam da Índia), que em pouco tempo se tornou o maior movimento pela independência indiana, ocasionando prisões em massa e violência em uma escala inédita.
Gandhi e seus partidários deixaram claro que não apoiariam a causa britânica na guerra a não ser que fosse garantida à Índia independência imediata.
Durante este tempo, ele até mesmo cogitou um fim do seu apelo à não-violência, de outra forma um princípio intocável, alegando que a "
anarquia ordenada" ao redor dele era "pior do que a anarquia real". Foi então preso em Bombaim pelas forças britânicas em 9 de agosto de 1942 e mantido em cárcere por dois anos.



A divisão da Índia entre hindus e muçulmanos
Gandhi teve grande influência entre as
comunidades hindu e muçulmana da Índia. Costuma-se dizer que ele terminava rixas comunais apenas com sua presença. Gandhi posicionou-se veementemente contra qualquer plano que dividisse a Índia em dois estados, o que efetivamente aconteceu, criando a Índia - predominantemente hindu - e o Paquistão - predominantemente muçulmano.
No dia da transferência de poder, Gandhi não celebrou a independência com o restante da Índia, mas ao contrário, lamentou sozinho a partilha do país em
Calcutá.
Gandhi havia iniciado um jejum no dia
13 de janeiro de 1948 em protesto contra as violênicas cometidas por indianos e paquistaneses. No dia 20 daquele mês, ele sofreu um atentado: uma bomba foi lançada em sua direção, mas ninguém ficou ferido.
Entretanto, no dia
30 de janeiro de 1948, Gandhi foi assassinado a tiros, em Nova Déli, por Nathuram Godse, um hindu radical que responsabilizava Gandhi pelo enfraquecimento do novo governo ao insistir no pagamento de certas dívidas ao Paquistão. Godse foi depois julgado, condenado e enforcado, a despeito do último pedido de Gandhi que foi justamente a não-punição de seu assassino.
O corpo do Mahatma foi cremado e suas cinzas foram jogadas no
rio Ganges.
É significativo sobre a longa busca de Gandhi por seu deus o fato de suas últimas palavras serem um
mantra popular na concepção hindu de um deus conhecido como Rama: "Hai Ram!" Este mantra é visto como um sinal de inspiração tanto para o espírito quanto para o idealismo político, relacionado a uma possibilidade de paz na unificação.
Cronologia
1869 - 2 de Outubro: Gandhi nasce em Porbandar.
1885 - Fundação do Congresso Nacional Indiano.
1888 - Gandhi vai para Londres para estudar Direito.
1893 - abril: Gandhi chega à África do Sul.
1894 - maio: Gandhi funda o Congresso Indiano de Natal.
1899 - A Guerra dos Bôeres na África do Sul.
1907 - julho: Ato de Registro dos Asiáticos do Transvaal torna-se lei e Gandhi lança a campanha de Satyagraha.
1903 - 16 de Agosto: Gandhi lidera um comício em Johannesburg e encoraja a queima dos certificados de registro.
1914 - Gandhi e Smuts negociam o Ato de Reforma da Questão Indiana.
1915 - 9 de janeiro: Gandhi retorna à Índia.
1919 - Gandhi inicia o hartal nacional.
13 de abril: O massacre de Amritsar.
1920 - Gandhi reconhece o Partido do Congresso e começa a campanha da Satyagraha.
1924 - Gandhi conduz um jejum pela união hindu-muçulmana.
1930 - A Marcha do Sal e a campanha de Satyagraha.
1931 - 4 de Março: Irwin e Gandhi assinam o Pacto de Delhi.
Setembro: A Conferência da
Mesa-Redonda em Londres.
1942 - Movimento "Deixem a Índia!".
1947 - 22 de Março: Lorde Mountbatten, o último vice-rei, chega à Índia.
15 de agosto: A Índia torna-se independente e Nehru é nomeado primeiro-ministro.
1948 - 30 de Janeiro: Gandhi é assassinado por Nathuram Godse.
1966 - Indira Gandhi torna-se primeira-ministra.

Mahatma Gandhi, continuou a transmitir seus ensinamentos de manifestação não-violenta até seus últimos anos de vida.
A filosofia de Gandhi e suas idéias sobre o satya e o
ahimsa foram influenciadas pelo Bhagavad Gita e por crenças hindus e da religião jainista. O conceito de 'não-violência' (ahimsa) permaneceu por muito tempo no pensamento religioso da Índia e pode ser encontrado em diversas passagens do textos hindus, budistas e jainistas. Gandhi explica sua filosofia como um modo de vida em sua autobiografia A História de meus Experimentos com a Verdade (As Minhas Experiências com a Verdade, em Portugal) - (The Story of my Experiments with Truth).
Estritamente vegetariano, escreveu livros sobre o
vegetarianismo enquanto estudava direito em Londres (onde encontrou um entusiasta do vegetarianismo, Henry Salt, nos encontros da chamada Sociedade Vegetariana). Ser vegetariano fazia parte das tradições hindus e jainistas. A maioria dos hindus no estado de Gujarat eram-no, efetivamente. Gandhi experimentou diversos tipos de alimentação e concluiu que uma dieta deve ser suficiente apenas para satisfazer as necessidades do corpo humano. Jejuava muito, e usava o jejum frequentemente como estratégia política.
Gandhi renunciou ao
sexo quando tinha 36 anos de idade e ainda era casado, uma decisão que foi profundamente influenciada pela crença hindu do brachmacharya, ou pureza espiritual e prática, largamente associada ao celibato. Também passava um dia da semana em silêncio. Abster-se de falar, segundo acreditava, lhe trazia paz interior. A mudez tinha origens nas crenças do mouna e do shanti. Nesses dias ele se comunicava com os outros apenas escrevendo.

O título de Mahatma atribuído a Gandhi representa um reconhecimento de seu papel como líder espiritual.
Depois de retornar à Índia de sua bem-sucedida carreira de advogado na África do Sul, ele deixou de usar as roupas que representavam
riqueza e sucesso. Passou a usar um tipo de roupa que costumava ser usada pelos mais pobres entre os indianos. Promovia o uso de roupas feitas em casas (khadi).
Gandhi e seus seguidores fabricavam artesanalmente os
tecidos da própria roupa e usavam esses tecidos em suas vestes; também incentivava os outros a fazer isso, o que representava uma ameaça ao negócio britânico - apesar dos indianos estarem desempregados, em grande parte pela decadência da indústria têxtil, eles eram forçados a comprar roupas feitas em indústrias inglesas. Se os indianos fizessem suas próprias roupas, isso arruinaria a indústria têxtil britânica, ao invés de fortalecê-la.

Bandeira da India (1921).
O
tear manual, símbolo desse ato de afirmação, viria a ser incorporado à bandeira do Congresso Nacional Indiano e à própria bandeira indiana.
Também era contra o sistema convencional de
educação em escolas, preferindo acreditar que as crianças aprenderiam mais com seus pais e com a sociedade. Na África do Sul, Gandhi e outros homens mais velhos formaram um grupo de professores que lecionava diretamente e livremente às crianças.
Dentro do ideal de paz e não-violência que ele defendia, uma de suas frases foi: "Não existe um caminho para paz! A paz é o caminho!".


Museu Gandhi, em Deli.
A representação mais famosa da vida de Gandhi é o filme
Gandhi, de 1982, dirigido por Richard Attenborough e com Ben Kingsley como protagonista.
Outro filme que trata da vida de Gandhi, particularmente de sua passagem pela África do Sul, é The Making of the Mahatma dirigido por
Shyam Benegal.
No
Brasil o ator João Signorelli interpreta o papel do Mahatma na peça teatral "Gandhi, um líder servidor", monólogo de autoria de Miguel Filiage concebido em 2003. Uma das citações de Gandhi selecionada para a peça foi: "Nós devemos ser a revolução que queremos ver no mundo."
Em
Deli foi criado o "Museu Gandhi" (National Gandhi Museum), com a finalidade de manter viva a sua memória.
Gandhi nunca recebeu o prêmio Nobel da Paz, apesar de ter sido indicado cinco vezes entre 1937 e 1948. Décadas depois, no entanto, o erro foi reconhecido pelo comitê organizador do Nobel.
Quando o Dalai Lama
Tenzin Gyatso recebeu o prêmio em 1989, o presidente do comitê disse que o prêmio era "em parte um tributo à memória de Mahatma Gandhi". [1]
Ao longo de sua vida, as atividades de Gandhi atraíram todo tipo de comentário e opinião.
Winston Churchill chegou a chamá-lo de "faquir castanho".
Sobre Gandhi,
Albert Einstein disse que as gerações por vir terão dificuldade em acreditar que um homem como este realmente existiu e caminhou sobre a Terra.
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