kino:G.Ludovice
Depois de tentar os palcos de Londres e da Broadway, recomendado por Thornton Wilder e Alexander Woollcott, Welles conseguiu estrear em 1934 no teatro ambulante de Katherine Cornell, em Nova York.
Orson Welles
(Kenosha, Wisconsin, 6 de maio de 1915 — Hollywood, 10 de outubro de 1985) foi um cineasta estadunidense.
Também foi director, roteirista, produtor e também actor. Iniciou a sua carreira no teatro, em Nova Iorque, em 1934.
Órfão aos quinze anos, após a morte do seu pai (sua mãe morreu quando ainda tinha 9 anos), George Orson Welles começou a estudar pintura em 1931, primeira arte em que se envolveu. Adolescente, não via interesse nos estudos e em pouco tempo passou a atuar. Tal paixão o levou a criar sua própria companhia de teatro em 1937. Em 1938, Orson Welles produziu uma transmissão radiofônica intitulada A Guerra dos Mundos, adaptação da obra homônima de Herbert George Wells e que ficou famosa mundialmente por provocar pânico nos ouvintes, que imaginavam estar enfrentando uma invasão de extraterrestres. Um Exército que ninguém via, mas que, de acordo com a dramatização radiofónica, em tom jornalístico, acabara de desembarcar no nosso planeta. O sucesso da transmissão foi tão grande que no dia seguinte todos queriam saber quem era o responsável pela tal "pegadinha". A fama do jovem Welles começava.
(Kenosha, Wisconsin, 6 de maio de 1915 — Hollywood, 10 de outubro de 1985) foi um cineasta estadunidense.
Também foi director, roteirista, produtor e também actor. Iniciou a sua carreira no teatro, em Nova Iorque, em 1934.
Órfão aos quinze anos, após a morte do seu pai (sua mãe morreu quando ainda tinha 9 anos), George Orson Welles começou a estudar pintura em 1931, primeira arte em que se envolveu. Adolescente, não via interesse nos estudos e em pouco tempo passou a atuar. Tal paixão o levou a criar sua própria companhia de teatro em 1937. Em 1938, Orson Welles produziu uma transmissão radiofônica intitulada A Guerra dos Mundos, adaptação da obra homônima de Herbert George Wells e que ficou famosa mundialmente por provocar pânico nos ouvintes, que imaginavam estar enfrentando uma invasão de extraterrestres. Um Exército que ninguém via, mas que, de acordo com a dramatização radiofónica, em tom jornalístico, acabara de desembarcar no nosso planeta. O sucesso da transmissão foi tão grande que no dia seguinte todos queriam saber quem era o responsável pela tal "pegadinha". A fama do jovem Welles começava.
Ouvintes de rádio em pânico tomam drama de guerra como verdade Manchete do jornal New York Times de 01.11.38
A peça radiofônica é de autoria de Howard Koch com a colaboração de Paul Stewart, baseada na obra de H.G. Wells (1866-1946), e ficou conhecida como "rádio do pânico". O roteiro foi reescrito pelo próprio Orson Welles (1915-1985) que, além de diretor, foi também o produtor junto com a Mercury Players e, na dramatização, fez o papel de professor da Universidade de Princeton que liderava a resistência à invasão marciana.
Orson Welles misturou elementos específicos do radioteatro (ou seja, da ficção), com os existentes nos noticiários da época (o verossímil, a realidade convertida em relato). Herbert George Wells foi um dos precursores da literatura de ficção científica. A Guerra dos Mundos, publicado há exatos 100 anos, em 1898, era um de seus livros mais conhecidos, com o palco da ação da história ambientado em Londres, Inglaterra. Wells já utiliza, em seu texto, um estilo bastante jornalístico, atualizado tecnologicamente para sua época. Passados 40 anos do lançamento, Orson Welles resgata a temática e trata de situá-la frente ao modo de vida e aos valores norte-americanos dos anos 30. No original, os episódios se desenvolvem ao longo de vários dias. Na adaptação, apressando o ritmo da trama, tudo acontece em pouco mais de uma hora, confirmando a força e a credibilidade devotadas às notícias transmitidas por rádio. O radioteatro começa com sua abertura habitual, interrompido pelo anúncio da apresentação de um suplemento musical, bem ao estilo da época (inclusive se, por algum motivo um programa não pudesse ser apresentado, entrava o suplemento para cobrir a lacuna) e pela prestação de serviço, o boletim meteorológico.
Welles foi casado com a atriz Rita Hayworth e tiveram a filha Rebecca. Se divorciaram em 1948.
Sua estréia no cinema, em filmes de longa metragem, ocorreu em 1941 com Citizen Kane (Em Portugal, "O Mundo a seus Pés"; no Brasil, "Cidadão Kane"), considerado pela crítica como um dos melhores filmes de todos os tempos e o mais importante dirigido por Welles.
Os elogios a Citizen Kane, originaram por três motivos:
Welles inovou a estética do cinema com técnicas até então raríssimas nas produções cinematográficas. Algumas delas são:
Angulações de câmera (Uso de Plongée e Contra Plongée).
Exploração do campo (campo e contra-campo).
Narrativa (narrativa não linear).
Edição/Montagem (muito sofisticada para e época de sua realização, devido a não linearidade da narrativa).
Orson Welles retratou em "Citizen Kane" a vida e a decadência de um magnata da comunicação norte-americana, baseado na história do milionário William Randolph Hearst. Esse filme foi um marco na carreira do actor. Mesmo estando pronto, "Cidadão Kane" quase não saiu, fruto de problemas com Hearst. Ele teve nove indicações para o Oscar, mas, infelizmente, venceu apenas um, o de melhor roteiro original. Sua coragem de realizar esta obra prima acabou resultando no fechamento de muitas portas no futuro, beirando ao ostracismo no fim da vida.
Foi director, co-roteirista, produtor e actor em "Citizen Kane". O que é surpreendente, pois no cinema o acúmulo de funções acaba influenciando de maneira negativa no resultado final. Mas no caso de Welles surgiu uma obra completamente à frente do seu tempo.
Logo após "Citizen Kane", Welles passou uma temporada no Brasil, onde pretendia filmar o famoso carnaval carioca para acrescentar ao seguimento My Friend Bonito, do documentário It's All True. Mas algo desastroso ocorreu. Sobre o fato, Welles comentou em entrevista ao crítico de cinema, André Bazin: "Era co-dirigido por mim e Norman Foster. Era uma história entre um pobre menino e seu touro. Depois fizeram outra versão, modificando todas as ideias e refazendo tudo ao modo deles. Eu tinha rodado durante três meses, mas a RKO (estúdio) me despediu. Quando retomaram a ideia não queriam saber mais nada de mim. Tampouco me pagaram nenhum tipo de direitos e actuaram como se fosse uma história original". Esse tipo de problema iria ser uma constante na carreira de Welles, que logo após o fracasso de público de A Dama de Xangai (1948) raramente conseguiria realizar um filme à sua maneira, dirigindo quase sempre em condições precárias. Para se ter um exemplo, as filmagens de Dom Quixote (1959-1972) (Don Quijote de Orson Welles) duraram mais de dez anos, e mesmo assim somente o copia do filme pode ser visto (hoje já está disponível em DVD).
Tentando continuar sua carreira, ele passou as décadas seguintes aceitando papéis de actor, no qual sua presença e voz marcante, mesmo quando as participações eram pequenas, nunca passavam sem chamar atenção. Ao voltar a Hollywood depois de uma temporada na Europa, Welles teve um de seus melhores desempenhos como actor no filme Compulsion, de 1959.
Em 1962 realizou "The Trial", filme baseado na obra " O Processo" de Franz Kafka. Welles considerou este um dos seus mais gratificantes filmes realizados. Em 1979 teve um pequeno papel no filme "The Secret Life of Nikola Tesla."
Orson Welles morreu de ataque cardíaco em sua casa em Hollywood, Califórnia em 10 de Outubro de 1985, aos 70 anos, e, segundo a lenda, teria feito o seguinte comentário sobre sua profissão antes de morrer: "Esse é o maior trem eléctrico que um menino já teve." Seu último trabalho foi dublando a voz do planeta Unicron no desenho animado de longa metragem de 1986 The Transformers: The Movie.
Filmografia
Curta
The Hearts of Age (1934)
Longas
Citizen Kane (O Mundo a seus Pés — no Brasil, "Cidadão Kane") (1941),
It’s all true (É tudo verdade) — inacabado (1941),
The Magnificent Ambersons (O Quarto Mandamento — no Brasil, "Soberba") (1942),
Journey Into Fear (Jornada de Pavor) (1943),
Jane Eyre (1944),
The Stranger (O Estranho) (1946),
The Lady from Shanghai (A Dama de Xangai) (1947),
Macbeth (1948),
Don Quijote de Orson Welles (Dom Quixote) (1951–1971),
The Tragedy of Othello: The Moor of Venice (Othelo) (1952),
Mr. Arkadin (Relatório Confidencial) (1955),
Touch of Evil (A Sede do Mal — no Brasil, "A Marca da Maldade") (1958),
Le Procès (O Processo) (1962),
Chimes at Midnight (As Badaladas da Meia-Noite) (1965)
Casino Royale (Cassino Royale) (1967)
F for Fake (1974).
Sua estréia no cinema, em filmes de longa metragem, ocorreu em 1941 com Citizen Kane (Em Portugal, "O Mundo a seus Pés"; no Brasil, "Cidadão Kane"), considerado pela crítica como um dos melhores filmes de todos os tempos e o mais importante dirigido por Welles.
Os elogios a Citizen Kane, originaram por três motivos:
Welles inovou a estética do cinema com técnicas até então raríssimas nas produções cinematográficas. Algumas delas são:
Angulações de câmera (Uso de Plongée e Contra Plongée).
Exploração do campo (campo e contra-campo).
Narrativa (narrativa não linear).
Edição/Montagem (muito sofisticada para e época de sua realização, devido a não linearidade da narrativa).
Orson Welles retratou em "Citizen Kane" a vida e a decadência de um magnata da comunicação norte-americana, baseado na história do milionário William Randolph Hearst. Esse filme foi um marco na carreira do actor. Mesmo estando pronto, "Cidadão Kane" quase não saiu, fruto de problemas com Hearst. Ele teve nove indicações para o Oscar, mas, infelizmente, venceu apenas um, o de melhor roteiro original. Sua coragem de realizar esta obra prima acabou resultando no fechamento de muitas portas no futuro, beirando ao ostracismo no fim da vida.
Foi director, co-roteirista, produtor e actor em "Citizen Kane". O que é surpreendente, pois no cinema o acúmulo de funções acaba influenciando de maneira negativa no resultado final. Mas no caso de Welles surgiu uma obra completamente à frente do seu tempo.
Logo após "Citizen Kane", Welles passou uma temporada no Brasil, onde pretendia filmar o famoso carnaval carioca para acrescentar ao seguimento My Friend Bonito, do documentário It's All True. Mas algo desastroso ocorreu. Sobre o fato, Welles comentou em entrevista ao crítico de cinema, André Bazin: "Era co-dirigido por mim e Norman Foster. Era uma história entre um pobre menino e seu touro. Depois fizeram outra versão, modificando todas as ideias e refazendo tudo ao modo deles. Eu tinha rodado durante três meses, mas a RKO (estúdio) me despediu. Quando retomaram a ideia não queriam saber mais nada de mim. Tampouco me pagaram nenhum tipo de direitos e actuaram como se fosse uma história original". Esse tipo de problema iria ser uma constante na carreira de Welles, que logo após o fracasso de público de A Dama de Xangai (1948) raramente conseguiria realizar um filme à sua maneira, dirigindo quase sempre em condições precárias. Para se ter um exemplo, as filmagens de Dom Quixote (1959-1972) (Don Quijote de Orson Welles) duraram mais de dez anos, e mesmo assim somente o copia do filme pode ser visto (hoje já está disponível em DVD).
Tentando continuar sua carreira, ele passou as décadas seguintes aceitando papéis de actor, no qual sua presença e voz marcante, mesmo quando as participações eram pequenas, nunca passavam sem chamar atenção. Ao voltar a Hollywood depois de uma temporada na Europa, Welles teve um de seus melhores desempenhos como actor no filme Compulsion, de 1959.
Em 1962 realizou "The Trial", filme baseado na obra " O Processo" de Franz Kafka. Welles considerou este um dos seus mais gratificantes filmes realizados. Em 1979 teve um pequeno papel no filme "The Secret Life of Nikola Tesla."
Orson Welles morreu de ataque cardíaco em sua casa em Hollywood, Califórnia em 10 de Outubro de 1985, aos 70 anos, e, segundo a lenda, teria feito o seguinte comentário sobre sua profissão antes de morrer: "Esse é o maior trem eléctrico que um menino já teve." Seu último trabalho foi dublando a voz do planeta Unicron no desenho animado de longa metragem de 1986 The Transformers: The Movie.
Filmografia
Curta
The Hearts of Age (1934)
Longas
Citizen Kane (O Mundo a seus Pés — no Brasil, "Cidadão Kane") (1941),
It’s all true (É tudo verdade) — inacabado (1941),
The Magnificent Ambersons (O Quarto Mandamento — no Brasil, "Soberba") (1942),
Journey Into Fear (Jornada de Pavor) (1943),
Jane Eyre (1944),
The Stranger (O Estranho) (1946),
The Lady from Shanghai (A Dama de Xangai) (1947),
Macbeth (1948),
Don Quijote de Orson Welles (Dom Quixote) (1951–1971),
The Tragedy of Othello: The Moor of Venice (Othelo) (1952),
Mr. Arkadin (Relatório Confidencial) (1955),
Touch of Evil (A Sede do Mal — no Brasil, "A Marca da Maldade") (1958),
Le Procès (O Processo) (1962),
Chimes at Midnight (As Badaladas da Meia-Noite) (1965)
Casino Royale (Cassino Royale) (1967)
F for Fake (1974).
A Sala Omnibus, em Roma, é a menor dasquatro salas do Greco. Chamam-lhe assim pela sua configuração a lembrar um autocarro, dois metros de largo por oito de comprido.
Na foto abaixo, com o espelho do fundo tapado por um pano, estão na Sala Omnibus uma dúzia ou mais de artistas e escritores.
Entre eles, Orson Welles (quarto a contar da direita) e Carlo Levi (quarto acontar da esquerda, sentado).
Im: Republica do café / Wikipedia
Keine Kommentare:
Kommentar veröffentlichen