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Mittwoch, 30. November 2011

seitens der Städte: London, Jung Chang

LONDON 2011 Chang foi bolsista do governo, ficando em primeiro lugar no Soho, em Londres.-
Jung Chang

(chinês tradicional: 張戎; chinês simplificado: 张戎; Wade-Giles: Jung Chang, pinyin: Zhang Rong, nascida em 25 de março de 1952) é um escritora chinesa (embora seja considerada cidadã britânica) que vivi atualmente em Londres, conhecida pela sua autobiografia Wild Swans, sobre sua experiência na Revolução Cultural, que vendeu mais de 10 milhões de cópias mundialmente (mas foi proibida na China continental).
Sua biografia de Mao Tsé-Tung, Mao: A História desconhecida, escrito com o seu marido, o historiador britânico Jon Halliday, foi publicado em Junho de 2005 e é uma descrição muito crítica da vida de Mao e sua liderança.

Chang nasceu 25 março de 1952 em Yibin, Província de Sichuan, na China. Seus pais eram ambos funcionários do Partido Comunista da China, e seu pai estava muito interessado em literatura. Chang rapidamente desenvolveu interesse por leitura e escrita, compondo poesias quando era ainda criança.
Durante o Grande Salto Adiante, a vida de sua família era relativamente boa, seus pais trabalharam arduamente, e seu pai se tornou um sucesso como propagandista comunista a nível regional. Sua classificação foi formais como um "nível de 10 oficiais", significando que ele era um modo de 20000 ou mais importantes dirigentes, ou ganbu, no país. O Partido Comunista desde a sua família com um fogo em uma guardado, paredes compostas, uma empregada e motorista, bem como uma enfermeira e babá para as crianças. Este nível de privilégio na China, que era relativamente pobre em 1950 foi extraordinário.
Seu nome, Er-hong (二鸿"Segundo Cisne"), soa como a palavra chinesa para "o vermelho desvanecido". Como a cor vermelha estava profundamente associada ao comunismo, a jovem Er-hong, aos 12 anos de idade, pediu o pai para dar-lhe um novo nome. Ela queria um nome com conotação militar, então o pai sugeriu "Jung", que significa "assuntos marciais".

Como muitos de seus pares, Chang escolheu tornar-se uma Guarda Vermelha com 14 anos de idade, durante os primeiros anos da Revolução Cultural. Em Wild Swans ela disse que estava "empenhada em fazê-lo", "encantada pela minha braçadeira vermelha".[1] Nas suas memórias, Chang afirma que se recusou a participar nos ataques aos seus professores e outros chineses, e que depois de um curto período abandonou a Guarda Vermelha por achá-la muito violenta.
As falhas do Grande Salto Adiante levaram seus pais a opor-se às políticas de Mao Tsé-Tung, embora não o criticassem diretamente. Eles tornaram-se alvos durante a Revolução Cultural, como a maioria dos altos funcionários. Quando o seu pai criticou Mao diretamente (usando o seu nome), Chang escreveu em Wild Swans que este foi retaliado pelos apoiantes de Mao Tsé-Tung. Os seus pais foram publicamente humilhados - tinta foi derramada sobre as suas cabeças, foram obrigados a usar placas denunciando-os em torno de seus pescoços, ajoelharam-se no cascalho e dormiraram à chuva -, seguidos de prisão. O pai foi internado para tratamento por doenças mentais. As suas carreiras foram destruídas, e a família forçada a abandonar o seu lar.
Antes de os seus pais serem denunciados e presos, Chang tinha apoiado Mao e criticado as pessoas que tinham dúvidas sobre ele. Mas, no momento da sua morte, o seu respeito por Mao, ela escreve, tinha sido destruído. Ela escreveu que, quando ouviu que Mao tinha morrido, ela teve de enterrar a cabeça no ombro do outro estudante para fingir que estava em sofrimento.

A perturbação do sistema universitário pela Guarda Vermelha levou Chang, como a maioria de sua geração, à ficar longe da educação acadêmica. Em vez disso, passou vários anos como uma camponesa, posteriormente com médica e operária em uma usina siderúrgica e eletricista (embora ela não tenha recebido nenhuma educação formal) uma vez que naquela época não era exigido instrução formal como uma condição para estes trabalhos.
Quando as universidades foram reabertas, Chang ganhou uma bolsa na Universidade de Sichuan para estudar Inglês, e mais tarde se tornaria uma professora assistente lá. Após a morte de Mao, ela passou em um exame que permitiu a ela para estudar no Ocidente, e seu pedido para deixar a China foi aprovado uma vez seu pai foi reabilitado politicamente.

Chang saiu da China em 1978 para estudar na Grã-Bretanha, como bolsista do governo, ficando em primeiro lugar no Soho, em Londres. Ela mais tarde mudou-se para Yorkshire, estudando lingüística na Universidade de York com uma bolsa da universidade em si, vivendo no Colégio Derwent. Ela recebeu seu doutorado em Lingüística de York, em 1982, tornando-se a primeira pessoa da República Popular da China a conseguir um doutorado de uma universidade britânica.
À Chang também tem sido atribuído o grau de doutora honorária na Universidade de Buckingham, a Universidade de York, a Universidade de Warwick, e a Universidade de Aberta. Ela deu aulas por algum tempo na Escola de Estudos Orientais e Africano, em Londres, antes de se aposentar, na década de 1990 para se concentrar na sua escrita.

Em 2003, Jung Chang escreveu um novo prefácio para Wild Swans, descrevendo a sua vida na Grã-Bretanha e explicando porque é ela escreveu o livro. Tendo vivido na China durante os anos 1960 e 1970, ela achou a Bretanha excitante. Após o choque inicial da cultura, ela logo passou à "amar" o país, especialmente a sua diversidade de cultura, literatura e artes. Ela teve assistiu peças de Shakespeare em Londres e York. Porém Cang ainda possuía um "lugar especial para a China no seu coração", dizendo em uma entrevista com HarperCollins, "sinto que talvez o meu coração ainda esteja na China." [2]
Chang vive em West London com o seu marido, o historiador britânico Jon Halliday, que se especializa em história soviética. Ela regularmente visitava a China para ver a sua família e amigos lá, com a permissão das autoridades chinesas, apesar da realização de investigação sobre a sua biografia de Mao lá.
A publicação do primeiro livro de Chang Wild Swans fez dela uma celebridade. O estilo de Chang, que usava uma descrição pessoal da vida de três gerações de mulheres chinesas para destacar as muitas mudanças que o país passou, revelou-se altamente bem sucedido. O livro vendeu muito rapidamente, bem como a popularidade do livro levou a que fosse vendido em todo o mundo e traduzido em várias línguas.
Chang tornou-se uma figura popular, para conversações sobre a China comunista, ela percorreu toda a Grã-Bretanha, Europa, América, assim como o resto do mundo. Chang retornou à Universidade de York, em 14 de junho de 2005 para um debate sindical, sendo que ela falou para uma platéia de mais de 300 pessoas, a maioria dos quais eram estudantes.[3] A BBC convidou ela para um painel de perguntas, mais ela não pôde estar presente quando ela quebrou sua perna alguns dias antes.

O bestseller internacional é uma biografia de três gerações de mulheres chinesas no século XX na China - a avó, mãe, e a própria Chang. Chang retratou a política e militar da China neste período, a partir do casamento de sua avó com um guerreiro, a experiência da com a ocupação japonesa em Jinzhou durante a Segunda Guerra Sino-Japonesa, e sua própria experiência dos efeitos das políticas da Mao dos anos 1950 e 1960.

Wild Swans foi traduzido para 30 idiomas e vendeu 10 milhões de cópias, recebendo elogios de autores como J. G. Ballard. Este livro foi proibido na China continental, apesar de duas versões piratas estarem disponíveis, sendo traduções de Hong Kong e Taiwan. Kaz Ross da Universidade da Tasmânia considerou Wild Swans um género fictício, disse que à história é uma narrativa que usa meios ficcionais."[4]
O mais recente trabalho de Chang, é uma biografia de Mao, feita juntamente com o marido Jon Halliday e é muito crítica à política de Mao. O casal viajou todo o mundo para a pesquisa do livro, que foi escrito em 12 anos.[5] Eles entrevistaram centenas de pessoas que tinham conhecido Mao incluindo George Bush (e sua Irmã), Henry Kissinger e Tenzin Gyatso (o Dalai Lama).[5]
Entre as suas críticas de Mao, Chang e Halliday argumentam que, apesar de ter nascido em uma família camponesa, ele tinha pouca preocupação com o bem-estar dos camponeses chineses. Acusam Mao de ter sido o responsável pela fome resultante do Grande Salto Adiante e afirmam que ele agravou a fome, permitindo a exportação de grãos para promover o comunismo, quando a China não possuía sequer grãos suficientes para alimentar a sua população. Eles afirmam também que Mao teve muitos opositores políticos presos e assassinados, incluindo alguns de seus amigos pessoais, e alegam que ele era um líder mais tirânico do que se pensa.
Mao: A História Desconhecida recebeu comentários muito positivos nos jornais e mídia em geral e alcançou sucesso comercial e foi colocado na lista de bestsellers. No entanto, alguns especialistas relataram que o livro seria "uma grosseira distorção dos registros." [6][7]
  • Jung Chang e Jon Halliday, Madame Sun Yat-sen: Soong Ching-ling (Londres, 1986); Penguin, ISBN 0-14-008455-X
  • Jung Chang, Cisnes Selvagens: Três Filhas da China (Londres, 1992); 2004 Harper Perennial ed. ISBN 0-00-717615-5
  • Jung Chang, Lynn Pan e Henry Zhao (editado por Jessie Lim e Yan Li), Uma outra província: uma nova chinesa de Londres (Londres, 1994); ISBN 0-9522973-0-2.
  • Jung Chang e Jon Halliday, Mao: A História Desconhecida (Londres, 2005), Jonathan Cape, ISBN 0-679-42271-4
  • in:wikipedia

seitens der Städte: Dresden - Victor Klemperer

Victor Klemperer

O professor doutor Victor Klemperer, judeu alemão (asquenazi), (nascido a 9 de Outubro de 1881 em Landsberg an der Warthe, falecido a 11 de Fevereiro de 1960 em Dresden) foi um professor universitário de filologia românica na Universidade de Dresden até que foi demitido de suas funções em 1935, dois anos depois da chegada ao poder de Hitler. Foi um dos poucos habitantes de Dresden de origem judaica que sobreviveram ao Holocausto sem terem fugido para a Palestina, os Estados Unidos ou outros refúgios.

Victor Klemperer tornou-se famoso pelo diário que ele manteve relatando a sua vida em Dresden nos anos do nazismo, um período crítico da história da Alemanha. Trata-se de um documento histórico de grande valor, no qual podemos hoje ler detalhadamente as chicanas, os insultos, as cuspidelas na cara, proibições, prisão, o roubo da sua propriedade e outras humilhações que as autoridades nazis e a grande massa dos seus compatriotas "arianos" lhe infligiram pessoalmente todos os dias. Lemos também aquilo que se passou com os seus concidadão judeus que por um motivo ou outro não fugiram da Alemanha (a maioria não conseguiu obter os vistos de autorização), e ficando na Alemanha tiveram menos sorte do que ele, sendo deportados para os campos de extermínio, ou, incapazes de aguentar a opressão, cometeram o suicídio.
Victor Klemperer nem sequer era judeu, era protestante. Mas seus pais eram judeus, desde logo o suficiente para que tivesse que usar a estrela de David ao peito, fosse obrigado a assinar todos a correspondência e documentos oficiais com o nome "Victor Israel Klemperer", ficasse proibido de possuir animais de estimação, de frequentar a biblioteca pública (o seu pior tormento e o fim da sua produção literária académica), ou mesmo de ir ao cabeleireiro. A sua sorte foi ser casado com uma mulher protestante, que o acompanhou no destino trágico, vivendo no quarto do marido na "casa dos judeus", tendo sido chamada de prostituta, esbofeteada pelas autoridades nazis, que revistavam frequentemente os aposentos.

Túmulo de Victor Klemperer e sua esposa em Dresden.

Graças ao casamento "misto" (a expressão usada pelos nazis para se referirem a casais dos quais só uma pessoa é de origem judaica), Klemperer não foi deportado como a maioria dos judeus, apesar de não ser seguro que isso não iria acontecer. Em 1945, quando Dresden é bombardeada, Klemperer aproveita-se do caos nas ruas e desfaz-se da sua estrela de David, fazendo-se passar por "ariano". Foi a sua salvação. A muito custo, conseguiu evitar ser denunciado, juntamente com a mulher permanentemente em caminhada pelas cidades alemãs semi-destruídas. Apesar de continuar a existir polícia secreta e execução de desertores ou de judeus que não usassem a estrela de David, a organização das autoridades nazis já não era tão eficiente de forma a que pudessem confirmar a verdadeira identidade de Victor Klemperer e sua mulher. Aguentaram neste estado o tempo suficiente até que o exército americano libertou a pequena povoação onde se encontravam.
Victor Klemperer faz também uma excelente análise da linguagem típica destes anos, expressões comuns nos discursos de líderes nazis como "total" (guerra total) "eterno", "democrata de cunho judeu". Relata pormenores do dia-a-dia, incluindo anedotas que cursavam sobre Hitler e o Terceiro Reich.
  • Os diários de Victor Klemperer. Editado no Brasil por S. Paulo: Companhia das Letras.
Em alemão
  • Victor Klemperer: Curriculum Vitae (Band I – II). Aufbau Taschenbuch Verlag 1996, ISBN 3-7466-5500-5
  • Victor Klemperer: Leben sammeln, nicht fragen wozu und warum - Tagebücher 1919 - 1932. Aufbau Taschenbuch Verlag 1996, ISBN 3-351-02391-X
  • Victor Klemperer: Ich will Zeugnis ablegen bis zum letzten - Tagebücher 1933 - 1945 (Band I – VIII). Aufbau Taschenbuch Verlag, ISBN 3-7466-5514-5
  • Victor Klemperer: Und so ist alles schwankend - Tagebücher Juni - Dezember 1945. Aufbau-Verlag 1996, ISBN 3-7466-5515-3
  • Victor Klemperer: So sitze ich denn zwischen allen Stühlen. Tagebücher 1945 - 1959 (Band I – II). Aufbau Taschenbuch Verlag 1999, ISBN 3-351-02393-6
  • Victor Klemperer: LTI - Lingua Tertii Imperii. Reclam Verlag Leipzig, ISBN 3-379-00125-2

in:wikipedia

Montag, 12. September 2011

Wortes uber Städte

Nas ruas de Dakar, de belas faces


dormem homens estreitos e longos

em qualquer curta sombra

sobre tábuas a descer

em velhos carrinhos de mão

de corpo em ziguezague pelos degraus

e no coração das mulheres.

Nas ruas de Dakar, a tua mão

é de um negro azul e a minha branca

e estão dadas para sempre.

G.Ludovice

Samstag, 10. September 2011

seitens der Städte: Senegal

Baye Fall, missionário - Dakar 2011
Foto:G.Ludovice
Le Baye Fall (ou Baay Faal) est, au Sénégal, une branche de la confrérie des Mourides fondée par Cheikh Ibrahima Fall.
Le mouridisme correspond à ce que l'on appelle les voies ou confrérie soufies que l'on trouve partout dans le monde, le fonctionnement cheikh/disciple, la pratique du dhikr (rappel des noms divins et invocation à l'aide d'un chapelet), poésie et musique sont tous typique du soufisme.
Le mot mourid est lui même emprunté au lexique soufi qui veut dire "disciple".

 

Culte musulman dérivé du mouridisme, le mouvement Baye Fall a été créé par Ibrahima Fall, lui même adepte du cheikh Ahmadou Bamba. Il voue un pouvoir total et une croyance absolue en Dieu et au marabout (messager/parole de Dieu).
C'est une forme de religion détachée de toutes possessions matérielles, où l'on fait les choses pour Dieu et non pas pour ou en fonction des autres. Tout se partage, le don de soi est naturel, et la foi en l'humain est essentielle. Le travail est pour eux une valeur très importante.
Mode de vie plutôt que religion – « on ne naît pas Baye Fall, on devient Baye Fall » –, le Baye Fall est essentiellement issu du monde wolof. Ibrahima Fall était wolof musulman, faisant partie de la noblesse Garmi. C'est ainsi que de nombreux éléments de cette tradition wolof (thieddo) à laquelle il appartenait ont été introduits dans la culture Baye Fall, notamment les locks (Njañ), la large ceinture autour de la taille, les boubous et toges multicolores (Njaxaas), les chants religieux rythmés exactement comme les chants wolofs (Zikar), etc...
Les Baye Fall d'origine portaient toujours une arme blanche, de type sabre, machette ou hache, pour se défendre ou pour les travaux agricoles. L'administration coloniale française au Sénégal, au cours de la seconde moitié du XIXe siècle, interdit le port d'armes blanches, par crainte de l'utilisation de ces armes par les Baye Fall lors d'éventuelles révoltes. C'est ce qui explique le port du gourdin chez les Baye Fall d'aujourd'hui, qui a remplacé l'arme blanche.
Le Majjal fait partie des rites Baye Fall. Il consiste à faire la ronde dans le but de mendier, par groupes restreints (Kureel), afin d'acquérir et d'apprendre l'humilité, la souffrance.
Chez les Baye-Fall la pratique du Zikr (chants religieux) qui sont des louanges à Allah, au prophète de l'islam Mahomet, à Cheikh Ahmadou Bamba et ses descendants, et à Mame Cheikh Ibrahima Fall et ses descendants, prennent une grande part de leurs rituels religieux. Les Baye Fall authentiques sont de fins lettrés, ayant une parfaite connaissance du Coran. La langue wolof qu'ils parlent est pure ou très peu altérée par les langues étrangères. En outre, contrairement à beaucoup d'autres musulmans, il ne font pas d'amalgame entre la religion musulmane et la tradition arabe, ils tiennent beaucoup à la tradition africaine. La relation qu'ils entretiennent avec leur marabout, à leurs yeux parmi ce qu'il y a de plus cher, est illustré par le principe du Njebellu, le respect envers le maître spirituel et de ses recommandations (Ndiguël).

Califes des Baye Fall

Le Mouridisme comportant deux branches, la branche Mouride et Baye Fall, toutes deux ont leurs propres califes respectifs, reconnut par tous, les uns comme par les autres. Comme pour la branche Mouride, chez les Baye Fall, la succession au titre de calife est héréditaire.
La liste des califes Baye Fall depuis Mame Cheikh Ibrahima Fall :
  • Cheikh Modou Moustapha Fall, 1er Khalife, de 1930 à 1950.
  • Serigne Mor Tall Fall, 2e Khalife, de 1950 à 1954.
  • Serigne Ablaye Fall Ndar, 3e Khalife, de 1954 à 1975.
  • Cherif Assane Fall, 4e Khalife, de 1975 à 1980.
  • Serigne Abdou Chakor Fall, 5e Khalife, de 1980 à 1984.
  • Serigne Modou Aminta Fall, 6e Khalife, de 1984 à 2007.
  • Cheikh Dieumb Fall, actuel Khalife depuis 2007.

Position du Baye Fall par rapport à la prière et au jeûnes

En effet, le fondateur du Mouridisme, Cheikh Amadou Bamba Mbacké, face à la grande piété de Cheikh Ibrahima Fall et à sa dévotion extrême, avait prodigué à ce dernier et a toute sa famille "ñoñ" l'arrêt de la pratique du jeûne et de la prière. Dans la langue wolof, le mot ñoñ signifie :diciples y compris la famille. C'est la raison qui explique pourquoi un grand nombre de Baye-Fall, ne pratiquent pas le jeûne lors du mois de ramadan, et ne font pas les cinq prières quotidiennes.
Beaucoup de musulmans, mourides comme Baye Fall, critiquent cette attitude, en évoquant le fait que l'arrêt du jeûne et de la prière n'incombait qu'à Cheikh Ibrahima Fall, et non à ses disciples. Pour d'autres, cela concernait tous les suivants d'Ibrahima Fall.
    
    Baye Fall
    foto.G.Ludovice
    
  • Portail du Sénégal
im:wikipedia
A Ilha de Gorée ou Ilha de Goréia, localiza-se ao largo da costa do Senegal, em frente a Dakar, na África Ocidental

.

Foi, entre os séculos XV e XIX, um dos maiores centros de comércio de escravos do continente, a partir de uma feitoria fundada pelos Portugueses. Esse entreposto foi, ao longo dos séculos, conquistado e administrado por Neerlandeses, Ingleses e Franceses

Na Casa dos Escravos, construída em 1786, eram mantidos os escravos antes de serem embarcados para a América.

A ilha foi descoberta pelo navegador português Dinis Dias em 1444. O forte-feitoria foi erguido por portugueses em data incerta. Posteriormente esse entreposto foi, ao longo dos séculos, conquistado e administrado por Neerlandeses (1617), Franceses (1677), Ingleses (durante as Guerras Napoleónicas), e novamente por Franceses (de 1817 em diante).

Ilha de Gorée: Forte d'Estrées, actual Museu Histórico do Senegal.A sua Arquitectura é caracterizada pelo contraste entre as sombrias casernas dos escravos e as elegantes mansões dos seus mercadores.


Gorée, classificada em 1978 como Património da Humanidade é um símbolo da exploração humana e uma escola para as gerações actuais, com grande importância para a Diáspora africana.


IN:wikipedia
photos:G.Ludovice

Sonntag, 21. August 2011

Mittwoch, 10. August 2011

Sonntag, 31. Juli 2011

Berlin Babylon - Intro

Poem

Esta cidade é um paciente
em coma profundo
As outras cidades vêm visita-la
falam-lhe de coisas novas
...De como se põe bonitas
aos sábados à noite
De como a vida é bela
e a icterícia amarela
Mas o coma é profundo
Outras sussurram-lhe ao ouvido
e dizem-lhe que tem de acordar
senão morre
que as suas gentes já sofrem de fadiga crónica
e mal estar de manhã
Mas o coma é mesmo muito profundo

Paulo Barata

Donnerstag, 2. Juni 2011

Sonntag, 6. März 2011

seitens der Städte.. PRAHA: Wertheimer

Wertheimer
Max Wertheimer (Praga, 15 de abril de 1880 — New Rochelle, 12 de outubro de 1943) foi um psicólogo checo, um dos fundadores da Teoria da Gestalt juntamente com Kurt Koffka e Wolfgang Köhler.
Nascido numa família judaica germanófona, durante sua juventude pensava em seguir carreira como músico; estudou violino, composição de música de câmara e sinfônica.

Em 1900, começou estudar na Universidade de Praga. Um ano após, mudou de curso, passando a estudar psicologia na Universidade de Berlin, sob a tutela de Carl Stumpf. Em 1904, recebou seu doutorado na Universidade de Würzburg. Esta tese trata de um detector de mentiras empregando o método de associação de palavras.

Em 1910 interessou-se pela percepção do movimento. Com a ajuda de um estroboscopio descobre que, iluminando duas linhas por um breve período de tempo, tem-se a sensação de ver só uma. A este fenômeno chamou de fenômeno phi.

Em 1933 imigrou para os Estados Unidos para fugir da perseguição Nazi. Trabalhou como professor em Nova York, onde passou os últimos anos de vida. Sua obra só foi descoberta postumamente, em 1945.
Wertheimer foi um critico do sistema educacional de sua época, baseado na lógica tradicional e na associação de ideias.
Para ele, a verdade consiste em determinar a estrutura total de experiência e não em captá-la por sensações e percepções singulares associadas.

Apesar do seu conhecido gosto pela música, que o levou a compor algumas sinfonias, Wertheimer enveredou pelo estudo do Direito na Universidade de Charles, em Praga. No entanto, esta área também não foi de encontro aos seus desejos mais profundos, acabando por se dedicar ao estudo da Psicologia na Universidade de Friedrich-Wilhelm em Berlim.
Defensor da Psicologia da forma, Wertheimer interessou-se sobretudo pelo estudo da perceção de estruturas ambíguas e complexas. Em conjunto com os seus colegas Wolfgang Kohler e Kurt Koffka, criou a escola da Gestalt e em 1921 ajudou a fundar o jornal Psychologische Forschung que pretendia ser o órgão central do movimento da Gestalt. Esta escola opunha-se à maneira como os psicólogos entendiam a perceção e a aprendizagem. Wertheimer criticou o sistema educacional da época, que enfatizava a lógica tradicional e a associação, argumentando que os processos de resolução de problemas de agrupamento e reorganização lidavam com estruturas globais, que não eram reconhecidas pela lógica, mas que eram importantes técnicas do pensamento humano.

Em 1933 Werthheimer veio para os Estados Unidos onde deu aulas em Nova Iorque na Nova Escola para Pesquisa Social. Nos últimos anos da sua vida dedicou-se a alguns trabalhos de pesquisa escrevendo alguns artigos. Faleceu a 12 de outubro de 1943 em New Rochelle.
Im: Infopédia /wikipedia

seitens der Städte..BERLIN: Kurt Koffka


Kurt Koffka
(Berlim, 18 de março de 1886 - Northampton, Massachusetts, 22 de novembro de 1941)
Foi um psicólogo da Gestalt.
Em Frankfurt conheceu Köhler e Wertheimer com quem vai fundar uma corrente designada por Gestaltismo. Depois da Segunda Guerra Mundial vai para os Estados Unidos da América onde desenvolve intensa atividade em instituições do ensino superior. Com Köhler promove as conceções gestaltistas junto dos psicólogos americanos expondo-as na sua obra mais importante: Principles of Gestalt Psychology.


Em 1909 recebeu doutorado pela Universidade de Berlim. Junto com Wolfgang Köhler, tornou-se assistente na Universidade de Frankfurt, onde trabalhou com Max Wertheimer.
De 1911 a 1927 lecionou na Universidade de Giessen. Lá escreveu O Desenvolvimento da Mente (1921).
No ano seguinte ele introduziu o programa Gestalt com um artigo na Psychological Bulletin nos Estados Unidos. A partir de 1927, Kurt lecionou nos Estados Unidos no Smith College, publicando a obra Princípios da Psicologia da Gestalt (1935).

"Força da Gestalt
Köhler (1920/1938a) definiu dentro dos sistemas físicos a força da Gestalt como o grau de interdependência de suas partes. Uma Gestalt é fraca quando a energia de seu processo é pequena. Uma Gestalt é forte quando a energia do processo aumenta. Dentro dos vários sistemas físicos, há os constituídos por processos nervosos centrais de animais superiores. Através do isomorfismo psiconeural, os mesmos processos se aplicam aos processos neurais e aos fenomenológicos. Koffka (1935/1975) retomou essa diferenciação, devida a Köhler, e aplicou-a à realidade de grupos sociais.

Em 1924, Koffka apresenta num outro artigo o que se chamava de introspecção na época. É basicamente o método analítico. Contra esse método é necessário mudar a atitude do experimentador. A atitude nova é, de início, simplesmente perceber, idêntico à maneira de qualquer pessoa que não conheça a então psicologia. É o método fenomenológico. Entretanto, qualquer acontecimento que ocorra na consciência deve ser estudado. Há psicólogos que analisam o conteúdo em elementos sensitivos, isto é, nos sons, nas cores, nos olfatos, etc. Essa método analístico não leva a problemas reais, diz Koffka. Chamei-a de observar os perceptos em fragmentos (Engelmann, no prelo; Koffka, 1924.)
Podemos citar como exemplo, um ser humano sentado ante sua escrevaninha, em cima da qual há uma borracha e um livro. Podemos dizer que a borracha constitui uma Gestalt forte e o mesmo pode-se dizer com relação ao livro. A superfície da mesa com os dois objetos, borracha e livro, constitui também uma Gestalt. Entretanto, será uma Gestalt bem mais fraca do que as duas Gestalten anteriores, a borracha e o livro. Através do isomorfismo, na medida em que o ser humano olha para a mesa, os perceptos "borracha", "livro" e "alto da mesa contendo a borracha e o livro" são também Gestalten, com a seguinte diferença entre elas: "borracha" e "livro" apresentam mais força do que "alto da mesa contendo a borracha e o livro". Outro exemplo, seria o de duas pessoas carregando um sofá. As duas pessoas seriam cada um uma Gestalt, o sofá também. Além disso, as duas pessoas carregando o sofá seria uma terceira Gestalt, ainda que mais fraca do que as três Gestalten anteriores.
Para mim, ao se falar nos diversos graus de força da Gestalt, seria bem melhor utilizar um contínuo. Nesse contínuo seria possível colocar uma Gestalt muito forte, uma Gestalt medianamente forte, uma Gestalt mais ou menos fraca, uma Gestalt bem fraca, e assim por diante.
No contínuo de forças da Gestalt, o que denominaríamos de força de quase nula? Por exemplo, a Gestalt formada pelos perceptos de uma borracha na mesa e mais a lua, no momento em que é visível através da janela. Ainda que possua alguma força, praticamente o valor seria tão pequeno que seria melhor nulificá-la para efeitos práticos. Como disse Köhler numa nota na página 31 da redução do livro Gestalten físicas por Ellis, o grau dos limites da Gestalt nunca é abrupto (Köhler, 1920/1938a.)

Não apenas experiência, mas também ação
Num artigo de crítica a Benussi, Koffka alarga o que se pode entender por Gestalt. Koffka pensa em Gestalten não apenas na experiência, mas também nas ações dos indivíduos. Cantar, escrever, desenhar, andar são Gestalten tanto quanto a consciência de ouvir ou de olhar. "O ato motor é um processo-de-todo organizado; os muitos movimentos individuais podem ser compreendidos somente como partes do processo que os abraça ..."10 (Ash, 1995; Koffka, 1915/1938.)
Os correlatos fisiológicos da percepção e da ação, não são excitações individuais mas eventos unificados. São, como Wertheimer o acentuou, Gestalten.

Não apenas seres humanos, mas também outros animais
Em dezembro de 1913, Köhler consegue o posto de Diretor da estação de pesquisa da Fundação da Academia Prussiana, em Tenerife nas ilhas Canárias. A colônia alemã dos Camarões11 tinha um clima demasiado quente para os cientistas. De outro lado, os chimpanzés que iriam ser estudados não se aclimatavam na Alemanha. A Fundação então foi localizada numa ilha espanhola perto do Marrocos. Köhler aceitou o posto, principalmente para estudar a inteligência de chimpanzés. Os estudos estavam, de um certo modo, completos em junho de 1914. Pouco depois começou a guerra. Köhler foi chamado como reservista em julho do mesmo ano. Entretanto, por estar em idade militar, possuía dificuldade de atravessar uma área cheia de navios aliados. Permaneceu em Tenerife até 1920, na Espanha neutra. Apesar de doenças, nele e em sua família, aproveitou sua estada para pesquisar e escrever muito com relação aos animais e muito com relação às Gestalten físicas.
Thorndike havia publicado nos Estados Unidos, em 1898, um trabalho realizado principalmente com gatos e cães, no qual demonstrava a longa aprendizagem para abrir uma porta, atrás da qual se encontravam alimentos. A tradução teórica dessa aprendizagem era a união associativa entre impressões sensoriais e impulsos motores. A investigação de Thorndike representava o contrário do que estava sendo esperado por gestaltistas e por evolucionistas como Hobhouse e Yerkes.
O espírito do experimento de Thorndike foi repetido por Köhler. O objetivo da investigação era sempre a aquisição de um alimento. O alimento, durante pouco tempo, estava perto do sujeito experimental. A seguir, era colocado num ponto visível, mas que o sujeito não podia alcançar continuando o caminho antigo e reto. Um caminho novo, que começava com o sujeito afastando-se do alimento, era a solução. Como sujeitos, além de chimpanzés, utilizou galinhas, um cão e sua própria filha com três meses de idade. Duas formas de comportamento foram demonstradas (veja a Figura 6.) De um lado, a realização genuína, que foi o caminho eficaz utilizado pelo cão, pelos chimpanzés e pela criança. De outro, a imitação por acaso, que foi o caminho em ziguezague usado inicialmente pelas galinhas. Em poucos casos e após um tempo em ziguezague, algumas galinhas mudavam de forma de comportamento e corriam de acordo com a realização genuína.O

Isomorfismo Psiconeural
Como os acima citados sistemas físicos se ajustam ao sistema nervoso? Pelo que se sabe, o sistema nervoso é formado por uma série enorme de neurônios que se comunicam uns com os outros segregando substâncias químicas nas sinapses, que irão, por sua vez e nas próprias sinapses, excitar outros neurônios. De acordo com Köhler, essas substâncias químicas se juntarão formando um grande conjunto fora dos neurônios. Esse conjunto é o lugar de sistemas físicos elétricos tridimensionais. As excitações provocadas causariam processos estacionários ou quase-estacionários (Köhler, 1920/1938a, 1938b; Köhler & Wallach, 1944.)

Num verso do seu poema "Epyrrhema", Goethe havia dito: "O que está dentro, aquilo está fora."13 Köhler o coloca na abertura do capítulo sobre isomorfismo psiconeural. Köhler acredita no isomorfismo, isto quer dizer, que as Gestalten fenomenológicas da consciência teriam a mesma forma ou seguiriam a mesma matemática topológica que as estruturas físicas. Topológicas são relações do tipo "dentro" ou "fora", "entre", "em contato com", "à distância de". É importante que o isomorfismo psiconeural se estabelece apenas para levar em conta a parte do sistema nervoso que é capaz de apresentar uma face fenomenológica. Evidentemente, há uma grande parte para a qual não haveria dupla representação.
A hipótese é monista: as duas faces seriam maneiras de se olhar a mesma coisa. As duas faces não seriam apenas análogas, mas seriam paralelas, nas palavras do próprio Köhler, ainda que paralelo não seja de maneira nenhuma idêntico. Além disso, a hipótese do isomorfismo psiconeural é realista. O Universo é uma realidade só (Engelmann, 1978c; Koffka, 1935/1975; Köhler, 1920/1938a, 1938b, 1929/1947; Köhler & Wallach, 1944; Lewin, 1936.)"

im:Wikipedia/infopedia/Gestalt psychology and empirical contemporaneous science, Arno Engelmann

Freitag, 4. Februar 2011

Sonntag, 30. Januar 2011

Samstag, 29. Januar 2011

Who killed Walter Benjamin

Who killed Walter Benjamin (parte 1).avi

Walter Benjamin And His Times - Pecha Kucha

seitens der Städte.. BERLIN: Walter Benjamin


Walter Benedix Schönflies Benjamin
(Berlim, 15 de julho de 1892 — Portbou, 27 de setembro de 1940)
foi um ensaísta, crítico literário, tradutor, filósofo e sociólogo judeu alemão.

http://www.youtube.com/watch?v=BK7TDacUcT0

Associado à Escola de Frankfurt e à Teoria Crítica, foi fortemente inspirado tanto por autores marxistas, como Georg Lukács e Bertolt Brecht, como pelo místico judaico Gerschom Scholem. Conhecedor profundo da língua e cultura francesas, traduziu para alemão importantes obras como Quadros Parisienses de Charles Baudelaire e Em Busca do Tempo Perdido de Marcel Proust. O seu trabalho, combinando ideias aparentemente antagónicas do idealismo alemão, do materialismo dialético e do misticismo judaico, constitui um contributo original para a teoria estética. Entre as suas obras mais conhecidas, contam-se A Obra de Arte na Era da Sua Reprodutibilidade Técnica (1936), Teses Sobre o Conceito de História (1940) e a monumental e inacabada Paris, Capital do século XIX, enquanto A Tarefa do Tradutor constitui referência incontornável dos estudos literários.
Walter Benjamin nasceu no seio de uma família judaica. Filho de Emil Benjamin e de Paula Schönflies Benjamin, comerciantes de produtos franceses. Na adolescência Benjamin, perfilhando ideais socialistas, participou no Movimento da Juventude Livre Alemã, colaborando na revista do movimento. Nesta época nota-se uma nítida influência de Nietzsche em suas leituras.


Em 1915, conhece Gerschom Gerhard Scholem de quem se torna muito próximo, quer pelo gosto comum pela arte, quer pela religião judaica que estudavam.
Em 1919 defende tese de doutorado, A Crítica de Arte no Romantismo Alemão, que foi aprovada e recomendada para publicação.
Em 1925, Benjamin constatou que a porta da vida acadêmica estava fechada para sí, tendo a sua tese de livre-docência Origem do Drama Barroco Alemão sido rejeitada pelo Departamento de Estética da Universidade de Frankfurt.
Nos últimos anos da década de 1920 o filósofo judeu interessa-se pelo marxismo, e juntamente com o seu companheiro de então, Theodor Adorno, aproxima-se da filosofia de Georg Lukács. Por esta altura e nos anos seguintes publica resenhas e traduções que lhe trariam reconhecimento como crítico literário, entre elas as séries sobre Charles Baudelaire.


Refugiou-se na Itália, de 1934 a 1935. Neste momento cresciam as tensões entre Benjamin e o Instituto para Pesquisas Sociais, associado ao que ficou conhecida como Escola de Frankfurt, da qual Benjamin foi mais um inspirador do que um membro.
Em 1940, ano da sua morte, Benjamin escreve a sua última obra, considerada por alguns como o mais importante texto revolucionário desde Marx; por outros, como um retrocesso no pensamento benjaminiano: as Teses Sobre o Conceito de História.
A sua morte, desde sempre envolta em mistério, teria ocorrido durante a tentativa de fuga através dos Pirenéus, quando, em Portbou, temendo ser entregue à Gestapo, teria cometido o suicídio.

Benjamin tinha seu ensaio “A Obra de Arte na Época de sua Reprodutibilidade Técnica” na conta de primeira grande teoria materialista da arte. O ponto central desse estudo encontra-se na análise das causas e conseqüências da destruição da “aura” que envolve as obras de arte, enquanto objetos individualizados e únicos. Com o progresso das técnicas de reprodução, sobretudo do cinema, a aura, dissolvendo-se nas várias reproduções do original, destituiria a obra de arte de seu status de raridade. Para Benjamin, a partir do momento em que a obra fica excluída da atmosfera aristocrática e religiosa, que fazem dela uma coisa para poucos e um objeto de culto, a dissolução da aura atinge dimensões sociais. Essas dimensões seriam resultantes da estreita relação existente entre as transformações técnicas da sociedade e as modificações da percepção estética. A perda da aura e as conseqüências sociais resultantes desse fato são particularmente sensíveis no cinema, no qual a reprodução de uma obra de arte carrega consigo a possibilidade de uma radical mudança qualitativa na relação das massas com a arte. Embora o cinema, diz Walter Benjamin, exija o uso de toda a personalidade viva do homem, este priva-se de sua aura. Se, no teatro, a aura de um Macbeth, por exemplo, liga-se indissoluvelmente à aura do ator que o representa, tal como essa aura é sentida pelo público, fico, o mesmo não acontece no cinema, no qual a aura dos intérpretes desaparece com a substituição do público pelo aparelho. Na medida em que o ator se torna acessório da cena, não é raro que os próprios acessórios desempenhem o papel de atores. Benjamin considera ainda que a natureza vista pelos olhos difere da natureza vista pela câmara, e esta, ao substituir o espaço onde o homem age conscientemente por outro onde sua ação é inconsciente, possibilita a experiência do inconsciente visual, do mesmo modo que a prática psicanalítica possibilita a experiência do inconsciente instintivo. Exibindo, assim, a reciprocidade de ação entre a matéria e o homem, o cinema seria de grande valia para um pensamento materialista. Adaptado adequadamente ao proletariado que se prepararia para tomar o poder, o cinema tornar-se-ia, em conseqüência, portador de uma extraordinária esperança histórica. Em suma, a análise de Benjamin mostra que as técnicas de reprodução das obras de arte, provocando a queda da aura, promovem a liquidação do elemento tradicional da herança cultural; mas, por outro lado, esse processo contém um germe positivo, na medida em que possibilita um outro relacionamento das massas com a arte, dotando-as de um instrumento eficaz de renovação das estruturas sociais. Trata-se de uma postura otimista, que foi objeto de reflexão crítica por parte de Adorno.
Atualmente a obra de Benjamin exerce grande influência no editor e tradutor de suas obras em italiano, Giorgio Agamben, sobretudo acerca do conceito de Estado de exceção.

Sepulcro de Walter Benjamin


"Um autor que não ensina nada aos escritores não ensina nada a ninguém.
Assim, é decisivo que a produção tenha um carácter de modelo, capaz de, em primeiro lugar, levar outros produtores à produção e, em segundo lugar, pôr à sua disposição um aparelho melhorado. E esse aparelho é tanto melhor quanto mais consumidores levar à produção, numa palavra, quanto melhor for capaz de transformar os leitores ou espectadores em colaboradores. Já possuímos um modelo deste género, mas só lhe posso fazer aqui uma breve referência: trata-se do teatro épico de Brecht."
O autor como produtor de Walter Benjamin/Excerto de Walter Benjamin, “O autor como produtor”, in A modernidade.

Obras
A Obra de Arte na Era de sua Reprodutibilidade Técnica (1936).
Paris, Capital do século XIX (inacabado).
Teses Sobre o Conceito de História (1940).
A Modernidade e os Modernos, Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1975.
"Haxixe", São Paulo: Editora Brasiliense, 1984.
Origem do Drama Barroco Alemão, trad. e pref. Sérgio Paulo Rouanet, São Paulo: Brasiliense, 1984.
Reflexões: a criança, o brinquedo, a educação, 3ª ed., trad. Marcus Vinicius Mazzari, São Paulo: Summus Editorial, 1984.
Estéticas do Cinema, ed., apres. e notas Eduardo Geada, trad. Tereza Coelho, Lisboa: D. Quixote, 1985.
Obras Escolhidas, v. I, Magia e técnica, arte e política, trad. S.P. Rouanet, São Paulo: Brasiliense, 1985.
Obras Escolhidas, v. II, Rua de mão única, trad. de R.R. Torres F. e J.C.M. Barbosa, São Paulo: Brasiliense, 1987.
Obras Escolhidas, v. III, Chrales Baudelaire, um lírico no auge do capitalismo, trad. de J.C.M. Barbosa e H.A. Baptista, São Paulo: Brasiliense, 1989.
Documentos de Cultura, Documentos de Barbárie: escritos escolhidos, introd. Willi Bolle, trad. Celeste H. M. Ribeiro de Sousa, São Paulo: Cultrix, 1986.
Diário de Moscou, pref. Gerschom Scholem, ed. e notas Gary Smith, trad. Hildegard Herbold, São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
Histórias e Contos, trad. Telma Costa, Lisboa: Teorema, 1992.
Sobre Arte, Técnica, Linguagem e Política, pref. Theodor W. Adorno, Lisboa: Relógio d`Àgua, 1992.
Rua de Sentido Único e Infância em Berlim por Volta de 1900, pref. Susan Sontag, Lisboa: Relógio d`Água, 1992.
O Conceito de Crítica de Arte no Romantismo Alemão, trad. pref. e notas de Márcio Seligmann-Silva, São Paulo: Iluminuras/ EDUSP, 1993.
Correspondência: Walter Benjamin, Gerschom Scholem, rev. Plinio Martins Filho, São Paulo: Perspectiva, 1993.
Kafka, trad. e introd. Ernesto Sampaio, Lisboa, Hiena, 1994.
Os Sonetos de Walter Benjamin, trad. Vasco Graça Moura, Porto: Campo das Letras, 1999.
Leituras de Walter Benjamin, org. Márcio Seligmann-Silva, São Paulo: FAPESP, 1999.
Origem do Drama Trágico Alemão, ed., apres. e trad. João Barrento, Lisboa: Assírio & Alvim, 2004.
Imagens de Pensamento, trad. João Barrento, Lisboa: Assírio & Alvim, 2004.
Passagens, org. W. Bolle, São Paulo: IMESP, 2006.
Benjamin, Andrew, A Filosofia de Walter Benjamin, Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editores, 1997.

Ligações externas
AS MARAVILHAS DE WALTER BENJAMIN, por J.M. Coetzee
Textos de e sobre Walter Benjamin - Site ANTIVALOR
SELIGMANN-SILVA, M. De Flusser a Benjamin do pós-aurático às imagens técnicas in: FLUSSER STUDIES 08, 2009.
SELIGMANN-SILVA, M. Walter Benjamin: o Estado de Exceção entre o político e o estético in: Cadernos Benjaminianos, Volume 1 - Número 1 - Junho/2009.
im:wikipedia //youtube

Mittwoch, 26. Januar 2011

BERLIN: Thomas Metzinger

Thomas Metzinger


Thomas MetzingerThomas Metzinger
(born March 12, 1958) is a German philosopher. He currently holds the position of director of the theoretical philosophy group at the department of philosophy at the Johannes Gutenberg University of Mainz and is an Adjunct Fellow at the Frankfurt Institute for Advanced Studies. From 2008 to 2009 he is a Fellow at the Wissenschaftskolleg zu Berlin.

He has been active since the early 1990s in the promotion of consciousness studies as an academic endeavour. As a co-founder, he has been particularly active in the organization of the Association for the Scientific Study of Consciousness (ASSC), and sat on the board of directors of that organisation from 1994 to 2007. Metzinger is director of the MIND group and has been president of the German cognitive science society from 2005 to 2007. In English he has published two edited works, Conscious Experience (1995), and Neural correlates of consciousness: empirical and conceptual issues (2000). The latter book arose out of the second ASSC meeting, for which he acted as local organizer.

In 2003 Metzinger published the monograph Being No One. In this book he argues that no such things as selves exist in the world: nobody ever had or was a self. All that exists are phenomenal selves, as they appear in conscious experience. He argues that the phenomenal self, however, is not a thing but an ongoing process; it is the content of a "transparent Self-model theory of subjectivity". In 2009 Metzinger published a follow-up book to Being No One for a general audience: The Ego Tunnel (Basic Books, New York, ISBN 0-465-04567-7).
Metzinger is praised for his grasp of the fundamental issues of neurobiology, consciousness and the relationship of mind and body. However, his views about the self are the subject of considerable controversy and ongoing debates.
Metzinger's interests include:
Philosophy of mind (esp. philosophical aspects of empirical theories in the neuro- and cognitive sciences, artificial intelligence, and related areas of research).
Ethics (esp. conceptual connections between applied ethics, the philosophy of mind and anthropology)
In the new field of neuroethics Thomas Metzinger is engaged by supervising The Neuroethics Web Portal.
im: wikipedia

Mittwoch, 5. Januar 2011