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Dienstag, 24. März 2009

seitens der Städte.. COIMBRA: Miguel Torga

MIGUEL TORGA

Miguel Torga, pseudónimo de Adolfo Correia Rocha, (São Martinho de Anta, Vila Real, 12 de Agosto de 1907Coimbra, 17 de Janeiro de 1995) foi um dos mais importantes escritores portugueses do século XX.


Todo o semeador semeia contra o presente

Filho de Francisco Correia Rocha e Maria da Conceição Barros, gente humilde do campo do concelho de Sabrosa (Alto Douro). Em 1917, aos dez anos, vai para uma casa apalaçada do Porto, habitada por parentes da família. Fardado de branco servia de porteiro, moço de recados, regava o jardim, limpava o pó e polia os metais da escadaria nobre, atendia campainhas. Foi despedido um ano depois, devido à constante insubmissão. Em 1918 vai para o Seminário de Lamego, onde viveu um dos anos cruciais da sua vida, tendo melhorado os conhecimentos de português, da geografia, da história, aprendido o latim e ganhado familiaridade com os textos sagrados. No fim das férias comunicou ao pai que não seria padre.

Emigrou para o Brasil em 1919, com doze anos, para trabalhar na fazenda do tio, na cultura do café. O tio apercebe-se da sua inteligência e patrocina-lhe os estudos liceais, em Leopoldina. Distingue-se como um aluno dotado. Em 1925, na convicção de que ele havia de vir a ser doutor em Coimbra, o tio propôs-se pagar-lhe os estudos como recompensa dos cinco anos de serviço - o que levou ao seu regresso a Portugal.

Mais um ano. Mais um palmo a separar-me dos outros, já que a vida não passa de um progressivo distanciamento de tudo e de todos, que a morte remata

Em 1928 entra para a Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e publica o seu primeiro livro, "Ansiedade", de poesia. Em 1929, com 22 anos, deu início à colaboração na revista Presença, folha de arte e crítica, com o poema “Altitudes”. A revista, fundada em 1927 pelo grupo literário avançado de José Régio, Gaspar Simões e Branquinho da Fonseca, era bandeira literária do grupo modernista e era também, bandeira libertária da Revolução Modernista. Em 1930 rompe definitivamente com a revista Presença, por "razões de discordância estética e razões de liberdade humana".

É bastante crítico da praxe e tradições académicas, e chama depreciativamente "farda" à capa e batina, mas ama a cidade de Coimbra, onde viria também a exercer a sua profissão de médico a partir de 1939 e onde escreve a maioria dos seus livros. Em 1933 concluiu a formatura em Medicina, com apoio financeiro do tio do Brasil. Exerceu no início nas agrestes terras transmontanas, de onde era originário e que são pano de fundo da maior parte da sua obra.

A unidade de uma pessoa é tal, que basta um gesto para revelar um homem

Casa com Andrée Crabbé em 1940, estudante de nacionalidade belga - aluna de Estudos Portugueses, ministrados por Vitorino Nemésio em Bruxelas - que viera a Portugal para frequentar um curso de férias na Universidade de Coimbra. A sua filha, Clara Rocha, nasce a 3 de Outubro de 1955.

Em 1934, aos 27 anos, Adolfo Correia Rocha autodefine-se pelo pseudónimo que criou, "Miguel" e "Torga". Miguel, em homenagem a dois grandes vultos da cultura ibérica: Miguel de Cervantes e Miguel de Unamuno. Já Torga é uma planta brava da montanha, que deita raízes fortes sob a aridez da rocha, de flor branca, arroxeada ou cor de vinho, com um caule incrivelmente rectilíneo. A sua campa rasa em São Martinho de Anta tem uma torga plantada a seu lado, em honra ao poeta.

A obra de Torga tem um carácter humanista: criado nas serras trasmontanas, entre os trabalhadores rurais, assistindo aos ciclos de perpetuação da Natureza, Torga aprendeu o valor de cada homem, como criador e propagador da vida e da Natureza: sem o homem, não haveria searas, não haveria vinhas, não haveria toda a paisagem duriense, feita de socalcos nas rochas, obra magnífica de muitas gerações de trabalho humano. Ora, estes homens e as suas obras levam Torga a revoltar-se contra a Divindade Transcendente a favor da imanência: para ele, só a humanidade seria digna de louvores, de cânticos, de admiração: (hinos aos deuses, não/os homens é que merecem/que se lhes cante a virtude/bichos que cavam no chão/actuam como parecem/sem um disfarce que os mude).

Para Miguel Torga, nenhum deus é digno de louvor: na sua condição omnisciente é-lhe muito fácil ser virtuoso, e enquanto ser sobrenatural não se lhe opõe qualquer dificuldade para fazer a Natureza - mas o homem, limitado, finito, condicionado, exposto à doença, à miséria, à desgraça e à morte é também capaz de criar, e é sobretudo capaz de se impor à Natureza, como os trabalhadores rurais trasmontanos impuseram a sua vontade de semear a terra aos penedos bravios das serras. E é essa capacidade de moldar o meio, de verdadeiramente fazer a Natureza mau grado todas as limitações de bicho, de ser humano mortal que, ao ver de Torga fazem do homem único ser digno de adoração.

Considerado por muitos como um avarento de trato difícil e carácter duro, foge dos meios das elites pedantes, mas dá consultas médicas gratuitas a gente pobre e é referido pelo povo como um homem de bom coração e de boa conversa.como um homem de bom coração e de boa conversa.

A Velhice é isto: ou se chora sem motivo, ou os olhos ficam secos de lucidez

Poesia

  • 1928 - Ansiedade.
  • 1930 - Rampa.
  • 1931 - Tributo.
  • 1932 - Abismo.
  • 1936 - O Outro Livro de Job.
  • 1943 - Lamentação.
  • 1944 - Libertação.
  • 1946 - Odes.
  • 1948 - Nihil Sibi.
  • 1950 - Cântico do Homem.
  • 1952 - Alguns Poemas Ibéricos.
  • 1954 - Penas do Purgatório.
  • 1958 - Orfeu Rebelde.
  • 1962 - Câmara Ardente.
  • 1965 - Poemas Ibéricos.

Prosa

  • 1941 - "Terra Firme" e "Mar".
  • 1947 - Sinfonia.
  • 1949 - O Paraíso.
  • 1950 - Portugal.
  • 1955 - Traço de União.

Livros seus estão traduzidos para diversas línguas, algumas vezes publicados com um prefácio seu: espanhol, francês, inglês, alemão, chinês, japonês, croata, romeno, norueguês, sueco, holandês, búlgaro.

O que sou toda a gente é capaz de ver; Mas o que ninguém é capaz de imaginar é até onde sou e como
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Mittwoch, 18. März 2009

seitens der Städte, Lissabon, Diário gráfico

LISSABON
Kino:G.Ludovice 2009


Diário gráfico: Ela a vê-lo a ver
Lisboa 2005

Samstag, 14. März 2009

Dienstag, 10. März 2009

seitens der Städte.. LONDON: Sylvia Plath


LONDRES
Kino:G.Ludovice 2008
Sylvia Plath* Massachusetts, USA - 27 de Outubro de 1932+ Primrose Hill, Londres, Inglaterra - 11 de Fevereiro de 1963 d.CPoeta, romancista e contista norte-americana.
Reconhecida principalmente por sua obra poética, Sylvia Plath escreveu também um romance semi-autobiográfico, “A Redoma de Vidro” (”The Bell Jar”), sob o pseudônimo Victoria Lucas, com detalhamentos do histórico de sua luta contra a depressão. Assim como Anne Sexton, Sylvia Plath é creditada por dar continuidade ao gênero de poesia confessional, iniciado por Robert Lowell e W.D. Snodgrass.

Filha de Aurelia Schober Plath, da primeira geração norte-americana de uma família austríaca, e de Otto Emile Plath, um imigrante de Grabow, Alemanha. O pai trabalhava como professor de zoologia e alemão na Universidade de Boston, sendo também um notável especialista em abelhas. A mãe de Sylvia era vinte e um anos mais nova que o marido. Em 1934, nasceu o segundo filho, Warren. A famíla mudou-se para Winthrop, Massachusetts, em 1936, durante a Grande Depressão. Sylvia, então com quatro anos de idade, passaria em Johnson Avenue grande parte de sua infância. A mãe de Sylvia, Aurelia, crescera em Winthrop, e seus avós maternos, os Schobers, viveram em uma parte da cidade, de nome Point Shirley, mencionada na poesia de Plath. Sylvia publicou seu primeiro poema em Winthrop, na sessão infantil de Boston Herald, aos oito anos de idade. Otto Plath morre em 5 de novembro de 1940, uma semana e meia após o aniversário de oito anos de Sylvia, devido a complicações seguidas à amputação de uma das pernas em decorrência de diabetes. A doença já era tratável nessa época, porém ele não havia recebido o tratamento necessário, tendo diagnosticado a doença por conta própria. Otto ficara doente pouco tempo após a morte de um amigo próximo, de câncer no pulmão, e devido às similaridades entre os sintomas de seu amigo e seus próprios sintomas, Otto estava convencido de que também sofria da doença, e não buscou o tratamento, fazendo com que sua verdadeira doença progredisse criticamente. O pai de Sylvia Plath está enterrado no cemitério de Winthrop, onde sua lápide continua a atrair leitores de um dos poemas mais famosos de Plath, “Papai” (”Daddy”). Aurelia Plath, então, muda-se com seus pais e as crianças, para a rua Elmwood 26, em Wellesley, Massachusetts, em 1942.
Anos na faculdade
Durante o verão após seu terceiro ano na faculdade, Plath recebeu a posição de editora convidada na revista “Mademoiselle”, morando por um mês na cidade de Nova York ao ocupá-la. A experiência não foi nada do que Sylvia esperava, começando então um redemoinho em sua visão sobre si própria e da vida em geral. Muitos dos eventos ocorridos naquele verão inspiraram o seu único romance, A Redoma de Vidro. No seu primeiro ano em Smith College, Sylvia tenta o suicídio pela primeira vez, tomando uma overdose de narcóticos. Detalhes sobre outras tentativas, documentadas oficialmente ou não em seu histórico médico, estão presentes no livro em forma de crônica. Após esse episódio, Plath esteve brevemente comprometida a uma instituição psiquiátrica, onde recebeu terapia atavés de eletrochoques. Sua estada no hospital McLean foi financiada por Olive Higgins Prouty, também responsável pela bolsa concedida à Plath para arcar com as despesas de seus anos em Smith College. Sylvia recupera-se de seu estado satisfatoriamente, formando-se em Smith College com louvor em 1955. Aluna brilhante, obteu bolsa integral fullbright na Universidade de Cambrige, na Inglaterra, onde continuou a escrever poesia ativamente, publicando seu trabalho ocasionalmente no jornal Varsity, organizado por estudantes principalmente. No final de fevereiro de 1955, na festa de lançamento da “St. Botolph’s Review”, em Cambridge, conhece o jovem poeta britânico Ted Hughes, o que Plath afirmou em uma carta à mãe ser paixão imediata, visto que já acompanhava e admirava seu trabalho literário. Casaram-se em uma pequena cerimônia no dia 16 de junho de 1955.
Casamento e filhos
O jovem casal de poetas passou o período de julho de 1957 a outubro de 1959 vivendo e trabalhando nos Estados Unidos, onde Plath lecionava inglês em Smith.
Mudaram-se para Boston, onde Plath assistia a seminários do poeta Robert Lowell. Além de Sylvia, a poeta Anne Sexton também freqüentou esses seminários. Nessa época, Plath e Hughes conhecem também, W. S. Merwin, que admirou o trabalho do casal, firmando amizade com Sylvia e Ted por toda a sua vida.
Com a descoberta da gravidez de Plath, o casal muda-se de volta para a Inglaterra, vivendo em Chalcot Square, próximo à area Primrose Hill de Regent’s Park, em Londres. O casal fixa-se então, na pequena cidade de North Tawton, em Devon. Nessa época, é publicada a primeira coletânea de poemas de Sylvia Plath, chamada “The Colossus”. Em fevereiro de 1961, Plath sofre um aborto, que seria um dos seus temas principais, presente em grande número de poemas.
O casamento de Plath com Ted Hughes começa, então, a enfrentar muitos obstáculos, particularmente a relação extra-conjugal de Hughes com Assia Wevill, e o casal separa-se no final de 1962. Plath, então, retorna a Londres com seus dois filhos, Frieda e Nicholas, de três anos e um ano, respectivamente, alugando um apartamento na rua Fitzroy n° 23 (a apenas alguns quarteirões do apartamento em que havia morado com o marido, em Chalcot Square), no prédio onde W. B. Yeats também havia morado. Plath agradou-se do fato, considerando um bom presságio. Ali escreve o “A Redoma de Vidro”, seu único romance.
Na manhã de 11 de fevereiro de 1963, Plath veda completamente o quarto das crianças com toalhas molhadas e roupas, deixando leite e pão perto de suas camas, tendo ainda o cuidado de abrir as janelas do quarto, ainda que em meio à uma forte nevasca. Então, toma uma grande quantidade de narcóticos, deitando logo após a cabeça sobre uma toalha no interior do forno, com o gás ligado.
Na manhã seguinte foi encontrada pela enfermeira que havia contratado, Myra Norris, que, quando chegou ao apartamento, sentiu um cheiro muito forte de gás. Pediu ajuda. A porta foi arrombada. O quarto das crianças estava gelado, e ambas com muito frio.
Plath manteve o hábito de escrever em diários desde a idade de 11 anos, até o seu suicídio. Seus diários da fase adulta, começando com seu anos como caloura em Smith College em 1950, foram publicados primeiramente em 1980, editados por Frances McCullough. Em 1982, quando o Smith College recuperou os diários que faltavam, Ted Hughes os selou até 11 de fevereiro de 2013, decorridos cinquenta anos da morte de Sylvia.
Em 1998, pouco antes de sua morte, Hughes liberou os manuscritos, passando-os para Frieda e Nicholas, que os repassaram para Karen V. Kukil, para serem editados. Kukil termina a edição em dezembro de 1999, e no anos de 2000, os Diários são publicados pela editora Anchor Books, com o título The Unabridged Journals of Sylvia Plath. De acordo com a contra-capa, dois terços dos Unabridged Journals eram materiais novos. A escritora americana Joyce Carol Oates descreve a publicação como um “genuíno evento literário”.
Hughes recebeu foi alvo de muito criticismo, pelo papel que desempenhou destruindo a última parte dos diários de Plath, que continham escritos desde o inverno de 1962 até a sua morte. Ele se defende, afirmando que os havia destruído em um ato de proteção de seus filhos, e que o esquecimento para ele era uma parte essencial da sua sobrevivência.
Cronologia das demais obras
The Colossus (1960), coletânea de poemas. The Bell Jar (1963), A Redoma de Vidro, único romance da autora. Ariel (1965), poemas. Crossing the Water (1971), A Travessia da Água, coletânea de poemas. Johnny Pannic and the Bible of Dreams (1977) (Zé Susto e a Bíblia dos Sonhos) livro de contos e prosa. The Collected Poems, (1981), poemas inéditos.
Cinema
O filme Sylvia - Paixão além das palavras, de 2003, com Gwyneth Paltrow, retrata a relação conturbada de Plath com Hughes

CANÇÃO DE AMOR DA JOVEM LOUCA - Cerro os olhos e cai morto o mundo inteiro...
Cerro os olhos e cai morto o mundo inteiro Ergo as pálpebras e tudo volta a renascer (Acho que te criei no interior da minha mente) Saem valsando as estrelas, vermelhas e azuis, Entra a galope a arbitrária escuridão: Cerro os olhos e cai morto o mundo inteiro. Enfeitiçaste-me, em sonhos, para a cama, Cantaste-me para a loucura; beijaste-me para a insanidade. (Acho que te criei no interior de minha mente) Tomba Deus das alturas; abranda-se o fogo do inferno: Retiram-se os serafins e os homens de Satã: Cerro os olhos e cai morto o mundo inteiro. Imaginei que voltarias como prometeste Envelheço, porém, e esqueço-me do teu nome. (Acho que te criei no interior de minha mente) Deveria, em teu lugar, ter amado um falcão Pelo menos, com a primavera, retornam com estrondo Cerro os olhos e cai morto o mundo inteiro: (Acho que te criei no interior de minha mente)

Poemas de Sylvia Plath
Página 3:
40 GRAUS DE FEBRE - Pura? Que vem a ser isso? As línguas do inferno...
Página 4:
LORELEI - Não existe nenhuma noite para nos afogarmos...
Página 5:
COGUMELOS - Varando a noite, com brandura, brancura...
Página 6:
PALAVRAS - Golpes de machado na madeira, e os ecos...
Página 7:
A LUA E O TEIXO - Esta é a luz do espírito, fria e planetária...
Página 8:
A CHEGADA DA CAIXA DE ABELHAS - Encomendei esta caixa de madeira...
Página 9:
COLHENDO AMORAS - Ninguém no caminho, e nada, nada a não ser amoras...
Página 10:
OVELHAS NA NÉVOA - As colinas penetram na brancura. Homens ou estrelas...
Página 11:
PAPOILAS EM JULHO - Pequenas papoilas, pequenas chamas infernais, sois inofensivas...
Página 12:
ARIEL - Estancamento no escuro e então o fluir azul e insubstancial...
Página 13:
ESPELHO - Sou prateado e exato. Não tenho preconceitos...
Página 14:
MIRROR (em inglês)
Página 15:
TULIPS (em inglês)
iM:bLOGUE DO MESQUITA

Freitag, 6. März 2009

seitens der Städte.. LONDON : Monet

LONDRES
Kino:G.Ludovice 2008

Em Londres, pinta as suas cenas londrinas, entre elas a série do Parlamento.

1840 - 1862
Claude Oscar Monet nasceu em Paris, na França, em 1840.

Quando tinha cinco anos a família se mudou para Le Havre, uma cidade portuária na desembocadura do rio Sena.
Tanto os pais como os professores o consideravam um menino indisciplinado. Gostava muito de desenhar e na escola fazia caricaturas dos professores. Aos quinze anos já ganhava algum dinheiro com isso: cobrava 10 francos por cada desenho.

Um dia conheceu o pintor Boudin e os dois se tornaram grandes amigos. Boudin viu seus desenhos e o encorajou a pintar. Com Boudin, Monet aprendeu também a pintar ao ar livre
Entusiasmado com a idéia de ser pintor Monet foi para Paris com o propósito de estudar pintura, matriculando-se na Académie Suisse. Em Paris conheceu Pissaro e Coubert, que também estavam começando a pintar. O serviço militar o obrigou a interromper os estudos. Foi enviado para a Argélia , no norte da África, onde permaneceu por quase um ano, até que uma tia conseguiu o seu desligamento. Porém ela exigiu uma condição: que completasse seus estudos.
1862 - 1883
Novamente em Paris, Monet voltou a estudar, desta vez no estúdio Gleyre, onde conheceu Bazille, Renoir e Sisley, com quem formou o grupo dos Impressionistas
Mais tarde se juntaram Manet, Degas, e Morisot. O escritor Zola era amigo do grupo e sempre os apoiava. Da primeira exposição do grupo participaram também Boudin, Pissaro e Cézanne entre outros. A terceira mostra do grupo contou com a presença de Gaugin .


Camille Monet

Em Paris também conheceu Camille Doncieux por quem se apaixonou. A ajuda que o seu pai lhe enviava foi cortada quando ele descobriu que Monet e Camille estavam juntos. Foram tempos difíceis, de pouco dinheiro. As pressões e as dificuldades foram tantas que o casal acabou se separando. Em 1867 Camille dá à luz o primeiro filho do casal: Jean. No ano seguinte, vivendo miseravelmente, Monet tenta o suicídio
Apesar das dificuldades, Monet e Camille reencontram-se e casam.

O rio

Com o início da Guerra Franco-Prussiana Monet refugia-se na Inglaterra para não ter que se alistar. Camille segue depois.

Conhece Durand-Ruel, que atraído pela pintura impressionista passa a investir no no grupo. Com o fim da guerra, Monet retorna à França, indo morar em Argenteuil onde recebe a notícia que seu amigo Bazille morrera em combate. A derrota da França dá início a um período de instabilidade política que marca o fim do império e a volta ao sistema republicano. Em 1874 Monet e seus amigos realizam uma exposição que marca o início do movimento impressionista. O evento não é bem recebido, os quadros são ridicularizados. A crítica chamou o grupo de Impressionistas. Uma ironia em relação a um quadro de Monet chamado Impressão: o Sol se levanta. Com isso queriam dizer que os quadros não passavam de uma primeira impressão, um rascunho. Sem conseguir vender seus quadros, Monet e sua família vivem na pobreza. No ano seguinte os Impressionistas promovem uma venda pública de seus quadros no Hotel Drouot, sem muito sucesso.
Em 1876 Monet conhece Ernest Hoschedé e sua esposa Alice, que se tornam seus admiradores. Neste ano Durand-Ruel organiza a segunda mostra dos impressionistas em sua galeria mas os colecionadores ainda não aceitavam aquele novo estilo de pintura e a exposição resultou em novo fracasso. Em 1877 os negócios de Hoschedé quebram. Ele foge para a Bélgica deixando a mulher e os filhos
Em 1878 nasce o segundo filho, Michel. Monet e sua família mudam-se para Vétheuil juntamente com Alice. Surgem as primeiras críticas favoráveis ao movimento impressionista. Os anos de pobreza haviam arrasado a saúde de Camille que tendo contraído tuberculose veio a falecer em 1879. O prestígio de Monet continuava crescendo e no ano seguinte Durand-Ruel realizou com sucesso uma exposição dos impressionistas em Nova York.

1883 - 1900Depois de ter experimentado anos de extrema pobreza, Monet começa a prosperar. Em 1883 aluga uma casa em Giverny. Em 1887 expõe novamente em Nova York. Em 1890 a casa é comprada e em 1891 Monet conclui Os Montes de Feno e a série de paisagens do rio Epte. Nesse mesmo ano morre Ernest Hoschedé. Em 1892 Monet e Alice casam-se. Cuidar do jardim torna-se uma de suas atividades preferidas, são contratados seis jardineiros para ajudá-lo nesse trabalho. É 1893 é comprado também um terreno vizinho onde Monet constrói o jardim aquático, que seria sua grande fonte de inspiração nos anos seguintes. Em 1894 conclui a série da Catedral de Rouen e durante o verão de 1896-97 pinta paisagens do Rio Sena, retomando um tema do início de sua carreira.

1900 - 1926
No início do século, Monet visita vários países europeus. Na Inglaterra onde já estivera, pinta uma série de paisagens do Rio Tâmisa. A partir de 1907 tem problemas com a visão. Com a evolução da doença suas telas tornam-se quase abstratas
Em 1911 morre Alice e três anos mais tarde Jean, seu primeiro filho. Tem início a Primeira Grande Guerra. Em sua casa em Giverny Monet dedica-se exclusivamente à pintura. Seu tema preferido passa a ser o seu jardim.

Com a construção de um estúdio em 1916 ele começa a pintar as Ninféias. Com o fim da guerra, em 1918, Monet doa as telas ao governo francês. Estes quadros são expostos num espaço construído especialmente para eles no Museu de Orangeries, em Paris. Em 1923 Monet está quase cego, é operado da catarata e passa a usar óculos. Em 5 de Dezembro de 1926 morre , em Giverny.

Donnerstag, 5. März 2009

seitens der Städte.. WIEN: Friedensreich Hundertwasser

WIEN
Kino:G.Ludovice 2008
Friedensreich Hundertwasser (1928/2000)

Friedrich Stowasser (Viena, 15 de Dezembro de 1928 — ao bordo da RMS Queen Elizabeth 2, 19 de Fevereiro de 2000 a ponto de se determinar no oceano Pacífico, próximo a Nova Zelândia) foi um artista de muitos talentos austríaco.
Friedrich Stowasser, mais conhecido pelo nome de Friedensreich Hundertwasser (numa criação sua se auto denomina "Friedensreich Regentag Dunkelbunt Hundertwasser") é um dos netos do conhecido filósofo
Joseph Maria Stowasser.
Sua áreas de conhecimento foram a pintura e a arquitectura, sendo de grande influência na arquitectura orgânica moderna.


Hundertwasser concebia as janelas como a alma de uma casa, tendo por isso diferenciado as janelas em forma e tamanho, neste povoado colorido.
Hundertwasserhaus foi inaugurada em 1986, sendo um dos marcos da cidade.
Cada apartamento é único na sua estética e é demarcado, por uma linha separadora constituída de azulejos.
Vivem aqui cerca de duzentas pessoas, nos cinquenta individualizados apartamentos.
Nos seus jardins suspensos tem cerca de duzentas e cinquenta grandes árvores, arbustos e um relvado.
Na Lowengasse, está a entrada principal para este edifício de conto de fadas, em Viena. Wien
Kino:g.ludovice 2008







Estação ferroviária em Uelzen

Construção em Darmstadt



Escola em Lutherstadt Wittenberg

Im:Wikipedia

Dienstag, 3. März 2009

seitens der Städte..

seitens der Städte.. WIEN: Karl Kraus

WIEN 2008
Kino:G.Ludovice


Karl Kraus

(28 de Abril de 1874 - 12 de Junho de 1936) foi um escritor e jornalista austríaco eminente, conhecido como um satirísta, ensaísta, aforísta, e poeta. É considerado geralmente um dos maiores satiristas da língua alemã do século XX, especialmente pelo seu criticismo à imprensa da cultura alemã, da política da Alemanha e Austríaca.

Kraus nasceu no seio de uma família Judia rica cujo pai Jacob Kraus, um fabricante de papel, e sua esposa Ernestine, née Kantor, em Gitschin, Boémia (agora Jičín na república Czech).
A família foi para
Viena em 1877 e sua mãe morreu em 1891. Kraus matriculou-se como estudante de Direito na Universidade de Viena em 1892. Em Abril do mesmo ano começou a contribuir para o jornal, Wiener Literaturzeitung, começando com uma crítica a Gerhart Hauptmann die Weber. Nesse tempo, tentou sem sucesso, vida como actor num pequeno teatro. Em 1894 mudou seu campo de estudos à Filosofia e à literatura alemã. Interrompeu seus estudos em 1896. A sua ligação e amizade a Peter Altenberg vem desse tempo.
Karl Kraus foi um assunto da maior controvérsia durante toda a sua vida. Tal se deve à indubitável consciência da sua própria importância. Esta imagem não era de todo completamente infundada: aqueles que o observavam nos seus desempenhos ficavam fascinados com a sua personalidade. Viam nele espécie de autoridade infalível e, alguém que faria também qualquer coisa para retribuir ou ajudar aqueles que o apoiavam. Não obstante, fez também numerosos inimigos, devido ao seu carácter inflexível.

Retrato de Kraus, pintado por Kokoschka

Some Quotations
I and my public understand each other very well: it does not hear what I say, and I don't say what it wants to hear.
When someone behaves like a beast, he says: 'After all, one is only human.' But when he is treated like a beast, he says, 'After all, one is human.'
The secret of the demagogue is to make himself as stupid as his audience so that they believe they are as clever as he.
The real truths are those that can be invented.
You don't even live once.
The devil is an optimist if he thinks he can make people meaner.
The world has become uglier since it began to look into a mirror every day; so let us settle for the mirror image and do without an inspection of the original.
How is the world ruled and how do wars start? Diplomats tell lies to journalists and then believe what they read.
Sentimental irony is a dog that bays at the moon while pissing on graves.
A child learns to discard his ideals, whereas a grown-up never wears out his short pants.
Education is a crutch with which the foolish attack the wise to prove that they are not idiots.
Democracy divides people into workers and loafers. It makes no provision for those who have no time to work.
Democracy means the opportunity to be everyone's slave.
Language is the mother of thought, not its handmaiden.
Matrimony is the union of meanness and martyrdom.
Progress celebrates Pyrrhic victories over nature. Progress makes purses out of human skin. When people were traveling in mail coaches, the world got ahead better than it does now that salesmen fly through the air. What good is speed if the brain has oozed out on the way? How will the heirs of this age be taught the most basic motions that are necessary to activate the most complicated machines? Nature can rely on progress; it will avenge it for the outrage it has perpetrated on it.
Progress, under whose feet the grass mourns and the forest turns into paper from which newspaper plants grow, has subordinated the purpose of life to the means of subsistence and turned us into the nuts and bolts for our tools.
The closer the look one takes at a word, the greater the distance from which it looks back.
To be sure, the dog is loyal. But why, on that account, should we take him as an example? He is loyal to man, not to other dogs.
Hate must make a man productive. Otherwise one might as well love.
Feminine passion is to masculine as an epic is to an epigram.
A woman occasionally is quite a serviceable substitute for masturbation. It takes an abundance of imagination, to be sure.
Psychoanalysis is that mental illness for which it regards itself as therapy.
My unconscious knows more about the consciousness of the psychologist than his consciousness knows about my unconscious.
Psychoanalysis: a rabbit that was swallowed by a boa constrictor that just wanted to see what it was like in there.
Stupidity is an elemental force for which no earthquake is a match.
I am already so popular that anyone who vilifies me becomes more popular than I am.
Christian morality prefers remorse to precede lust, and then lust not to follow.
No ideas and the ability to express them - that's a journalist.
Education is what most receive, many pass on, and few possess.
An illusion of depth often occurs if a blockhead is a muddlehead at the same time.
Curses on the law! Most of my fellow citizens are the sorry consequences of uncommitted abortions.
To me all men are equal: there are jackasses everywhere, and I have the same contempt for them all.
A writer is someone who can make a riddle out of an answer.
Morality is a venereal disease. Its primary stage is called virtue; its secondary stage, boredom; its tertiary stage, syphilis.
Satires which the censor can understand are justly forbidden.


Escrita
Die demolirte Literatur [Demolished Literature] (1897)
Eine Krone für Zion [A Crown for Zion] (1898)
Sittlichkeit und Kriminalität [Morality and Crimical Justice] (1908)
Sprüche und Widersprüche [Sayings and Contradictions] (1909)
Die chinesische Mauer [The Wall of China] (1910)
Pro domo et mundo [For Home and for the World] (1912)
Nestroy und die Nachwelt [
Nestroy and Posterity](1913)
Worte in Versen (1916-30)
Die letzten Tage der Menschheit (1918)
Weltgericht [World Court] (1919)
Nachts [At Night] (1919)
Untergang der Welt durch schwarze Magie [The End of the World Through Black Magic](1922)
Literatur (1921)
Traumstück [Dream Piece] (1922)
Die letzten Tage der Menschheit: Tragödie in fünf Akten mit Vorspiel und Epilog [The Last Days of Mankind: Tragedy in Five Acts with Preamble and Epilogue] (1922)
Wolkenkuckucksheim [Cloud Cuckoo Land] (1923)
Traumtheater [Dream Theatre] (1924)
Die Unüberwindlichen (1927)
Epigramme [Epigrams] (1927)
Die Unüberwindlichen [The Insurmountables] (1928)
Literatur und Lüge [Literature and Lies] (1929)
Shakespeares Sonette (1933)
Die Sprache [Language] (posthumous, 1937)
Die dritte Walpurgisnacht [The Third Walpurgis Night] (posthumous, 1952)
Alguns trabalhos recentemente editados
Die letzten Tage der Menschheit, Bühnenfassung des Autors, 1992 Suhrkamp,
ISBN 3-518-22091-8
Die Sprache, Suhrkamp,
ISBN 3-518-37817-1
Die chinesische Mauer, mit acht Illustrationen von Oskar Kokoschka, 1999, Insel,
ISBN 3-458-19199-2
Aphorismen. Sprüche und Widersprüche. Pro domo et mundo. Nachts, 1986, Suhrkamp,
ISBN 3-518-37818-X
Sittlichkeit und Krimininalität, 1987, Suhrkamp,
ISBN 3-518-37811-2
Dramen. Literatur, Traumstück, Die unüberwindlichen u.a., 1989, Suhrkamp,
ISBN 3-518-37821-X
Literatur und Lüge, 1999, Suhrkamp,
ISBN 3-518-37813-9
Shakespeares Sonette, Nachdichtung, 1977, Diogenes,
ISBN 3-257-20381-0
Theater der Dichtung mit Bearbeitungen von Shakespeare-Dramen, Suhrkamp 1994,
ISBN 3-518-37825-2
Hüben und Drüben, 1993, Suhrkamp,
ISBN 3-518-37828-7
Die Stunde des Gerichts, 1992, Suhrkamp,
ISBN 3-518-37827-9
Untergang der Welt durch schwarze Magie, 1989, Suhrkamp,
ISBN 3-518-37814-7
Brot und Lüge, 1991, Suhrkamp,
ISBN 3-518-37826-0
Die Katastrophe der Phrasen, 1994, Suhrkamp,
ISBN 3-518-37829-5
Trabalhos traduzidos em inglês
The Last Days of Mankind: a Tragedy in Five Acts (1974), an abridgement tr. Alexander Gode and Sue Allen Wright
In These Great Times: A Karl Kraus Reader (1984), ed. Harry Zohn, contains translated excerpts from Die Fackel, including poems with the original German text alongside, and a drastically abridged translation of The Last Days of Mankind.
Anti-Freud: Karl Kraus' Criticism of Psychoanalysis and Psychiatry (1990) by Thomas Szasz contains Szasz's translations of several of Kraus' articles and aphorisms on psychiatry and psychoanalysis.
Dicta and Contradicta, tr. Jonathan McVity (2001), a collection of aphorisms.
Im:Wikipedia

Montag, 2. März 2009

seitens der Städte.. LONDON: Orson Welles,

LONDON, Trafagal Square 2008
kino:G.Ludovice

Depois de tentar os palcos de Londres e da Broadway, recomendado por Thornton Wilder e Alexander Woollcott, Welles conseguiu estrear em 1934 no teatro ambulante de Katherine Cornell, em Nova York.

Orson Welles
(Kenosha, Wisconsin, 6 de maio de 1915Hollywood, 10 de outubro de 1985) foi um cineasta estadunidense.

Também foi
director, roteirista, produtor e também actor. Iniciou a sua carreira no teatro, em Nova Iorque, em 1934.
Órfão aos quinze anos, após a morte do seu pai (sua mãe morreu quando ainda tinha 9 anos), George Orson Welles começou a estudar pintura em 1931, primeira arte em que se envolveu. Adolescente, não via interesse nos estudos e em pouco tempo passou a atuar. Tal paixão o levou a criar sua própria companhia de teatro em 1937. Em 1938, Orson Welles produziu uma transmissão radiofônica intitulada A Guerra dos Mundos, adaptação da obra homônima de Herbert George Wells e que ficou famosa mundialmente por provocar pânico nos ouvintes, que imaginavam estar enfrentando uma invasão de extraterrestres. Um Exército que ninguém via, mas que, de acordo com a dramatização radiofónica, em tom jornalístico, acabara de desembarcar no nosso planeta. O sucesso da transmissão foi tão grande que no dia seguinte todos queriam saber quem era o responsável pela tal "pegadinha". A fama do jovem Welles começava.

Ouvintes de rádio em pânico tomam drama de guerra como verdade Manchete do jornal New York Times de 01.11.38
A peça radiofônica é de autoria de Howard Koch com a colaboração de Paul Stewart, baseada na obra de H.G. Wells (1866-1946), e ficou conhecida como "rádio do pânico". O roteiro foi reescrito pelo próprio Orson Welles (1915-1985) que, além de diretor, foi também o produtor junto com a Mercury Players e, na dramatização, fez o papel de professor da Universidade de Princeton que liderava a resistência à invasão marciana.


Orson Welles misturou elementos específicos do radioteatro (ou seja, da ficção), com os existentes nos noticiários da época (o verossímil, a realidade convertida em relato). Herbert George Wells foi um dos precursores da literatura de ficção científica. A Guerra dos Mundos, publicado há exatos 100 anos, em 1898, era um de seus livros mais conhecidos, com o palco da ação da história ambientado em Londres, Inglaterra. Wells já utiliza, em seu texto, um estilo bastante jornalístico, atualizado tecnologicamente para sua época. Passados 40 anos do lançamento, Orson Welles resgata a temática e trata de situá-la frente ao modo de vida e aos valores norte-americanos dos anos 30. No original, os episódios se desenvolvem ao longo de vários dias. Na adaptação, apressando o ritmo da trama, tudo acontece em pouco mais de uma hora, confirmando a força e a credibilidade devotadas às notícias transmitidas por rádio. O radioteatro começa com sua abertura habitual, interrompido pelo anúncio da apresentação de um suplemento musical, bem ao estilo da época (inclusive se, por algum motivo um programa não pudesse ser apresentado, entrava o suplemento para cobrir a lacuna) e pela prestação de serviço, o boletim meteorológico.


Welles foi casado com a atriz Rita Hayworth e tiveram a filha Rebecca. Se divorciaram em 1948.
Sua estréia no cinema, em filmes de longa metragem, ocorreu em 1941 com Citizen Kane (Em Portugal, "O Mundo a seus Pés"; no Brasil, "Cidadão Kane"), considerado pela crítica como um dos melhores filmes de todos os tempos e o mais importante dirigido por Welles.
Os elogios a
Citizen Kane, originaram por três motivos:

Welles inovou a estética do cinema com técnicas até então raríssimas nas produções cinematográficas. Algumas delas são:
Angulações de câmera (Uso de Plongée e Contra Plongée).
Exploração do campo (campo e contra-campo).
Narrativa (narrativa não linear).
Edição/Montagem (muito sofisticada para e época de sua realização, devido a não linearidade da narrativa).

Orson Welles retratou em "Citizen Kane" a vida e a decadência de um magnata da comunicação norte-americana, baseado na história do milionário William Randolph Hearst. Esse filme foi um marco na carreira do actor. Mesmo estando pronto, "Cidadão Kane" quase não saiu, fruto de problemas com Hearst. Ele teve nove indicações para o Oscar, mas, infelizmente, venceu apenas um, o de melhor roteiro original. Sua coragem de realizar esta obra prima acabou resultando no fechamento de muitas portas no futuro, beirando ao ostracismo no fim da vida.

Foi director, co-roteirista, produtor e actor em "Citizen Kane". O que é surpreendente, pois no cinema o acúmulo de funções acaba influenciando de maneira negativa no resultado final. Mas no caso de Welles surgiu uma obra completamente à frente do seu tempo.

Logo após "Citizen Kane", Welles passou uma temporada no
Brasil, onde pretendia filmar o famoso carnaval carioca para acrescentar ao seguimento My Friend Bonito, do documentário It's All True. Mas algo desastroso ocorreu. Sobre o fato, Welles comentou em entrevista ao crítico de cinema, André Bazin: "Era co-dirigido por mim e Norman Foster. Era uma história entre um pobre menino e seu touro. Depois fizeram outra versão, modificando todas as ideias e refazendo tudo ao modo deles. Eu tinha rodado durante três meses, mas a RKO (estúdio) me despediu. Quando retomaram a ideia não queriam saber mais nada de mim. Tampouco me pagaram nenhum tipo de direitos e actuaram como se fosse uma história original". Esse tipo de problema iria ser uma constante na carreira de Welles, que logo após o fracasso de público de A Dama de Xangai (1948) raramente conseguiria realizar um filme à sua maneira, dirigindo quase sempre em condições precárias. Para se ter um exemplo, as filmagens de Dom Quixote (1959-1972) (Don Quijote de Orson Welles) duraram mais de dez anos, e mesmo assim somente o copia do filme pode ser visto (hoje já está disponível em DVD).
Tentando continuar sua carreira, ele passou as décadas seguintes aceitando papéis de actor, no qual sua presença e voz marcante, mesmo quando as participações eram pequenas, nunca passavam sem chamar atenção. Ao voltar a
Hollywood depois de uma temporada na Europa, Welles teve um de seus melhores desempenhos como actor no filme Compulsion, de 1959.
Em 1962 realizou "The Trial", filme baseado na obra "
O Processo" de Franz Kafka. Welles considerou este um dos seus mais gratificantes filmes realizados. Em 1979 teve um pequeno papel no filme "The Secret Life of Nikola Tesla."
Orson Welles morreu de ataque cardíaco em sua casa em
Hollywood, Califórnia em 10 de Outubro de 1985, aos 70 anos, e, segundo a lenda, teria feito o seguinte comentário sobre sua profissão antes de morrer: "Esse é o maior trem eléctrico que um menino já teve." Seu último trabalho foi dublando a voz do planeta Unicron no desenho animado de longa metragem de 1986 The Transformers: The Movie.

Filmografia
Curta
The Hearts of Age (
1934)
Longas
Citizen Kane (O Mundo a seus Pés — no Brasil, "Cidadão Kane") (1941),
It’s all true (É tudo verdade) — inacabado (1941),
The Magnificent Ambersons (O Quarto Mandamento — no Brasil, "Soberba") (
1942),
Journey Into Fear (Jornada de Pavor) (
1943),
Jane Eyre (
1944),
The Stranger (O Estranho) (1946),
The Lady from Shanghai (A Dama de Xangai) (1947),
Macbeth (
1948),
Don Quijote de Orson Welles (Dom Quixote) (
19511971),
The Tragedy of Othello: The Moor of Venice (Othelo) (
1952),
Mr. Arkadin (Relatório Confidencial) (1955),
Touch of Evil (A Sede do Mal — no Brasil, "A Marca da Maldade") (1958),
Le Procès (O Processo) (1962),
Chimes at Midnight (As Badaladas da Meia-Noite) (
1965)
Casino Royale (Cassino Royale) (1967)
F for Fake (
1974).

A Sala Omnibus, em Roma, é a menor dasquatro salas do Greco. Chamam-lhe assim pela sua configuração a lembrar um autocarro, dois metros de largo por oito de comprido.
Na foto abaixo, com o espelho do fundo tapado por um pano, estão na Sala Omnibus uma dúzia ou mais de artistas e escritores.
Entre eles, Orson Welles (quarto a contar da direita) e Carlo Levi (quarto acontar da esquerda, sentado).
Im: Republica do café / Wikipedia