POTSDAM - Sanssouci
2008 Kino:G.LudoviceDie Tafelrunde by Adolph von Menzel. Guests of Frederick the Great, in Marble Hall at Sanssouci, include members of the Prussian Academy of Sciences and Voltaire (seated, third from left).
Voltaire foi mentor literário do Imperador Frederico em Potsdam. François-Marie Arount (1694-1778).
O mais importante nome da literatura clássica francesa, Voltaire representou para a palavra escrita o que Leonardo da Vinci significou para a arte e engenharia. Ele tanto escreveu ficção como não-ficção num estilo espirituoso, porém polido, e também foi respeitado como filósofo e cientista, além de ensinar literatura para Frederico, o Grande.
Amor Comparado
Queres ter uma ideia do amor, vê os pardais do teu jardim; vê os teus pombos; contempla o touro que se leva à tua vitela; olha esse orgulhoso cavalo que dois valetes teus conduzem à égua em paz que o espera, e que desvia a cauda para recebê-lo; vê como os seus olhos cintilam; ouve os seus relinchos; contempla os seus saltos, camabalhotas, orelhas eriçadas, boca que se abre com pequenas convulsões, narinas que se inflam, sopro inflamado que delas sai, crinas que se revolvem e flutuam, movimento imperioso com o qual o cavalo se lança para o objecto que a natureza lhe destinou; mas não tenhas inveja, e pensa nas vantagens da espécie humana: elas compensam com amor todas as que a natureza deu aos animais, força, beleza, ligeireza, rapidez. Há até mesmo animais que não sabem o que é o gozo. Os peixes escamados são privados dessa doçura: a fêmea lança no lodo milhões de ovos; o macho que os encontra passa sobre eles e fecunda-os com a sua semente, sem saber a que fêmea eles pertencem. A maior parte dos animais que copulam só têm prazer por um sentido; e, assim que esse apetite é satisfeito, tudo se extingue. Nenhum animal, com excepção de ti, conhece os entrelaçamentos; todo o teu corpo é sensível; os teus lábios, sobretudo, gozam de uma volúpia que nada cansa, e esse prazer só pertence à tua espécie; enfim, tu podes a qualquer tempo entregares-te ao amor, os animais têm o seu tempo específico. (...) Por isso, estás acima dos animais; mas, se gozas de tantos prazeres que eles ignoram, em compensação quantas tristezas os animais não fazem ideia!
Voltaire, in 'Dicionário Filosófico'
Nascido em Paris, numa respeitável família de classe média, Voltaire também escreveu e leu muita poesia. Suas sátiras deliciavam as pessoas, mas irritavam quem pertencia aos círculos acadêmicos oficiais. Para escapar à hostilidade dos franceses, em 1726 ele viajou para a Inglaterra, onde se tornou amigo, c também recebeu muita influência, do poeta Alexander Pope (1688-1744) e do poeta satirista Jonathan Swift (1667-1745) e do filósofo John Locke (1632-1704). Adquiriu influência na língua inglesa e, quando retornou a Paris. em 1729, apresentou aos franceses as obras de William Shakespeare. Nessa época, sua carreira literária começou a prosperar e suas obras de ficção, como A Henríada (1730) e Zaíra (1732), tornaram-se populares. Já as satíricas Cartas Filosóficas (1734) atraíram a ira dos acadêmicos que ele havia atacado.
Os Grandes Homens
Daqueles que comandaram batalhões e esquadrões só resta o nome. O género humano nada tem para mostrar duma centena de batalhas travadas. Mas os grandes homens de que vos falo prepararam puros e perenes prazeres para os homens que ainda hão-de nascer. Uma eclusa a ligar dois mares, um quadro de Poussin, uma bela tragédia, uma nova verdade - são coisas mil vezes mais preciosas do que todos os anais da corte ou todos os relatos de campanhas militares. Sabeis que, comigo, os grandes homens são os primeiros e os heróis os últimos. Chamo «grandes homens» a todos aqueles que se distinguiram na criação daquilo que é útil ou agradável. Os saqueadores de províncias são meros heróis. Voltaire, in 'A Era de Luís XIV'
Entre 1734 e 1749 Voltaire viajou por toda Europa, mas passou boa parte do tempo com
Émilie du Chatêlet (1706-1749), matemática e cientista
newtoniana, num laboratório que haviam construído em
Cirey. Em 1738, seu Elementos da Filosofia de Newton foi publicado na Holanda, onde ele se tornou amigo de Frederico, o Grande. Depois da morte de
madame du Chatêlet, Voltaire aceitou o convite de Frederico para ir à sua corte em
Potsdam, onde se tornou mentor literário do imperador. Mas, depois, os dois homens romperam um com o outro e Voltaire mudou para
Les Delices, sua residência próxima a Genebra. Foi lá que ele escreveu Cândido (1759), sua maior obra de ficção, e muitas outras obras históricas e filosóficas, entre elas o Dicionário Filosófico (1764).
O Bem Supremo
Muito discutiu a antiguidade em torno do supremo bem. O que é o supremo bem? Seria o mesmo que perguntar o que é o supremo azul, o supremo acepipe, o supremo andar, o ler supremo, etc. Cada um põe a felicidade onde pode, e quanto pode ao seu gosto. (...) Sumo bem é o bem que vos deleita a ponto de nos polarizar toda a sensibilidade, assim como mal supremo é aquele que vos torna completamente insensível. Eis os dois pólos da natureza humana. Esses dois momentos são curtos. Não existem deleites extremos nem extremos tormentos capazes de durar a vida inteira. Supremo bem e supremo mal são quimeras.Conhecemos a bela fábula de Crântor, que fez comparecer aos jogos olímpicos a Fortuna, a Volúpia, a Saúde e a Virtude.
Fortuna: - O sumo bem sou eu, pois comigo tudo se obtém.
Volúpia: - Meu é o pomo, porquanto não se aspira à riqueza senão para ter-me a mim.
Saúde: - Sem mim não há volúpia e a riqueza seria inútil.
Virtude: - Acima da riqueza, da volúpia e da saúde estou eu, que embora com ouro, prazeres e saúde pode haver infelicidade, se não há virtude. Teve o pomo a Virtude. A fábula é engenhosa, mas não resolve o problema absurdo do supremo bem. Virtude não é bem, senão dever. Pertence a um plano superior. Nada tem que ver com as sensações dolorosas ou agradáveis. Com cálculos e gota, sem arrimo, sem amigos, privado do necessário, perseguido, agrilhoado por um tirano voluptuoso aboletado no fausto, o homem virtuoso é infelicíssimo, e o perseguidor insolente que acaricia uma nova amante no seu leito de púrpura, felicíssimo. Podeis dizer ser preferível o sábio perseguido ao perseguidor impertinente. Podeis dizer amar a um e detestar o outro. Mas esquece-vos que le sage dans les fers enrage. Se não concordar o sábio, engana-vos: é um charlatão.
Voltaire, in 'Dicionário Filosófico'
A Subjectividade do Amor-Próprio
Um mendigo dos arredores de Madrid esmolava nobremente. Disse-lhe um transeunte: - O senhor não tem vergonha de se dedicar a mister tão infame, quando podia trabalhar? - Senhor, - respondeu o pedinte - estou-lhe a pedir dinheiro e não conselhos. - E com toda a dignidade castelhana virou-lhe as costas. Era um mendigo soberbo. Um nada lhe feria a vaidade. Pedia esmola por amor de si mesmo, e por amor de si mesmo não suportava reprimendas. Viajando pela Índia, topou um missionário com um faquir carregado de cadeias, nu como um macaco, deitado sobre o ventre e deixando-se chicotear em resgate dos pecados de seus patrícios hindus, que lhe davam algumas moedas do país. - Que renúncia de si próprio! - dizia um dos espectadores. - Renúncia de mim próprio? - retorquiu o faquir. - Ficai sabendo que não me deixo açoitar neste mundo senão para vos retribuir no outro. Quando fordes cavalo e eu cavaleiro. Tiveram pois plena razão os que disseram ser o amor de nós mesmos a base de todos as nossas acções - na Índia, na Espanha como em toda a terra habitável. Supérfluo é provar aos homens que têm rosto. Supérfluo também seria demonstrar-lhes possuírem amor próprio. O amor-próprio é o instrumento da nossa conservação. Assemelha-se ao instrumento da perpetuação da espécie. Necessitamo-lo. É-nos caro. Deleita-nos - E cumpre ocultá-lo.
Voltaire, in 'Dicionário Filosófico'
Quando retornou a Paris em 1778, ele participou de tantas celebrações e homenagens que chegou à exaustão, factor que pode ter contribuído para sua morte. Escritor muito popular em sua época, ele é lembrado como o primeiro grande historiador francês, além do mais respeitado escritor de sua língua.
Da Liberdade
A: Eis uma bateria de canhões que atira junto aos nossos ouvidos; tendes a liberdade de ouvi-la e de a não ouvir? B: É claro que não posso evitar ouvi-la. A: Desejaríeis que esse canhão decepasse a vossa cabeça e as da vossa mulher e da vossa filha que estivessem convosco? B: Que espécie de proposição me fazeis? Eu jamais poderia, no meu são juízo, desejar semelhante coisa. Isso é-me impossível. A: Muito bem; ouvis necessariamente esse canhão e, também necessariamente, não quereis morrer, vós e a vossa família, de um tiro de canhão; não tendes nem o poder de não o ouvir nem o poder de querer permanecer aqui. B: Isso é evidente. A: Em consequência, destes uma trintena de passos a fim de vos colocardes ao abrigo do canhão: tivestes o poder de caminhar comigo estes poucos passos? B: Nada mais verdadeiro. A: E se fôsseis paralítico? Não teríeis podido evitar ficar exposto a essa bateria; não teríeis o poder de estar onde agora estais: teríeis então necessariamente ouvido e recebido um tiro de canhão e necessariamente estaríeis morto? B: Nada mais claro. A: Em que consiste, pois, a vossa liberdade, se não está no poder exercido pelo vosso indivíduo de fazer o que a vossa vontade exigia com absoluta necessidade? B: Embaraçais-me; então a liberdade é apenas o poder de fazer o que bem entendo? A: Reflecti um pouco. Vede se a liberdade pode ser outra coisa. B: Neste caso o meu cão de caça é tão livre como eu; ele tem necessariamente a vontade de correr quando vê uma lebre e o poder de correr se não estiver doente das pernas. Eu nada tenho, pois, mais do que meu cão: reduzis-me ao estado das bestas. A: Eis uma série de pobres sofismas dos pobres sofistas que vos instruíram. Eis que estais despeitado por não serdes livre como o vosso cão. Ora, não vos pareceis com ele em mil coisas? A fome, a sede, o velar, o dormir, os cinco sentidos, não são em vós como nele? Pretenderíeis cheirar com outro qualquer órgão além do nariz? Por que quereis uma liberdade diferente da que ele tem? B: Porém eu tenho uma alma que raciocina muito bem, e o meu cão não pensa em coisa alguma. Ele apenas tem idéias simples, enquanto eu tenho mil idéias metafísicas. A: Pois muito bem! Sois mil vezes mais livre do que ele, isto é, tendes mil vezes mais poder de pensar do que ele; porém a vossa liberdade é perfeitamente igual à dele.
B: Como? Eu não tenho a liberdade de querer o que desejo? A: Que entendeis com isso? B: O que toda gente entende. Não se diz diariamente: "As vontades são livres"? A: Um provérbio não é uma razão; explicai-vos melhor. B: Penso que sou livre de querer como melhor me agradar. A: Com vossa licença, isso não tem o mínimo sentido; não percebeis que é ridículo dizer: "Eu quero querer"? Necessariamente, vós desejais em consequência das idéias que se vos apresentam. Quereis casar, sim ou não? B: Mas e se eu vos disser que não quero nem uma nem outra coisa? A: Responderíeis como aquele que disse: "Uns pensam que o cardeal Mazarino está morto; outros, que está vivo; eu não creio nem numa coisa nem noutra". B: Pois bem, quero casar-me. A: Isto é responder! Por que quereis casar? B: Porque estou apaixonado por uma bela rapariga, bem educada, muito rica, que canta muito bem, filha de pais honestos e que me ama, assim como sua família. A: Eis uma razão. Vedes, pois, que não podeis querer sem razão. Declaro-vos que tendes a liberdade de vos casar: isto é, que tendes o poder de assinar o contrato. B: Como! Eu não posso querer sem motivo? Que sucede então a este outro provérbio: Sit pro ratione voluntas: a minha vontade é a minha razão, eu quero porque quero? A: Isso é absurdo, meu caro amigo, pois haveria em vós um efeito sem causa. B: Que? Quando jogo par ou ímpar tenho então um motivo para escolher par em vez de ímpar? A: Sim, sem nenhuma dúvida. B: E qual é essa razão, por obséquio? A: É que a ideia de par se apresentou ao vosso espírito mais do que a ideia oposta. Seria muito cómico que nalguns casos desejásseis por existir uma razão para o vosso desejo e que noutros desejásseis sem motivo. Quando vos quereis casar, sentis a razão dominante, evidentemente; não a sentis quando jogais par ou ímpar, e contudo é mister que exista uma. B: Mas, uma vez ainda: sou ou não sou livre? A: A vossa vontade não é livre mas as vossas ações o são. Tendes a liberdade de fazer quando tendes o poder de fazer. B: Mas, todos os livros que li sobre a liberdade de indiferença... A: São tolices: não existe liberdade de indiferença; é um termo destituído de senso, inventado por pessoas que o não possuem.
Voltaire, in 'Dicionário Filosófico'
A Dependência é a Raiz de Todos os Males
O que deve um cão a um cão, um cavalo a um cavalo? Nada. Nenhum animal depende do seu semelhante. Tendo porém o homem recebido o raio da Divindade a que se chama razão, qual foi o resultado? Ser escravo em quase toda a terra. Se o mundo fosse o que parece dever ser, isto é, se em toda parte os homens encontrassem subsistência fácil e certa e clima apropriado à sua natureza, impossível teria sido a um homem servir-se de outro. Cobrisse-se o mundo de frutos salutares. Não fosse veículo de doenças e morte o ar que contribui para a existência humana. Prescindisse o homem de outra morada e de outro leito além do dos gansos e cabras monteses, não teriam os Gengis Cãs e Tamerlões vassalos senão os próprios filhos, os quais seriam bastante virtuosos para auxiliá-los na velhice. No estado natural de que gozam os quadrúpedes, aves e répteis, tão feliz como eles seria o homem, e a dominação, quimera, absurdo em que ninguém pensaria: para quê servidores se não tivésseis necessidade de nenhum serviço? Ainda que passasse pelo espírito de algum indivíduo de bofes tirânicos e braços impacientes por submeter o seu vizinho menos forte que ele, a coisa seria impossível: antes que o opressor tivesse tomado as suas medidas o oprimido estaria a cem léguas de distância. Todos os homens seriam necessariamente iguais, se não tivessem necessidades. A miséria que avassala a nossa espécie subordina o homem ao homem - o verdadeiro mal não é a desigualdade: é a dependência.
Pouco importa chamar-se tal homem Sua Alteza, tal outro Sua Santidade. Duro porém é um servir o outro. Uma família numerosa cultivou um bom terreno. Duas famílias vizinhas têm campos ingratos e rebeldes: impõe-se-lhes servir ou eliminar a família opulenta. Uma das duas famílias indigentes vai oferecer os seus braços à rica para ter pão. A outra vai atacá-la e é derrotada. A família servente é fonte de criados e operários. A família subjugada é fonte de escravos. Impossível, neste mundo miserável, que a sociedade humana não seja dividida em duas classes, uma de opressores, outra de oprimidos. Essas duas classes subdividem-se em mil outras, essas outras num sem número de cambiantes diferentes. Nem todos os oprimidos são absolutamente desgraçados. A maior parte nasce nesse estado, e o trabalho contínuo impede-os de sentir toda a miséria da sua própria situação. Quando a sentem, porém, são guerras, como a do partido popular contra o partido do senado em Roma, as dos camponeses na Alemanha, Inglaterra, França. Mais cedo ou mais tarde todas essas guerras terminam com a submissão do povo, porque os poderosos têm dinheiro e o dinheiro tudo pode no Estado. Digo no Estado, porque o mesmo não se dá de nação para nação. A nação que melhor se servir do ferro sempre subjugará a que, embora mais rica, tiver menos coragem. Todo o homem nasce com forte inclinação para o domínio, a riqueza, os prazeres e sobretudo para a indolência. Todo o homem portanto quereria estar de posse do dinheiro e das mulheres ou das filhas dos outros, ser-lhes senhor, sujeitá-los a todos os seus caprichos e nada fazer ou pelo menos só fazer coisas muito agradáveis. Vedes que com estas excelentes disposições é tão difícil aos homens ser iguais quanto a dois pregadores ou professores de teologia não se invejarem. Tal como é, é impossível o género humano subsistir, a menos que haja uma infinidade de homens úteis que nada possuam. Porque, claro é que um homem satisfeito não deixará a sua terra para vir lavrar a vossa. E se tiverdes necessidade de um par de sapatos, não será um referendário que vo-lo fará. Igualdade é pois a coisa mais natural e ao mesmo tempo a mais quimérica. Como se excedem em tudo que deles dependa, os homens exageraram essa desigualdade. Pretendeu-se em muitos países proibir aos cidadãos sair do lugar em que a ventura os fizera nascer. O sentido dessa lei é visivelmente: este pais é tão mau e tão mal governado que vedamos a todo o indivíduo dele sair, por temor que todos o desertem. Fazei melhor: infundi em todos os vossos súbditos o desejo de permanecer no vosso Estado, e aos estrangeiros o desejo de para aí vir. Nos íntimos refolhos do coração todo o homem tem o direito de crer-se de todo o ponto de vista igual aos outros homens. Daí não segue dever o cozinheiro de um cardeal ordenar ao seu senhor que lhe faça o jantar; pode todavia dizer: "Sou tão homem como o meu amo; nasci como ele a chorar; como eu ele morrerá nas mesmas angústias e com as mesmas cerimónias. Temos ambos as mesmas funções animais. Se os turcos se apoderarem de Roma e eu me tornar cardeal e o meu senhor cozinheiro, tomá-lo-ei a meu serviço". Tudo isso é razoável e justo. Mas, enquanto o grão turco não se assenhorear de Roma, o cozinheiro precisa de cumprir as suas obrigações, ou toda a humanidade se perverteria. Um homem que não seja cozinheiro de cardeal nem ocupe nenhum cargo no Estado; um particular que nada tenha de seu mas a quem repugne o ser em toda a parte recebido com ar de proteção ou desprezo; um homem que veja que muitos monsignori não têm mais ciência, nem mais espírito, nem mais virtude que ele, e que se enfade de esperar nas suas antecâmaras, que partido deve tomar? O da morte.
Voltaire, in 'Dicionário Filosófico'
Referências bibliográficas
YENNE, Bill. 100 homens que mudaram a história do mundo. São Paulo, Ediouro, 2002.
Fonte: www.meusestudos.com