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Dienstag, 2. Juni 2009

seitens der Städte.. London: Huxley

LONDON 2008
Kino:G.Ludovice



Leonard Huxley (Godalming, 26 de Julho de 1894Los Angeles, 22 de Novembro de 1963) foi um escritor inglês e um dos mais proeminentes membros da família Huxley.

"Saber é uma palavra cujo significado é muito amplo. Prefiro dizer que estamos capacitados a fazer algumas suposições."
Sua família incluía os mais distintos membros da classe dominante inglesa; uma vasta elite intelectual. Seu avô era
Thomas Henry Huxley, um grande biólogo defensor da teoria evolucionista de Charles Darwin, tendo desenvolvido o conceito agnóstico. Sua mãe era irmã da romancista Humphrey Ward; a sobrinha de Matthew Arnold, o poeta; e a neta de Thomas Arnold, um famoso educador e diretor da Rugby School que acabou se tornando um personagem no romance "Tom Brown's Schooldays".

"Cerca de um terço do sofrimento que devo suportar é inteiramente inevitável por ser inerente à própria condição humana. Representa o preço que todos temos que pagar pelo fato de sermos dotados de sensibilidade; embora sedentos de libertação, nos sujeitamos às leis naturais que nos obrigam a continuar caminhando (sem poder retroceder) através de um mundo inteiramente indiferente ao nosso bem-estar. Caminhando em direção à decrepitude e à certeza da morte. Os outros dois terços são 'confeccionados em casa' e o Universo os considera inteiramente supérfluos." A ilha, 1962

Estudou na aristocrática escola de Eton, que foi obrigado a abandonar aos dezesseis anos, devido a uma doença nos olhos que quase o cegou impedindo-o de cursar medicina. Mais tarde, ele recuperou visão suficiente para se formar com honra pela Universidade de Oxford, mas não suficiente para servir o exército britânico durante a Primeira Guerra Mundial. Em Oxford, engajou-se com a literatura pela primeira vez, conhecendo Lytton Strachey e Bertrand Russell, também se tornou um amigo íntimo de D. H. Lawrence.
Em
1921, lançou "Crome Yellow", o primeiro de uma série de romances e novelas que combinam diálogos emocionantes, e um aparente ceticismo, com profundas considerações morais.
Viveu a maior parte dos
anos 20 na Itália fascista de Mussolini que inspirou parte dos sistemas autoritários retratados em suas obras.

"A democracia permite que criaturas abomináveis conquistem o poder."

A obra-prima de Huxley, "Brave New World" (Admirável Mundo Novo), foi escrita durante quatro meses no ano de 1931. Os temas nela abordados remontam grande parte de suas preocupações ideológicas como a liberdade individual em detrimento ao autoritarismo do Estado.
No ano de
1937 Aldous Huxley mudou-se para Los Angeles, e em 1938, no auge da sua carreira, chegou a Hollywood, como um de seus mais bem remunerados roteiristas. Nessa fase, escreveu romances como "Também o cisne morre" (1939), "O Tempo pode parar" (1944), "O macaco e a essência" (1948).



"As palavras nos permitiram elevar-nos acima dos brutos; mas é também pelas palavras que não raro descemos ao nível de seres demoníacos."
- Thanks to words, we have been able to rise above the brutes; and thanks to words, we have often sunk to the level of the demons
- "Tomorrow and Tomorrow and Tomorrow, and Other Essays: And Other Essays" - Página 80; de Aldous Huxley - Publicado por Harper, 1956 - 301 páginas

O
cinema para Huxley foi uma aventura tão fascinante quanto suas descobertas e experiências com a mescalina, narradas em "As portas da percepção" (The Doors of Perception), de 1954, livro que influenciou em muito a cultura hippie que florescia, dando nome por exemplo a banda The Doors, pois tais relatos com a droga indigena se assemelham em muito com o LSD que estava em ascensão. Dois anos depois, viúvo, casou-se novamente e publicou "Entre o céu e o inferno".
"...O relógio tiquetaqueava. O instante em movimento que, segundo Sir Isaac Newton, separa o passado infinito do infinito futuro avançava inexoravelmente através da dimensão do tempo. Ou, a crer em Aristóteles, um pouco mais do possível a cada instante se tornava real; o presente imobilizava-se e ia incorporando a si o futuro, como um homem que ficasse engolindo para sempre uma fita de macarrão sem fim..."

Huxley viajou ainda pela América Central e em 1958 visitou o Brasil, tendo conhecido os índios do Xingu e as favelas do Rio de Janeiro.
Em
1959, foi agraciado pela Academia Americana de Artes e Letras com um prêmio por seus romances. Tal premiação era concedida a cada cinco anos e havia sido entregue anteriormente a Ernest Hemingway, Thomas Mann e Theodore Dreiser.

"Já não compramos laranjas, compramos vitalidade, já não compramos um automóvel, compramos prestígio. (...) Com um dentifrício, por exemplo, adquirimos, não um mero antisséptico ou um produto de higiene, mas sim a libertação do medo de sermos sexualmente repulsivos. Com o vodka ou o whisky não adquirimos um veneno protoplásmico que, em pequenas doses, pode afetar o sistema nervoso de maneira psicologicamente valiosa; estamos adquirindo amizade e boa camaradagem... (...) Com o best-seller do mês adquirimos cultura, a inveja dos vizinhos menos ilustrados e a admiração dos que são intelectuais." Regresso ao Admirável Mundo Novo, 1959

Huxley permaneceu quase cego por toda a sua vida. Sua esposa, Maria Huxley, faleceu em 1955. Um ano mais tarde, Huxley casou-se com Laura Archera. Ele morreu em 22 de Novembro de 1963 na sua pequena casa de Los Angeles.
Huxley produziu um total de 47 livros ao longo de sua vida. O crítico britânico
Anthony Burgess uma vez afirmou que Huxley fora o pioneiro do "romance cerebral". No entanto, outras correntes de críticos classificaram Huxley como um ensaísta, ao invés de romancista, pois suas obras eram conduzidas mais apoiadas sobre suas idéias do que o desenrolar de personagens ou contextos de histórias.



"Da sua experiência ou da experiência gravada de outros (história), os homens aprendem somente o que suas paixões e seus preconceitos metafísicos lhes permitem."
- From their experience or from the recorded experience of others (history), men learn only what their passions and their metaphysical prejudices allow them to learn
-
Collected Essays - Página 310; de Aldous Huxley - Publicado por Harper, 1959 - 399 páginas

Bibliografia , cronologia de alguns de seus trabalhos mais conhecidos:
1920 - Limbo, contos de estréia
1921 - Crome Yellow, romance
1923 - Antic Hay (Ronda Grotesca), romance
1926 - Two or Three Graces (Duas ou Três Graças), contos
1928 -
Point Counter Point (Contraponto), romance
1932 - Brave New World (
Admirável Mundo Novo) , romance


1936 –
Eyeless in Gaza (Sem Olhos em Gaza) , romance
"Factos empíricos:
"Um. Todos nós somos capazes de sentir amor por outros seres humanos.
"Dois. Impomos limitações a esse amor.
"Três. Podemos transcender a todas essas limitações - se nos aprouver. (É uma questão de observação que, quem quer que o deseje, poderá vencer a repugnância pessoal, o sentimento de classe, o ódio nacional, o preconceito de cor. Não é coisa fácil; mas podemos conseguir, se tivermos vontade e soubermos pôr em prática as nossas boas intenções.)
"Quatro. Amor que se manifesta em bom tratamento cria amor. Ódio que se manifesta em mau tratamento cria ódio.
"À luz desses fatos é óbvio quais deveriam ser os comportamentos políticos entre pessoas, entre classes, entre nações. Mas, ainda uma vez, o saber não basta. Saber, todos nós sabemos; onde quase todos nós fracassamos é em fazer. E a questão está, habitualmente, em achar os melhores métodos de dar cumprimento às intenções. Entre outras coisas, a propaganda da paz deve consistir numa série de instruções para a arte de modificar o caráter."

1937 - Ends and Means (Despertar do Mundo Novo), ensaios
1939 –

After Many Summers (Também o Cisne Morre) , romance
1941 – Grey Eminence (Eminência Parda), bibliografia romanceada
1943 – The Art of Seeing, ensaios
1945 - Time Must Have a Stop (O Tempo Deve Parar) , romance
1946 – The Perennia Philosophy, ensaios
1949 – Ape and Essence (O Macaco e a Essência), romance
1950 –
The Doors of Perception / Heaven and Hell (As Portas da Percepção / Céu e Inferno), ensaios
1952 – The Devils of Loudun (Os Demônios de Loudun)

"...se confundirmos o dedo apontado com a lua para a qual ele aponta, certamente nos perdemos. O Fato deve ser abordado com base nos fatos; não pode ser conhecido por meio de palavras, ou por fantasias inspiradas em palavras. O reino do céu pode ser destinado a existir 'na terra'; não pode ser destinado a existir em nossa imaginação ou em nosso raciocínio discursivo. Tem de haver uma mortificação (...) da nossa tendência fatal para colocar produtos de nossa imaginação no lugar da natureza. Temos de nos livrar de nosso catálogo de simpatias e antipatias, dos modelos verbais aos quais esperamos adaptar a realidade, das fantasias nas quais nos refugiamos quando os fatos não atingem nossas expectativas..."

1959 –
Brave New World Revisited (Regresso ao Admirável Mundo Novo), ensaios
1962 –
Island, romance
"A função da juventude depende do lugar em que residem. Por exemplo: para que servem os rapazes e as moças da América? Resposta: para consumirem maciçamente. E os corolários desse tipo de consumo são: comunicações em massa, publicidade em massa. Narcóticos em massa (sob a forma de televisão, tranquilizantes, pensamentos positivos e cigarro). Agora que a Europa também ingressou na produção em massa, para que servirão os seus rapazes e moças? Para consumirem maciçamente, exatamente como a juventude da América. (...) O destino da mocidade deve ser apenas se desenvolver harmoniosamente e se transformar em adultos plenamente realizados.

1978 – The Human Situation (A Situação Humana), ensaios












"O silêncio está tão repleto de sabedoria e de espírito em potência como o mármore não talhado é rico em escultura."

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