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Dienstag, 14. Juli 2009

seitens der Städte.. LONDON: Jenny Saville

LONDON 2008
Kino:G.Ludovice

Jenny Saville


Nasceu em Cambridge no ano de 1970, integra o movimento Young British Artists e tem vasta formação cuja base assentou na Glasgow School of Art, na Universidade de Cincinnati no Ohio e, finalmente, mas não menos relevante, na Slade School of Art em Londres.

Mas, Saville afirma que o "turning point" da sua carreira ocorreu na Universidade de Cincinnati quando se cruzou com mulheres monumentais, hiper-obesas, vagueando pelo campus Universitário em shorts e t-shirts que não escondiam a obscenidade da sua carne.

No final da pós-graduação na Slade, o trabalho de Jenny Saville é revelado a Charles Saatchi, um dos mais influentes coleccionadores de arte do Reino Unido, que logo comissariou trabalhos a Saville durante 2 anos.

Acompanhou cirurgias plásticas e reconstrutivas, estudou anatomia e interrogou os mestres do bisturi para lhes captar a arte do ofício e treinar a mão para os seus trabalhos nos quais, com a espátula e o pincel, vai esculpir e cinzelar a carnalidade dos seus fantasmas.


As personagens, os temas e os espectros da sua arte seriam escalpelizados retratando a condição das vítimas, dos traumatizados, das deformidades e respectivas correcções plásticas, culminando numa série de retratos de transexuais que, na busca de uma identidade, encontram um bizarro terceiro género.


Apesar do seu trabalho estar arrumado no movimento conceptual da escola Young British Artists a marca de Saville recorre ao classicismo da pintura a óleo.

Jenny Saville pinta em escalas gigantescas retratando paisagens corpóreas que ora evocam a celebração das imagens de fertilidade cristalizadas, por exemplo, na Vénus de Willendorf, ora apresentam uma reminiscência distorcida do arquétipo do nú Barroco. Alguns quadros são autênticas esculturas a tinta de óleo com uma imponência que enche qualquer galeria. De tal forma é essa a sua obsessão que é assim que se revê no óleo do seu auto-retrato.

Esculpe retratos intimistas, numa escala gigantesca, exibindo o corpo humano como objecto que pode ser moldado até ao limite, por exemplo, de uma obesidade que é hoje obscena. Tal audácia mereceu basta controvérsia social.

Polémicas à parte afinal de contas o trabalho de Saville tem o classicismo do retrato a óleo e a dimensão personalista que faz do corpo humano o centro das suas obsessões que pinta à dimensão de um outdoor publicitário.
IM:Ilhas

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