KINO:G.Ludovice
Uma certa quantidade de gente à procura de gente à procura duma certa quantidade Soma:uma paisagem extremamente à procura o problema da luz (adrede ligado ao problema da vergonha)e o problema do quarto-atelier-avião
Entretanto e justamente quando já não eram precisos apareceram os poetas à procura e a querer multiplicar tudo por dez má raça que eles têm ou muito inteligentes ou muito estúpidos pois uma e outra coisa eles são Jesus Aristóteles Platão abrem o mapa:dói aqui dói acolá E resulta que também estes andavam à procura duma certa quantidade de gente que saía à procura mas por outras bandas bandas que por seu turno também procuravam imenso um jeito certo de andar à procura deles visto todos buscarem quem andasse incautamente por ali a procurar Que susto se de repente alguém a sério encontrasse que certo se esse alguém fosse um adolescente como se é uma nuvem um atelier um astro
Frequentou a Escola de Artes Decorativas António Arroio e estudou música com o compositor Fernando Lopes Graça, de graça. Durante a sua estadia em Paris em 1947, frequenta a Académie de la Grande Chaumière.
Faz-me o favor...
Faz-me o favor de não dizer absolutamente nada! Supor o que diráTua boca velada É ouvir-te já. É ouvir-te melhor Do que o dirias. O que és nao vem à flor Das caras e dos dias.Tu és melhor -- muito melhor!--Do que tu. Não digas nada. Sê Alma do corpo nu Que do espelho se vê.
Mário Cesariny adopta uma atitude estética de constante experimentação nas suas obras e pratica uma técnica de escrita e de (des)pintura amplamente divulgada entre os surrealistas. Introduz também a técnica designada “cadáver esquisito”, que consiste na construção de uma obra por três ou quatro pessoas, num trabalho em cadeia criativa em que cada um dá continuidade, em tempo real, à criatividade do anterior, conhecendo apenas parte do que este fez.
voz numa pedra
Não adoro o passadonão sou três vezes mestre não combinei nada com as furnasnão é para isso que eu cá ando decerto vi Osíris porém chamava-se ele nessa altura Luiz de certo fui com Isis mas disse-lhe eu que me chamava João nenhuma nenhuma palavra está completa nem mesmo em alemão que as tem tão grandes assim também eu nunca te direi o que seia não ser pelo arco em flecha negro e azul do vento
Não digo como o outro: sei que não sei nada sei muito bem que soube sempre umas coisas que isso pesa que lanço os turbilhões e vejo o arco íris acreditando ser ele o agente supremo do coração do mundo vaso de liberdade expurgada do menstruo rosa viva diante dos nossos olhosAinda longe longe essa cidade futuraonde «a poesia não mais ritmará a acçãoporque caminhará adiante dela»Os pregadores de morte vão acabar?
Os segadores do amor vão acabar?
Domingo, Novembro 26, 2006
Peça do jornalista Miguel Mora publicado no El País em 12 de Novembro de 2006.
REPORTAJE
Cesariny, llama del surrealismo
El poeta y pintor expone una antológica en Madrid y 12 cadáveres exquisitos en Lisboa
"La vida es bella. Comencemos". Eso escribió una vez Mário Cesariny con su amigo surrealista Antonio María Lisboa. Para demostrarlo, Cesariny fue pintor, poeta, dramaturgo, ensayista, novelista, agitador, estudiante de música con Fernando Lopes Graça. Naturalmente, ha llegado cansado y quebrantado a los 83 años, pero ahí está, fumando un pitillo tras otro, pálido y flaco mas con su inquebrantable voluntad de disidencia intacta. "Tengo la pata izquierda mala y ya apenas salgo. Sólo puedo subir las escaleras de casa en brazos de los bomberos", cuenta riéndose en el casi perfecto español que aprendió de su madre, una salmantina de origen italiano. "Si lo hiciera sólo una vez, sería una acción surrealista. Pero todos los días... ¡Es una lata!".
Lo cierto es que parece un milagro que Cesariny siga entero. Lleva 70 años fumando tres paquetes de SG diarios. "Empecé a los 14 años, más o menos a la vez que a escribir". Pero igual que nunca abdicó de su militancia surrealista, que abrazó de forma algo tardía pero muy apasionada tras conocer a Breton en París en 1947, no está dispuesto a dejar el pitillo. "Si es verdad que esto mata, ¿para qué lo fabrican?", pregunta con otra carcajada.
El humor es quizá el mejor síntoma: Cesariny no sólo está vivo sino que colea. El hombre que se escindió del surrealismo portugués para mantener vivas las esencias originales bretonianas está exponiendo una gran antológica de su pintura en el Círculo de Bellas Artes de Madrid (Navío de espejos, que se puede visitar hasta el día 19: "Sentí mucho no poder ir"), y acaba de volver a pintar a la vieja usanza surrealista para una exposición muy especial en la galería Preve de Lisboa (Rúa Escolas Gerais, en Alfama).
Carlos Cabral le convenció para volver a dibujar unos cadáveres exquisitos con dos de sus viejos compañeros de revolución surrealista, Cruzeiro Eixas y Fernando José Francisco, y Cesariny no lo dudó. Empezó 12 dibujos y sus amigos los terminaron. La inauguración fue conmovedora -hacía 55 años que el trío no se encontraba-, pero algo confusa: "Los tres estamos sordos como tapias".
Por otra parte, ante la puerta de su modesta casa lisboeta acabaron pasando los cadáveres nada exquisitos de los dos grandes enemigos históricos del surrealismo, el comunismo y el fascismo. Cuando se le dice, esboza una tímida sonrisa de satisfacción.
Se le nota feliz de poder refrescar su español. Lo tiene oxidado pero le recuerda a su madre. Cesariny ha oído hablar de las encuestas sobre una hipotética unión ibérica. Y como lusoespañol (su padre era un joyero del norte portugués), el asunto le hace gracia. "Será más bien la desunión ibérica, ¿no? Mi única contribución sería mi madre española. Y a mí me gustaba mucho mi madre", dice. "Quizá sería bueno unirnos, aunque me da miedo que los españoles, que trabajan tanto y con esa alegría extraordinaria, vengan aquí y me pongan a trabajar. De todos modos, me parece que es un poco temprano para que eso pase".
A Cesariny le siguen apasionando el arte, la poesía, el teatro. Pero su mirada siempre crítica le hace abominar de lo que ve. "Un país serio tiene que tener un teatro nacional serio. Nosotros no tenemos. Y en arte pasa un poco lo mismo. Ahora van a exponer juntos todos los niños bonitos del régimen, y en la Feria de Arte de Lisboa no han aceptado la galería de mi amigo Carlos Cabral. Los surrealistas contamos ya con eso, pero sigue doliéndonos".
Lo que no significa rendirse: "El surrealismo no puede morir nunca porque tiene varias edades, es transversal y muchas veces subterráneo. Dalí nos hizo inmenso daño. Su fuerza contaminó el mundo entero: los ingleses llegaron a España con su pipa y decidieron que aquello era el surrealismo. Si es como Dalí es surrealista; si no, no es. Dalí era un payaso rico y genial. Pero nos hizo mucho daño. Y a pesar de todo, seguimos vivos, quizá ignorados y en las catacumbas, pero vivos. Pero nos hace falta un poco más de locura. Los surrealistas se están haciendo demasiado racionalistas".
"El surrealismo no puede morir nunca porque tiene varias edades, es transversal"
Demuestra que sigue pensando que su lema ("libertad, amor, poesía") está vigente
Na ditadura, Mário Cesariny descobriu com Alexandre O´Neill a revolução surrealista. Foi considerado suspeito de vagabundagem pela Polícia Judiciária e cultivou a homossexualidade sem medo. Viveu para a liberdade, o amor e a poesia, a bandeira dos surrealistas. Galardoado pela obra escrita e pela pintura, aos 83 anos continua na mesma.Mário nasceu em Lisboa, em 1923. Como era a sua vida familiar?Era a de uma família respeitável, com quatro filhos. O meu pai era industrial de ourivesaria. Ele e a minha mãe não se davam muito bem. Foi um mau casamento.Posso contar essa história, que é engraçada. A minha mãe, juntamente com a minha tia Henriette e o meu avô [Pierre Marie] Cesariny Rossi chegaram a Lisboa, depassagem
Corpo Visível, 1950;
Discurso sobre a Reabilitação do Real Quotidiano, 1952;
Louvor e Simplificação de Álvaro de Campos, 1953;
Manual de Prestidigitação, 1956;
Pena Capital, 1957;
Alguns Mitos Maiores e Alguns Mitos Menores Postos à Circulação pelo Autor 1958;
Nobilíssima Visão, 1959;
Poesia, 1944-1955 (s./d.);
Planisfério e Outros Poemas, 1961;
Um Auto para Jerusalém, 1964;
Titânia e A Cidade Queimada, 1965;
19 Projectos de Prémio Aldonso Ortigão Seguidos de Poemas de Londres, 1971;
As Mãos na Água e na Cabeça, 1972;
Burlescas, Teóricas e Sentimentais, 1972;
Primavera Autónoma das Estradas, 1980;
Vieira da Silva, Arpad Szenes ou O Castelo Surrealista, 1984;
O Virgem Negra, 1989;
Titânia, 1994.
1 Kommentar:
belo texto!!!
"Negema wangu binti"
Kommentar veröffentlichen